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O desenvolvimento no novo contexto
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O desenvolvimento no novo contexto
Foi este o tema do Debate promovido pela ACIF-CCIM no âmbito de mais um “Dia do Empresário Madeirense”. E a escolha do mesmo, bem como dos respectivos oradores, não ocorreu por acaso. Com efeito, excepto para aqueles que continuam a pensar que os problemas (e as soluções) surgem localmente, ou que o que por cá acontece é fruto do acaso, e não o resultado do que acontece lá fora, é evidente que o futuro de Portugal (e dos nossos filhos e jovens) depende da evolução da “ordem mundial” e europeia.
Neste contexto, o maior desafio que as empresas e as “economias” actualmente enfrentam é o da definição do seu posicionamento estratégico, a curto/médio prazo, no “xadrez” económico mundial. E que, naturalmente, depende da capacidade de percepção do equilíbrio de forças entre os vários blocos e/ou potências que têm capacidade de ditar (e ou alterar) as regras do jogo.
Ora, nos últimos tempos temos sido confrontados com a quase total impossibilidade de efetuar previsões, sequer, a curtíssimo prazo, e com a constante confirmação do – futebolístico – adágio de que o que “hoje é verdade, amanhã é mentira.”
Com efeito, se desde o final da década de 1980, após a queda da União Soviética e a abertura da China, o mundo, e, em especial, a Europa Central os EUA, foram vivendo em relativo sossego económico – apenas localizadamente abalado pelas Guerras do Golfo, da ex-Jugoslávia e da Albânia, e pelos atentados de 11 de Setembro –, desde 2008 para cá, as mutações têm sido constantes, imprevisíveis e incontroláveis.
Desde a crise financeira despoletada pela falência do Lehman Brothers – que alterou os “alicerces” do sistema financeiro –, passando pela “primavera árabe” – que submergiu o Norte de África e o Médio Oriente numa interminável instabilidade política –, a crise económica e financeira da União Europeia – que implicou a quebra da unidade entre os estados-membros –, as crises da Ucrânia e da Crimeia – que alertaram para o perigo da Rússia e da guerra “aqui ao lado” –, a Guerra Civil Síria, o Estado Islâmico, a crise dos refugiados e o terrorismo – que vieram demonstrar que a (in)segurança é um problema transfronteiriço –, e acabando na crise dos preços do petróleo – que ditou a entrada em recessão de alguns países até então tidos como “ricos” –, o mundo tem mudado a uma velocidade vertiginosa.
E se pensarmos no plano nacional e regional, as incógnitas e as conclusões são idênticas. Designadamente, num curto espaço de tempo passou-se da “euforia consumista”, à bancarrota, suportou-se um exigente plano de resgate, e decretou-se o fim da austeridade e da recessão. No mesmo período, 3 Bancos nacionais faliram, e o futuro dos que sobraram vai sendo, ciclicamente, questionado. O Turismo, que chegou a estar “à míngua”, e foi assolado por uma onda de insolvências, vai batendo recordes, e os hotéis, os hostels e os alojamentos locais começaram (e continuam) a “nascer como cogumelos.” Abriu-se o país ao investimento estrangeiro, e descobriram-se novos “El Dorados”, para depois se perceber que “nem tudo o que brilha é ouro”, e que até há quem esteja tão mal como que nós. Assistiu-se à ascensão e queda dos “milagres” Brasileiro e Venezuelano, que, neste caso, coloca sobre a Madeira uma “pressão” – incomparavelmente – superior à decorrente da crise dos refugiados.
Por tudo isto, tentar compreender e antecipar o Contexto Geopolítico Mundial é essencial. Só quem o consiga (ou tente) fazer terá condições quer para evitar a repetição de erros do passado, quer para combater os problemas que possam surgir. E a verdade é que, umas vezes melhor, outras pior, os Portugueses sempre o souberam (ou conseguiram) fazer, sendo essa a razão pela qual já cá andamos há tanto tempo.
Gonçalo Maia Camelo
Diário de Notícias da Madeira
Sábado, 21 de Maio de 2016
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