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Medir para desenvolver, monitorizar para envolver!
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Medir para desenvolver, monitorizar para envolver!
Vivemos hoje uma situação de claro afastamento dos cidadãos da vida política nacional e a comprová-lo estão os elevados níveis de abstenção.
Para esta situação concorrem um conjunto alargado de fatores. Um dos principais decorre, umas vezes de forma mais descarada, outras vezes de forma mais subtil, da tendência de se prometerem coisas pouco claras e pouco transparentes, que permitem várias leituras e abordagens aquando do exercício do poder. A verdade é que os cidadãos eleitores vão vivendo a frustração de sentirem na pele (e na carteira) os impactos de políticas que não escolheram, contrárias ao seu sentido de voto, mesmo por parte daqueles que votaram em quem ganhou as eleições.
Não há outra forma de mudar este sentimento dos cidadãos, que vem minando a nossa democracia, que não seja mudar a forma de fazer política. E a palavra-chave é: transparência. Transparência nas propostas, transparência na definição de metas e de impactos esperados das medidas de política propostas aos eleitores. Mas isto, ainda que seja já muito importante, não chega. Para conseguirmos aproximar os cidadãos da política, é crucial que quem venha a vencer as eleições seja totalmente transparente na monitorização do seu programa de governo, tornando esse processo público. Quero com isto dizer que logo após a aprovação do programa e à medida que vai sendo executado através de medidas de política concretas, os políticos devem tornar claros e públicos os indicadores que pretendem ver mexidos, os impactos que ambicionam para uma determinada ação, contrastando-os com aquilo que, efetivamente, havia sido prometido.
Tudo isto parece óbvio e simples, mas não é! Tudo isto é muito exigente e consubstancia uma nova forma de fazer política. Medir para desenvolver, monitorizar para envolver, são pois, os grandes desafios que se colocam aos políticos de hoje, mas também à Comunicação Social e aos comentadores, muitos deles também políticos. É imperioso que se faça diferente, para que se possa reconciliar os cidadãos com a política. Se é que ainda vamos a tempo!
Para conseguirmos aproximar os cidadãos da política, é crucial que quem venha a vencer as eleições seja totalmente transparente na monitorização do seu programa de governo, tornando esse processo público.
DOUTORADO EM SIST. E TEC. DA INFORMAÇÃO
02.06.2015
LUÍS MIGUEL FERREIRA
Jornal de Notícias
Para esta situação concorrem um conjunto alargado de fatores. Um dos principais decorre, umas vezes de forma mais descarada, outras vezes de forma mais subtil, da tendência de se prometerem coisas pouco claras e pouco transparentes, que permitem várias leituras e abordagens aquando do exercício do poder. A verdade é que os cidadãos eleitores vão vivendo a frustração de sentirem na pele (e na carteira) os impactos de políticas que não escolheram, contrárias ao seu sentido de voto, mesmo por parte daqueles que votaram em quem ganhou as eleições.
Não há outra forma de mudar este sentimento dos cidadãos, que vem minando a nossa democracia, que não seja mudar a forma de fazer política. E a palavra-chave é: transparência. Transparência nas propostas, transparência na definição de metas e de impactos esperados das medidas de política propostas aos eleitores. Mas isto, ainda que seja já muito importante, não chega. Para conseguirmos aproximar os cidadãos da política, é crucial que quem venha a vencer as eleições seja totalmente transparente na monitorização do seu programa de governo, tornando esse processo público. Quero com isto dizer que logo após a aprovação do programa e à medida que vai sendo executado através de medidas de política concretas, os políticos devem tornar claros e públicos os indicadores que pretendem ver mexidos, os impactos que ambicionam para uma determinada ação, contrastando-os com aquilo que, efetivamente, havia sido prometido.
Tudo isto parece óbvio e simples, mas não é! Tudo isto é muito exigente e consubstancia uma nova forma de fazer política. Medir para desenvolver, monitorizar para envolver, são pois, os grandes desafios que se colocam aos políticos de hoje, mas também à Comunicação Social e aos comentadores, muitos deles também políticos. É imperioso que se faça diferente, para que se possa reconciliar os cidadãos com a política. Se é que ainda vamos a tempo!
Para conseguirmos aproximar os cidadãos da política, é crucial que quem venha a vencer as eleições seja totalmente transparente na monitorização do seu programa de governo, tornando esse processo público.
DOUTORADO EM SIST. E TEC. DA INFORMAÇÃO
02.06.2015
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