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O desemprego e a ética política
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O desemprego e a ética política
Quando os políticos, por mera táctica, silenciam uma boa notícia, só se diminuem a si próprios.
A criação de emprego em Portugal ficou acima da média europeia.
Eis uma boa notícia, num país em que ainda há perto de 700 mil desempregados e que precisa urgentemente de criar muitos postos de trabalho.
Por várias razões, mas sobretudo pelas pessoas.
Toda a gente sabe os efeitos que a falta de trabalho provoca num indivíduo, quer do ponto de vista psicológico, quer no que respeita à sua integração social.
Relações sociais afectadas, problemas familiares, falta de auto-estima, tudo se conjuga para a maior das infelicidades.
Depois, há tudo o resto, as implicações materiais, para cada desempregado e para a economia do país.
É por isso que os números divulgados ontem pelo Eurostat mereciam um comentário da oposição, o que não aconteceu.
E não aconteceu porque os protagonistas políticos continuam a “vender” o mundo de forma maniqueísta, um mundo em que o inferno – o mal – vem sempre do outro lado, fazendo dos cidadãos pobres coitados que não conseguem distinguir a realidade da mera propaganda.
É por isso que, em regra, quem está na oposição prefere um estrondoso silêncio sobre uma boa notícia, a uma palavra de júbilo sempre que acontece algo de positivo cuja causa possa ser assacada à acção do Governo que estiver na altura.
Ontem, o silêncio da oposição foi muito pesado, especialmente porque se trata de emprego e o facto de terem sido criados mais postos de trabalho é certamente motivo de esperança para quem continua a batalhar todos os dias para sair da estatística maldita do desemprego.
É uma atitude mesquinha e, de certa forma, antidemocrática porque é como se se quisesse apagar uma notícia considerada inconveniente para os objectivos que se perseguem.
Há quem se refugie na explicação de que se trata apenas de mero “jogo político”, como se a expressão significasse uma espécie de “vale tudo” e como se a política fosse dispensada de uma dimensão ética essencial.
É um erro tremendo reduzir a política a tão pouco.
DIRECÇÃO EDITORIAL
16/06/2015 - 20:42
Público
A criação de emprego em Portugal ficou acima da média europeia.
Eis uma boa notícia, num país em que ainda há perto de 700 mil desempregados e que precisa urgentemente de criar muitos postos de trabalho.
Por várias razões, mas sobretudo pelas pessoas.
Toda a gente sabe os efeitos que a falta de trabalho provoca num indivíduo, quer do ponto de vista psicológico, quer no que respeita à sua integração social.
Relações sociais afectadas, problemas familiares, falta de auto-estima, tudo se conjuga para a maior das infelicidades.
Depois, há tudo o resto, as implicações materiais, para cada desempregado e para a economia do país.
É por isso que os números divulgados ontem pelo Eurostat mereciam um comentário da oposição, o que não aconteceu.
E não aconteceu porque os protagonistas políticos continuam a “vender” o mundo de forma maniqueísta, um mundo em que o inferno – o mal – vem sempre do outro lado, fazendo dos cidadãos pobres coitados que não conseguem distinguir a realidade da mera propaganda.
É por isso que, em regra, quem está na oposição prefere um estrondoso silêncio sobre uma boa notícia, a uma palavra de júbilo sempre que acontece algo de positivo cuja causa possa ser assacada à acção do Governo que estiver na altura.
Ontem, o silêncio da oposição foi muito pesado, especialmente porque se trata de emprego e o facto de terem sido criados mais postos de trabalho é certamente motivo de esperança para quem continua a batalhar todos os dias para sair da estatística maldita do desemprego.
É uma atitude mesquinha e, de certa forma, antidemocrática porque é como se se quisesse apagar uma notícia considerada inconveniente para os objectivos que se perseguem.
Há quem se refugie na explicação de que se trata apenas de mero “jogo político”, como se a expressão significasse uma espécie de “vale tudo” e como se a política fosse dispensada de uma dimensão ética essencial.
É um erro tremendo reduzir a política a tão pouco.
DIRECÇÃO EDITORIAL
16/06/2015 - 20:42
Público
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