Depois façam as contas

A remodelação dos ministérios nesta legislatura e a junção das tutelas do Emprego e da Segurança Social, deixaram antever um desafio mais destemido do que conduzir uma franzina vespa pelas ruas de Lisboa.

Submergidos numa espiral recessiva não desejada e reféns de um acordo que ninguém invejava, o actual Executivo julgou eficaz conciliar os assuntos do emprego com questões da solidariedade social.

Dois anos passados podemos continuar a torturar a estatística mas os números divulgados permitem-nos compreender que a implementação de uma política uniforme, consequência precisamente da conjugação das tutelas, acelerou a criação de emprego e fruto desta reduzir os números do desemprego.

Não é necessário mascarar os números da emigração nem mesmo ignorar os dos beneficiários cujo período de assistência social terminou. Mas não queiramos igualmente negar os efeitos desta fusão de ministérios e o estímulo que proporcionou à economia na criação de emprego. Aplicação das medidas de austeridade, impopulares por vezes, permitiram provar que há menos desempregados em Portugal porque efectivamente se criaram mais empregos.

00:04 h
João Pedro Lopes
Económico