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Mensagem por Admin Sáb Jun 27, 2015 6:26 pm

Nos últimos 15 anos, as evidências científicas vieram reforçar a conclusão de que a actividade humana está a transformar o planeta. O Vaticano já o reconheceu ao referir-se ao Antropoceno numa reunião realizada em Maio de 2014.

A mais recente encíclica do Papa Francisco sobre o ambiente é uma poderosa mensagem não apenas para os 1,2 mil milhões de católicos mas para toda a população mundial. Assente, fortemente, na ciência, este documento – o mais importante do Vaticano na última década – reconhece a necessidade de uma acção imediata numa altura em que o mundo enfrenta alterações climáticas potencialmente catastróficas.
 
Em 2000, os cientistas Paul Crutzen e Eugene Stoermer defenderam que a actividade humana, em particular no mundo desenvolvido, estava a interferir a uma escala planetária com as forças fundamentais da natureza – os ciclos da água, do carbono e do nitrogénio, as camadas de gelo, a biodiversidade, os oceanos e as florestas. As alterações eram tão profundas, acrescentavam os dois cientistas, que no futuro os geológos iriam poder ver uma clara ruptura entre a anterior era geológica, Holoceno, e a nova era, a que chamaram de Antropoceno.
 
Nos últimos 15 anos, as evidências científicas vieram reforçar a conclusão de que a actividade humana está a transformar o planeta. O Vaticano já o reconheceu ao referir-se ao Antropoceno numa reunião realizada em Maio de 2014.
 
O Holoceno, que teve início há 11.700 anos no final da última Era Glacial, tem sido um período de espantosa estabilidade. Após uma era de mudanças drásticas, as temperaturas médias estabilizaram com uma oscilação extraordinariamente pequena de 1ºC. A estabilidade do clima e a previsibilidade das estações facilitou o aparecimento da agricultura, que por sua vez permitiu o a criação de cidades. 
Por outras palavras, as características do Holoceno são fundamentais para manter a civilização humana tal como a conhecemos – uma conclusão apoiada pela mais recente encíclica. Além disso, as mais recentes evidências indicam que quando grandes sistemas naturais são colocados sobre elevados níveis de stress podem alcançar pontos de viragem irreversíveis, a partir dos quais apenas um pequeno ajustamento pode despoletar o seu colapso. Parece que muitos sistemas estão já perto desse ponto.
 
No ano passado, uma equipa de investigadores na Antártida observou que grandes partes das placas de gelo podem estar em colapso irrevogável. Do outro lado do planeta, o gelo está a diminuir tão rapidamente que em apenas algumas décadas o Ártico pode deixar de ter gelo no verão. Isto vai aumentar ainda mais as temperaturas globais, porque o oceano sem gelo absorve o calor e com gelo reflecte-o.
 
Em 2009, eu e os meus colegas indentificamos nove fronteiras planetárias relacionadas com o clima, a biodiversidade, a utilização de nitrogénio e fósforo, e a desflorestação, que respeitadas nos permitiam preservar – ou, pelo menos perturbar o menos possível – as condições do Holoceno. Quando reanalisámos a nossa análise no início deste ano, concluimos que já tinhamos violado quatro destas nove fronteiras.
 
Se não alterarmos o nosso comportamento rapidamente, podemos perder a estabilidade ambiental da qual depende o nosso planeta e as nossas vidas. Esta é a principal mensagem da enciclica papal. Proteger o nosso planeta é um imperativo moral. Tal como o Vaticano assinalou, os mais pobres são os mais afectados pelas consequências das alterações climáticas; por exemplo, algumas das nossas actividades ameaçam a produção de alimentos nas zonas mais secas e pobres do mundo. Mas também enfrentamos um imperativo económico já que o acesso seguro a recursos naturais é essencial para o desenvolvimento e prosperidade humana. E, de facto, os cada vez mais frequentes e severos desastres naturais representam enormes custos humanos e económicos.
 
Como a encíclica torna claro, o futuro não tem que ser sombrio. Podemos aproveitar esta oportunidade para construir um novo futuro, no qual a sustentabilidade ambiental suporta o progresso e a dignidade humana. É a manutenção dos actuais comportamentos que prolonga as perspectivas de um futuro sombrio.
 
A prioridade mais imediata é o combate às alterações climáticas e à perda de biodiversidade, que está a atingir níveis massivos de extinção. As temperaturas globais subiram quase 1ºC no último século, colocando-as na fronteira do Holoceno. Se as temperaturas aumentaram 2ºC face aos níveis pré-industriais, como se admite na "declaração de terra", os resultados podem ser desastrosos. Se mantivermos os actuais níveis de emissões as temperaturas podem subir 4ºC face aos níveis industriais no final do século.
 
De acordo com a encíclica do Papa Francisco, o mundo deve trabalhar em conjunto para reverter esta tendência. Para isso devemos restabelecer a ligação com a biosfera e harmonizar as nossas actividades com a natureza. Ao assumir uma forte orientação alinhada com a nossa pesquisa das fronteiras planetárias, a encíclica destaca a responsabilidade de cada um de nós na preservacão da estabilidade da era Holoceno para apoiar o desenvolvimento mundial.
 
Mas alguns – como o recém publicado "Ecomodernist Manifesto" – estão menos preocupados com os riscos ambientais do Antropoceno, preferindo destacar as capacidades tecnológicas de adaptação às alterações climáticas.
 
O desenvolvimento e a inovação tecnológica vai ser fundamental na evolução para um mundo mais sustentável ao permitir a criação de uma sociedade com emissões zero em 2050. Mas não é suficiente para apoiar um bom nível de vida para todos os cidadãos do mundo. A transformação global necessária, actualmente, deve ser alicerçada não nos avanços tecnológicos mas nos nossos valores e convicções colectivas – em especial no nosso compromisso de salvaguardar a estabilidade e a resiliência do planeta protegendo os bens comuns a todo o planeta.
 
Em Setembro, os líderes mundiais vão reunir-se para acordar os novos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, que vão guiar os esforços de desenvolvimento global durante os próximos 15 anos. Ao contrário dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, estes vão aplicar-se a todos os países e vão incluir, além do desenvolvimento humano e económico, a sustentabilidade ambiental. Em Dezembro, quando os líderes mundiais se voltarem a reunir para elaborar um acordo ambiental a qualidade do seu trabalho vai determinar, de muitas formas, a trajectória do nosso planeta.
 
A declaração do Papa Francisco faz eco do texto inicial dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável: "o futuro da humanidade e do planeta está nas nossas mãos". Isto é mais do que mera retórica; representa uma mudança para um novo paradigma, no qual os humanos são a força motora do desenvolvimento planetário e têm, assim, a reponsabilidade de o gerir. As nossas escolhas nunca foram tão importantes.
 
Johan Rockström é professor de Sustentabilidade Global e director do Stockholm Resilience Center na Universidade de Estocolmo.
 
Direitos de Autor: Project Syndicate, 2015.
www.project-syndicate.org
Tradução: Ana Luísa Marques 

26 Junho 2015, 20:00 por Johan Rockström
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