Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 103 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 103 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
O labirinto de Rui Rio
Página 1 de 1
O labirinto de Rui Rio
Rui Rio é, dos pré-candidatos da Direita à Presidência da República, aquele que reúne as melhores condições para sair vitorioso. Retire-se alguma rigidez na argúcia, some-se-lhe um pouco mais de chá e simpatia na forma como lida com os média, que os pergaminhos de seriedade e de bom gestor farão o resto. É, mais do que Marcelo Rebelo de Sousa, ou do que o sempre pronto Pedro Santana Lopes, aquele que mais agradará aos eleitores da coligação e o que mais votos obterá do centrão do Partido Socialista.
Poderia ainda ser o grande trunfo de Costa. Rio resolve o dilema dos indecisos, dos que estão zangados com o PSD mas não confiam o suficiente no líder do PS, dos que temem uma gestão socialista desastrada. Costa, além do mais, não descola nas sondagens e tem permitido ao primeiro-ministro capitalizar com uma marcação cerrada. Esta semana, por exemplo, não só esteve com Rui Moreira na véspera do encontro entre o presidente da Câmara do Porto e o líder do PS, como, ao acordar uma verba de 40 milhões para a cidade, serenou uma voz crítica do Governo.
A candidatura de Sampaio da Nóvoa ajuda: é um ilustre desconhecido das massas, tem vindo a perder fulgor desde que se apresentou, capitaliza à esquerda do PS mas não de todo o partido, e na primeira volta não contará com o apoio do PCP, seguro na tradição de apresentar o seu próprio candidato.
Sucede que Rui Rio domina cada vez menos o tempo. Vítima de si próprio e do calendário eleitoral. Ele não é, à semelhança de Marcelo e de Santana, um candidato natural, como o foram Mário Soares ou Cavaco Silva. E não estão reunidas as circunstâncias que levaram Ramalho Eanes e Jorge Sampaio a serem eleitos. A fama de gestor faz o resto: seria um candidato natural à liderança do PSD, mas não pode. Para já.Resta o calendário eleitoral. Apertado e confuso. Apresentar uma candidatura presidencial antes das legislativas significaria estar sujeito ao jogo hábil e semanal de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI. Ser alvo daqueles que no partido não veem com bons olhos a sua chegada a Lisboa. Esperar com angústia e fora do espaço mediático as legislativas. Ficar a assistir à formação, previsivelmente desastrada, de um governo de minoria.
Mas Rui Rio não tem saída, nem outro calendário. Sabe que o próximo presidente da República vai ter que ser um referencial de estabilidade no país. E não vai querer ficar fora da política. Ou avança em setembro, ou deixa que as circunstâncias decidam. E se nenhuma solução é boa, pior é não decidir.
18.07.2015
DOMINGOS DE ANDRADE
Jornal de Notícias
Poderia ainda ser o grande trunfo de Costa. Rio resolve o dilema dos indecisos, dos que estão zangados com o PSD mas não confiam o suficiente no líder do PS, dos que temem uma gestão socialista desastrada. Costa, além do mais, não descola nas sondagens e tem permitido ao primeiro-ministro capitalizar com uma marcação cerrada. Esta semana, por exemplo, não só esteve com Rui Moreira na véspera do encontro entre o presidente da Câmara do Porto e o líder do PS, como, ao acordar uma verba de 40 milhões para a cidade, serenou uma voz crítica do Governo.
A candidatura de Sampaio da Nóvoa ajuda: é um ilustre desconhecido das massas, tem vindo a perder fulgor desde que se apresentou, capitaliza à esquerda do PS mas não de todo o partido, e na primeira volta não contará com o apoio do PCP, seguro na tradição de apresentar o seu próprio candidato.
Sucede que Rui Rio domina cada vez menos o tempo. Vítima de si próprio e do calendário eleitoral. Ele não é, à semelhança de Marcelo e de Santana, um candidato natural, como o foram Mário Soares ou Cavaco Silva. E não estão reunidas as circunstâncias que levaram Ramalho Eanes e Jorge Sampaio a serem eleitos. A fama de gestor faz o resto: seria um candidato natural à liderança do PSD, mas não pode. Para já.Resta o calendário eleitoral. Apertado e confuso. Apresentar uma candidatura presidencial antes das legislativas significaria estar sujeito ao jogo hábil e semanal de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI. Ser alvo daqueles que no partido não veem com bons olhos a sua chegada a Lisboa. Esperar com angústia e fora do espaço mediático as legislativas. Ficar a assistir à formação, previsivelmente desastrada, de um governo de minoria.
Mas Rui Rio não tem saída, nem outro calendário. Sabe que o próximo presidente da República vai ter que ser um referencial de estabilidade no país. E não vai querer ficar fora da política. Ou avança em setembro, ou deixa que as circunstâncias decidam. E se nenhuma solução é boa, pior é não decidir.
18.07.2015
DOMINGOS DE ANDRADE
Jornal de Notícias
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin