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OPINIÃO: A agenda para a campanha
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OPINIÃO: A agenda para a campanha
Avenida da liberdade, por Sérgio Ferreira Borges - Os dias são claramente de pré-campanha eleitoral, estorvada apenas pelo período de férias. Mas já se pode perceber, sem margem para grandes dúvidas, qual será a agenda de temas a debater na campanha das legislativas.
A coligação PSD/CDS vai insistir num assunto. Foi um governo do PS que levou o país a uma situação de quase bancarrota, o que obrigou ao recurso ao crédito internacional e à vinda da troika. Um discurso que será concluído com a afirmação de que foi o governo da coligação que devolveu a soberania e que o livrou da troika de credores.
O PS já afinou a resposta e vai replicar, dizendo que o PSD e o CDS, ao chumbarem o PEC IV de José Sócrates, obrigaram o país a chamar a troika. E assinaram o memorando, prometendo até ir mais longe do que as medidas preconizadas nesse documento, proposto pelos credores.
O assunto vai prolongar-se, com a coligação a dizer que o país precisa de estabilidade e que um regresso do PS ao poder pode recolocar Portugal na situação que tinha em 2011. A resposta do PS é fácil de adivinhar. O governo da direita agravou a dívida e não conseguiu reduzir o défice para menos de três por cento, como estabelece o Pacto de Estabilidade e Crescimento que sustenta o Euro.
O que está a acontecer na Grécia também vai animar o debate. A coligação dirá que o programa do PS é “aventureirista” e que pode conduzir Portugal à situação que se vive na Grécia por estes dias. O PS contraporá que o seu programa se integra, perfeitamente, nas regras do Euro.
O emprego será também uma questão omnipresente. Aqui, os partidos do poder vão afirmar que a taxa de desemprego está a baixar. Do lado do PS, o assunto será equacionado de outra forma, preferindo os socialistas falar do saldo entre empregos destruídos e empregos criados. Um saldo que é claramente negativo.
Também as políticas sociais serão tema grande. A coligação vai tentar evitar a possibilidade de efectuar cortes de 600 milhões de euros nas pensões e reformas para 2016. Mas dificilmente conseguirá silenciar o assunto, porque o PS vai atacar fortemente por aqui. Mas os socialistas já falaram num pacto para resolver os grandes problemas de sustentabilidade da segurança social. E aí, a direita vai querer saber que propostas alternativas têm os socialistas, sabendo que se opõem ao corte dos 600 milhões.
A economia também estará presente. Vai falar-se muito do número de falências, desde 2011, e no número de empresas entretanto criadas. Este saldo é francamente desfavorável ao PSD e ao CDS. A coligação tentará ultrapassar a questão, trazendo para o debate os números das exportações. O PS vai combater este argumento, dizendo que as exportações cresceram apenas à custa da refinação de petróleo, em Sines.
Daqui, parte-se para a política fiscal, com o PS a dizer que com a brutal carga de impostos, o governo de coligação asfixiou a economia e, com isso, provocou falências em cadeia e muito desemprego.
Neste ponto, começará a pescadinha de rabo na boca. Tudo voltará ao princípio e Passos Coelho e Paulo Portas vão repetir o argumento inicial. Foi o governo do PS, liderado por José Sócrates, que conduziu o país a uma situação de bancarrota.
E só se vai fugir deste ciclo se entretanto surgir um qualquer incidente. E a política portuguesa é fértil nisso. E um desses incidentes poderá estar relacionado com a falência do BES, um assunto que não agrada a nenhum dos dois grandes candidatos.
Publicado Quarta-feira, 22 Julho 2015 às 16:17
Sérgio Ferreira Borges
© 2014 Luxemburger Wort
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