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A caminho da 3ª revolução industrial – Servidão ou Libertação
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A caminho da 3ª revolução industrial – Servidão ou Libertação
Os factos são evidentes embora permaneçam fora do debate público e longe dos olhares mais incautos. O actual paradigma de crescimento, do pleno emprego, de consumo, de desperdício, de competição, de mercados especulativos e sobretudo de escassez premeditada está perto do fim.
Porém, e em aceleração, vemos a emergência de um modelo psico-social e económico alicerçado em tecnologias open-source, com redes de produção, distribuição e consumo mais descentralizadas, altamente automatizado mas, acima de tudo, baseado em novos valores de sustentabilidade, cooperação, eficiência e interligação global.
Para sermos mais precisos foquemos a análise na expansão da infra-estrutura da “Internet das Coisas”, que liga o mundo real à tangibilidade analítica, e do acesso global à informação nas redes virtuais, que diminui as barreiras físicas e expande a partilha de experiências e ideias. Assim, a possibilidade de compreender analiticamente, e em tempo real, por exemplo, o estado dos solos em culturas agrícolas, os volumes dos stocks em armazéns, os níveis de gastos energéticos numa rede integrada, gera uma eficiência e um poder de planeamento nunca antes visto em sociedade. O bem comum e a gestão sensata dos recursos naturais é agora palpável.
Paralelamente com o aproximar de culturas através do melhoramento da comunicação em redes de cooperação social (Facebook e Youtube), por vários cursos e ferramentas online de instituições reconhecidas (Coursera e Khan Academy), juntamente com projectos de CrowdFunding, sites de petições (Care2Petitions), entre outras ferramentas cívicas facilmente compreendemos a magnitude desta transição silenciosa de uma economia baseada em posse para um modelo de dádiva e de partilha.
Não falo de uma tecnocratização da sociedade mas o contrário. É perceptível que existe uma massiva alocação de trabalhos inférteis de criatividade, perigosos e desgastantes a novas ferramentas tecnológicas o que nos permite ter mais tempo para actividades comunitárias, recreativas e de lazer.
Assim, paralelamente com a expansão da automatização, que a sociedade assiste mas não debate, e tendo em conta o decréscimo abrupto dos custos marginais associados à produção e distribuição de bens e serviços, descentralizando-os com ferramentas como a impressão 3D, compreendemos que o caminho trilha-se pela independência cívica e não por monopólios corporativos.
A produção e distribuição descentralizada de energia (Solar City), de produtos agrícolas biológicos e não sintéticos (em sistemas hidropónicos verticais) mas também de bens e serviços (com a impressão 3D e através de plataformas abertas e colaborativas na Internet, como o Open Source Ecology) mostra que o poder político deve não só acompanhar estas tendências mas acima de tudo reforçá-las.
A 3ª revolução industrial, sustentável, pelo bem comum, de partilha e libertadora do trabalho mundano chegou. Falta agora dotá-la dum sistema monetário e financeiro que corresponda.
Não é indiferente que a remuneração individual para a sustentabilidade mensal dos cidadãos continue a ser feita por estritos critérios de mercado numa altura que o pleno emprego desapareceu. Somando o desemprego estatístico com o dito desemprego estrutural temos um desemprego global de cerca de um quarto da população activa. Cerca de metade, não encontrarão modos formais de emprego nos seus respectivos tempos de vida. Urge que toda a população tenha acesso a esta revolução, esteja ou não do lado que o mercado decide remunerar. Por isso é tão importante que todo o ser humano tenha a opção de ser remunerado de forma independente dos “mercados” tornando-o livre para interagir com a restante sociedade dando-lhe dignidade e plenitude cívica. Isto obrigará a uma profunda remodelação do Estado e da visão que temos sobre ele, acabando de vez com a lógica assistencialista.
Assim, em consciência, devemos reforçar estas tendências colectivas de abundância e de acesso em detrimento de um modelo social e económico obsoleto e em fim de vida.
André Silva
Porta-Voz do PAN (Pessoas-Animais-Natureza)
Por Oje
Data:Agosto 07, 2015
Porém, e em aceleração, vemos a emergência de um modelo psico-social e económico alicerçado em tecnologias open-source, com redes de produção, distribuição e consumo mais descentralizadas, altamente automatizado mas, acima de tudo, baseado em novos valores de sustentabilidade, cooperação, eficiência e interligação global.
Para sermos mais precisos foquemos a análise na expansão da infra-estrutura da “Internet das Coisas”, que liga o mundo real à tangibilidade analítica, e do acesso global à informação nas redes virtuais, que diminui as barreiras físicas e expande a partilha de experiências e ideias. Assim, a possibilidade de compreender analiticamente, e em tempo real, por exemplo, o estado dos solos em culturas agrícolas, os volumes dos stocks em armazéns, os níveis de gastos energéticos numa rede integrada, gera uma eficiência e um poder de planeamento nunca antes visto em sociedade. O bem comum e a gestão sensata dos recursos naturais é agora palpável.
Paralelamente com o aproximar de culturas através do melhoramento da comunicação em redes de cooperação social (Facebook e Youtube), por vários cursos e ferramentas online de instituições reconhecidas (Coursera e Khan Academy), juntamente com projectos de CrowdFunding, sites de petições (Care2Petitions), entre outras ferramentas cívicas facilmente compreendemos a magnitude desta transição silenciosa de uma economia baseada em posse para um modelo de dádiva e de partilha.
Não falo de uma tecnocratização da sociedade mas o contrário. É perceptível que existe uma massiva alocação de trabalhos inférteis de criatividade, perigosos e desgastantes a novas ferramentas tecnológicas o que nos permite ter mais tempo para actividades comunitárias, recreativas e de lazer.
Assim, paralelamente com a expansão da automatização, que a sociedade assiste mas não debate, e tendo em conta o decréscimo abrupto dos custos marginais associados à produção e distribuição de bens e serviços, descentralizando-os com ferramentas como a impressão 3D, compreendemos que o caminho trilha-se pela independência cívica e não por monopólios corporativos.
A produção e distribuição descentralizada de energia (Solar City), de produtos agrícolas biológicos e não sintéticos (em sistemas hidropónicos verticais) mas também de bens e serviços (com a impressão 3D e através de plataformas abertas e colaborativas na Internet, como o Open Source Ecology) mostra que o poder político deve não só acompanhar estas tendências mas acima de tudo reforçá-las.
A 3ª revolução industrial, sustentável, pelo bem comum, de partilha e libertadora do trabalho mundano chegou. Falta agora dotá-la dum sistema monetário e financeiro que corresponda.
Não é indiferente que a remuneração individual para a sustentabilidade mensal dos cidadãos continue a ser feita por estritos critérios de mercado numa altura que o pleno emprego desapareceu. Somando o desemprego estatístico com o dito desemprego estrutural temos um desemprego global de cerca de um quarto da população activa. Cerca de metade, não encontrarão modos formais de emprego nos seus respectivos tempos de vida. Urge que toda a população tenha acesso a esta revolução, esteja ou não do lado que o mercado decide remunerar. Por isso é tão importante que todo o ser humano tenha a opção de ser remunerado de forma independente dos “mercados” tornando-o livre para interagir com a restante sociedade dando-lhe dignidade e plenitude cívica. Isto obrigará a uma profunda remodelação do Estado e da visão que temos sobre ele, acabando de vez com a lógica assistencialista.
Assim, em consciência, devemos reforçar estas tendências colectivas de abundância e de acesso em detrimento de um modelo social e económico obsoleto e em fim de vida.
André Silva
Porta-Voz do PAN (Pessoas-Animais-Natureza)
Por Oje
Data:Agosto 07, 2015
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