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Curva caprichosa
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Curva caprichosa
Os números relacionados com a natalidade em Portugal são caprichosos. Tiveram o momento mais alto em 1975 e 1976, com um país em grande ebulição a acolher 500 mil pessoas vindas das antigas colónias, e foi descendo teimosamente até 1995.
O país recebeu então muitos estrangeiros que para cá vieram trabalhar e a curva subiu timidamente até ao ano 2000. Voltou depois à linha de descida até que, pela primeira vez em décadas, ficou abaixo dos cem mil bebés por ano, em 2011.
Não existe uma explicação única para este fenómeno, porque há fatores que se cruzam, desde as dificuldades económicas à perda de expectativas, incluindo a vontade de ter menos filhos ou de garantir antes uma carreira profissional.
O que é certo é que, à semelhança do que vem acontecendo na Europa, a idade de ter o primeiro filho foi deslizando para cada vez mais tarde. E a hipótese de um segundo ou mesmo de um terceiro foi-se perdendo na passagem para uma idade em que a fertilidade é mais reduzida.
Com a saída de muitos jovens para a emigração nos últimos anos, chegou a temer-se que a natalidade continuasse a descer. Os números que hoje apresentamos revelam, no entanto, que o número de nascimentos está a aumentar, não espetacularmente mas de forma continuada, desde o final de 2014.
Seria simples dizer, e não faltará quem o faça, que há uma viragem no ciclo económico que enche de esperanças as novas gerações - mas para tirar essa conclusão era preciso situar a decisão nove meses antes dos nascimentos.
Dois fatores são de ter em conta: há um limite biológico para lá do qual uma mulher deixa de ser fértil, e portanto não está a adiar a decisão de ter filhos, está a inviabilizá-la. Mas acontece outro fenómeno: parece haver mais bebés de mães entre os 25 e os 30 anos. Se esta tendência se confirmar, aí sim, teremos uma mudança significativa no nosso modo de vida.
por ANA SOUSA DIAS
Diário de Notícias
O país recebeu então muitos estrangeiros que para cá vieram trabalhar e a curva subiu timidamente até ao ano 2000. Voltou depois à linha de descida até que, pela primeira vez em décadas, ficou abaixo dos cem mil bebés por ano, em 2011.
Não existe uma explicação única para este fenómeno, porque há fatores que se cruzam, desde as dificuldades económicas à perda de expectativas, incluindo a vontade de ter menos filhos ou de garantir antes uma carreira profissional.
O que é certo é que, à semelhança do que vem acontecendo na Europa, a idade de ter o primeiro filho foi deslizando para cada vez mais tarde. E a hipótese de um segundo ou mesmo de um terceiro foi-se perdendo na passagem para uma idade em que a fertilidade é mais reduzida.
Com a saída de muitos jovens para a emigração nos últimos anos, chegou a temer-se que a natalidade continuasse a descer. Os números que hoje apresentamos revelam, no entanto, que o número de nascimentos está a aumentar, não espetacularmente mas de forma continuada, desde o final de 2014.
Seria simples dizer, e não faltará quem o faça, que há uma viragem no ciclo económico que enche de esperanças as novas gerações - mas para tirar essa conclusão era preciso situar a decisão nove meses antes dos nascimentos.
Dois fatores são de ter em conta: há um limite biológico para lá do qual uma mulher deixa de ser fértil, e portanto não está a adiar a decisão de ter filhos, está a inviabilizá-la. Mas acontece outro fenómeno: parece haver mais bebés de mães entre os 25 e os 30 anos. Se esta tendência se confirmar, aí sim, teremos uma mudança significativa no nosso modo de vida.
por ANA SOUSA DIAS
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