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PORTUGAL VAI A VOTOS / O crescimento do país é suficiente para inverter a emigração?
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PORTUGAL VAI A VOTOS / O crescimento do país é suficiente para inverter a emigração?
"PORTUGAL VAI A VOTOS / O crescimento do país é suficiente para inverter a emigração?" - Económico
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Para além do regozijo infrene da situação e da inquietação melancólica da oposição convinha lermos os últimos dados do desempenho económico com a cautela que uma campanha eleitoral dispensa.
Ainda que a economia venha lentamente a recuperar dos anos de chumbo de 2012/2013 e os números do desemprego sejam um pouco mais animadores, não se vislumbra ainda, nem se prevê que tal venha a suceder, uma alternativa ao modelo social de precariedade imposto pela intervenção externa.
E é justamente deste modelo social que se deve partir para uma análise mais profunda aos números da emigração. Sabemos que o emprego gerado é, por um lado, mal pago, precário e sujeito a cada vez mais reduzidas garantias sociais e, por outro lado, que esta tíbia animação se verifica em sectores de pouco exigente qualificação.
Como antecipação do futuro da já mítica “geração mais bem preparada de sempre” é manifestamente insuficiente o que se lhe oferece para que aqui permaneça. Sair é ainda contingente a “um país que não se basta a só próprio”.
00:04 h
João Amaro Correia
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As causas da emigração não se explicam apenas pelo nível de actividade económica de um país.
Cada cidadão que pondera emigrar toma uma decisão individual. Traz consigo a sua história, os seus sonhos e ambições. Faz a sua avaliação das condições no seu país e nos países de destino. Mas com o passar do tempo, e cada vez mais rápido, tudo muda. Actualmente Portugal parece cada vez melhor, alguns dos países de destino cada vez piores. Por cá o crescimento é positivo.
Não é um crescimento “à força”, induzido pelo Estado, mas sim natural, fruto da actividade colectiva de pessoas e empresas. Cresce-se em vez de se inchar. Também o ‘mood’ do país é diferente. Mudou. As pessoas adaptaram-se e seguiram as suas vidas. Há uma maior vontade de viver cá.
Portugal fez uma travessia mas sobreviveu e está mais forte. Os indicadores não são ainda o que gostaríamos que fossem, mas está-se no caminho certo, e é no caminho certo que toda a gente gosta de andar.
00:04 h
Luis Vilariça
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É positivo que haja crescimento, mas isso não esconde que o crescimento verificado se encontra no limiar inferior das previsões da generalidade dos economistas, afastando-se dos resultados pretendidos pelo Governo. Crescemos pouco.
Em termos de taxa de variação em cadeia, metade do que cresceu a Grécia, por exemplo. Por outro lado, um crescimento baseado essencialmente na procura interna é a confirmação de que a estratégia do Governo fracassou. Nem as exportações trazem melhor cenário.
Resultam de uma retoma na vizinha Espanha de muito maior expressão do que a nacional e são consumidas por um ainda maior crescimento das importações. Assim, os números do crescimento não traduzem uma mudança estrutural no comportamento da economia portuguesa. São apenas os reflexos de um melhor desempenho da economia europeia, baseado, essencialmente, na quebra do preço do petróleo.
Por outro lado, de tão anémico, este crescimento não tem o condão de gerar emprego em dimensão suficiente que pudesse fazer estancar o êxodo emigratório. Muito menos fazer regressar os que saíram.
00:04 h
André Caldas
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…que me vou. O Governo exulta com os números do crescimento divulgados pelo INE, omitindo que são insuficientes para estancar a sangria emigratória.
A emigração quase estagnou nas últimas décadas mas a recente explosão do desemprego e a falta de esperança empurraram os jovens para fora. E deram-se bem: ao contrário de outrora, os emigrantes de hoje são qualificados e falam várias línguas, adaptando-se com facilidade aos países de acolhimento.
Para conter o êxodo, a oferta nacional de trabalho teria de melhorar substancialmente em volume e, sobretudo, em qualidade. Na verdade, os escassos empregos que hoje surgem são, em regra, precários e com salários líquidos mirrados pela pressão do desemprego e da brutal carga fiscal.
E não é o magro crescimento que vivemos (baseado no consumo pago com crédito) que irá inverter esta rota. É preciso mais. O caminho do crescimento forte e sustentado tem de passar pela recuperação imediata do rendimento das famílias, pela promoção do investimento (reduzindo os custos de contexto e facilitando o financiamento) e pela aposta nas qualificações e na inovação. Em outubro, os portugueses vão votar o seu destino. E vão escolher ficar.
00:04 h
Luís Goes Pinheiro
Económico
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Insuficiente
Para além do regozijo infrene da situação e da inquietação melancólica da oposição convinha lermos os últimos dados do desempenho económico com a cautela que uma campanha eleitoral dispensa.
Ainda que a economia venha lentamente a recuperar dos anos de chumbo de 2012/2013 e os números do desemprego sejam um pouco mais animadores, não se vislumbra ainda, nem se prevê que tal venha a suceder, uma alternativa ao modelo social de precariedade imposto pela intervenção externa.
E é justamente deste modelo social que se deve partir para uma análise mais profunda aos números da emigração. Sabemos que o emprego gerado é, por um lado, mal pago, precário e sujeito a cada vez mais reduzidas garantias sociais e, por outro lado, que esta tíbia animação se verifica em sectores de pouco exigente qualificação.
Como antecipação do futuro da já mítica “geração mais bem preparada de sempre” é manifestamente insuficiente o que se lhe oferece para que aqui permaneça. Sair é ainda contingente a “um país que não se basta a só próprio”.
00:04 h
João Amaro Correia
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Caminho certo
As causas da emigração não se explicam apenas pelo nível de actividade económica de um país.
Cada cidadão que pondera emigrar toma uma decisão individual. Traz consigo a sua história, os seus sonhos e ambições. Faz a sua avaliação das condições no seu país e nos países de destino. Mas com o passar do tempo, e cada vez mais rápido, tudo muda. Actualmente Portugal parece cada vez melhor, alguns dos países de destino cada vez piores. Por cá o crescimento é positivo.
Não é um crescimento “à força”, induzido pelo Estado, mas sim natural, fruto da actividade colectiva de pessoas e empresas. Cresce-se em vez de se inchar. Também o ‘mood’ do país é diferente. Mudou. As pessoas adaptaram-se e seguiram as suas vidas. Há uma maior vontade de viver cá.
Portugal fez uma travessia mas sobreviveu e está mais forte. Os indicadores não são ainda o que gostaríamos que fossem, mas está-se no caminho certo, e é no caminho certo que toda a gente gosta de andar.
00:04 h
Luis Vilariça
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Crescer poucochinho
É positivo que haja crescimento, mas isso não esconde que o crescimento verificado se encontra no limiar inferior das previsões da generalidade dos economistas, afastando-se dos resultados pretendidos pelo Governo. Crescemos pouco.
Em termos de taxa de variação em cadeia, metade do que cresceu a Grécia, por exemplo. Por outro lado, um crescimento baseado essencialmente na procura interna é a confirmação de que a estratégia do Governo fracassou. Nem as exportações trazem melhor cenário.
Resultam de uma retoma na vizinha Espanha de muito maior expressão do que a nacional e são consumidas por um ainda maior crescimento das importações. Assim, os números do crescimento não traduzem uma mudança estrutural no comportamento da economia portuguesa. São apenas os reflexos de um melhor desempenho da economia europeia, baseado, essencialmente, na quebra do preço do petróleo.
Por outro lado, de tão anémico, este crescimento não tem o condão de gerar emprego em dimensão suficiente que pudesse fazer estancar o êxodo emigratório. Muito menos fazer regressar os que saíram.
00:04 h
André Caldas
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Adeus aos meus amores…
…que me vou. O Governo exulta com os números do crescimento divulgados pelo INE, omitindo que são insuficientes para estancar a sangria emigratória.
A emigração quase estagnou nas últimas décadas mas a recente explosão do desemprego e a falta de esperança empurraram os jovens para fora. E deram-se bem: ao contrário de outrora, os emigrantes de hoje são qualificados e falam várias línguas, adaptando-se com facilidade aos países de acolhimento.
Para conter o êxodo, a oferta nacional de trabalho teria de melhorar substancialmente em volume e, sobretudo, em qualidade. Na verdade, os escassos empregos que hoje surgem são, em regra, precários e com salários líquidos mirrados pela pressão do desemprego e da brutal carga fiscal.
E não é o magro crescimento que vivemos (baseado no consumo pago com crédito) que irá inverter esta rota. É preciso mais. O caminho do crescimento forte e sustentado tem de passar pela recuperação imediata do rendimento das famílias, pela promoção do investimento (reduzindo os custos de contexto e facilitando o financiamento) e pela aposta nas qualificações e na inovação. Em outubro, os portugueses vão votar o seu destino. E vão escolher ficar.
00:04 h
Luís Goes Pinheiro
Económico
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