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Há 4 milhões de portugueses emigrados
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Há 4 milhões de portugueses emigrados
É um valor recorde e nem sequer contabiliza os emigrantes que não trataram da documentação. Nunca antes tinha havido tantos portugueses espalhados pelo mundo. França continua a ter a maior diáspora portuguesa mas o fluxo para o Canadá foi o que mais aumentou.
21/08/2015 23:42:20
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Emigração. Fluxos migratórios mudaram
As migrações sofreram alterações ao longo das décadas, mas o objectivo sempre se manteve: procurar uma vida melhor.
Dizer que o mundo está em constante mudança já não é só um chavão. Na verdade, os fluxos migratórios sofreram alterações ao longo das décadas e, se é verdade que antigamente uma carta poderia demorar meses a chegar à família, hoje conseguimos ver e ouvir em tempo real alguém que esteja do outro lado do mundo. Somos 4 milhões espalhados pelo planeta que não se esquecem das origens.
As migrações modificaram-se não só na sua forma, muito por responsabilidade das novas tecnologias, mas também em relação aos países escolhidos pelos portugueses. “Até ao final dos anos 50, a nossa emigração dirigiu-se tradicionalmente para o outro lado do Atlântico, maioritariamente para o Brasil e para os Estados Unidos, mas também para países como a Venezuela ou a Argentina”, explica ao i Maria Beatriz Rocha--Trindade, socióloga das migrações e autora do livro “Das Migrações às Interculturalidades”.
Com o Plano Marshall, de recuperação da Europa, “começa a existir a necessidade de uma mão-de-obra no continente”. Aqui, a emigração portuguesa inverte o seu sentido: “Dá-se início a um novo ciclo, que é o intra-europeu.” Esta tendência vai-se desenvolvendo na década de 60 e até 1974: “Nesta altura, a emigração portuguesa dirigiu-se essencialmente para a Europa e para dois países, a França e a Alemanha.”
O analfabetismo era grande, a mão-de--obra não era qualificada e a emigração desta época foi justamente para responder às necessidades sentidas na reconstrução europeia: “A reconstrução atraiu os portugueses porque o perfil de preparação correspondia ao que era procurado”, explica a socióloga. Mas o que se passa hoje é diferente: “Temos de pensar que Portugal não parou e que os países receptores também não.” O mundo modificou-se, mas é um engano pensar que só os licenciados e doutorados emigram actualmente: “A composição dos fluxos é diversificada e continua a existir uma significativa percentagem de pessoas sem qualificação a emigrar”, considera Maria Beatriz Rocha-Trindade.
Também Rui Pena Pires, sociólogo e coordenador do Observatório da Emigração, traça um plano actual: “Há características das migrações das décadas de 50, 60 e 70 que são semelhantes às de agora. Procuravam-se basicamente empregos melhores, e hoje as migrações são sociais, económicas e profissionais, tal como a maioria das que ocorriam no passado.”
Actualmente, como explicam ambos os sociólogos contactados pelo i, parte significativa da emigração portuguesa continua a ser de pessoas não qualificadas, mas a “grande novidade dos fluxos actuais são as pessoas licenciadas ou doutoradas que, muitas vezes, não encontram espaço para aplicar os conhecimentos que adquiriram”.
Destinos Vivemos um ciclo migratório aberto ao mundo. Apesar de, maioritariamente, os portugueses decidirem por um país europeu quando emigram, hoje há uma grande variedade de opções. Maria Beatriz Rocha-Trindade explica que “foram retomados os destinos tradicionais, como a França, mas, por outro lado, vai-se para todo o mundo”. O actual ciclo tem os destinos espalhados por todos os continentes e também muito relacionados com as ex-colónias e países de língua portuguesa. Rui Pena Pires alerta para o facto de, hoje, as migrações se fazerem também para o Reino Unido, que “nos anos 60 era um destino secundário”. Até à crise, Espanha era também um dos grandes destinos da nossa emigração: “A grande diferença é que a emigração para Espanha era pouco qualificada, basicamente para a construção civil, enquanto a emigração para o Reino Unido não é”, defende o coordenador do Observatório da Emigração.
Também o conceito de migração veio substituir os de emigração e imigração. “Com a falta de tecnologia e de transportes que existia, as pessoas que saíam de Portugal iam como emigrantes. Na maioria dos casos, não dava para voltar”, conta Beatriz Rocha-Trindade. Quando se abandonou o ciclo transatlântico e se passou para o intra-europeu, “as idas e vindas passam a fazer-se com regularidade”. O conceito de emigração passou a ser substituído por um muito mais amplo, de entradas e saídas. “É um movimento pendular, as pessoas regressam pontualmente.”
Regresso Numa fase inicial, todos os emigrantes tendem a dizer que querem voltar ao país de origem. Beatriz Rocha--Trindade introduz o conceito de “regresso imaginado”, uma vez que “estes não se fazem tal e qual se pensou”. Os avanços tecnológicos e a mudança do nível de vida modificaram completamente os planos de retorno: “As pessoas vão viver onde se sentem melhor, não há aquele apelo da nação”, justifica a socióloga. As formas de comunicação são completamente diferentes e a proximidade mudou, com os “regressos a poderem fazer-se todos os dias, mesmo que não sejam presenciais”.
Rui Pena Pires defende que hoje há mais hipóteses de circulação que no passado mas, por outro lado, a facilidade que há em as pessoas comunicarem pode levar a uma permanência na emigração, uma vez que a saída “já não é vivida como uma ruptura”. Mantém-se a ligação, mas também se “facilita o afastamento, não o tornando tão doloroso”, remata.
CATARINA CORREIA ROCHA
23/08/2015 13:00:00
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Portugueses do (no) mundo. Os rostos do sucesso
Saíram do país na procura da excelência e destacam-se como os melhores das suas áreas: alta finança, artes, ciência e desporto.
António Damásio
É considerado um dos mais brilhantes investigadores do mundo no estudo do cérebro. Nasceu em Lisboa e tem 70 anos. Emigrou em 1975 para os EUA, onde hoje dirige o Brain and Creative Institute. Recebeu inúmeros prémios e os seus livros estão traduzidos em mais de 30 línguas.
Daniela Ruah
Actriz, tem 32 anos e vive nos EUA. Tem dupla nacionalidade, por isso não é propriamente emigrante. Depois de algumas participações em novelas, em Portugal, Daniela deu o grande salto da sua carreira quando, em 2009, começou a integrar a série norte-americana “NCIS: Investigação Criminal”.
António Simões
Nasceu em Lisboa e tem 49 anos. Rompe preconceitos no mundo da banca. É assumidamente homossexual e faz parte dos banqueiros top do Reino Unido. Foi eleito pela “Financial Times” o gay mais influente e inspirador na área dos negócios. É presidente do banco britânico HSBC.
Carlos Caldas
Nasceu em Oliveira de Frades, tem 56 anos e saiu de Portugal em 1988. É cientista e professor no departamento de oncologia na Universidade de Cambridge, onde lidera um grupo de investigação na área da biologia molecular do cancro, nomeadamente o cancro do estômago e da mama.
Marcelino Sambé
Nasceu no dia internacional da Dança. Tem só 21 anos, mas uma crítica inglesa lançou-o como um dos obrigatórios para 2015. O bailarino já era notável mesmo antes de ser uma das maiores figuras do Royal Ballet de Londres.Mas assim que esta categoria se espalhou pelo mundo, Marcelino foi transformado numa estrela.
Carlos Tavares
Tem 56 anos e é CEO da Peugeot Citroën. Nasceu em Lisboa. Emigrou para França aos 17 anos, onde se formou em Engenharia Mecânica. Em 1981 entrou para a Renault como engenheiro. O seu percurso levou a que fosse nomeado CEO da rival Peugeot em 2012.
Carlos Bica
Músico e compositor, nascido em Lisboa, emigrou em 1994. Apesar de ter morada fixa em Berlim, costuma andar pelo mundo. Toca contrabaixo. É uma referência no jazz, do improviso mas também da colaboração entre músicos de diferentes estilos.
Cristiano Ronaldo
Tem 30 anos e é, talvez, o português mais conhecido no mundo inteiro. Considerado o melhor jogador do mundo por três vezes, Ronaldo emigrou em 2003, quando foi transferido do Sporting para o Manchester United, em Londres. Joga desde 2009 no Real Madrid, onde conquista troféus atrás de troféus.
Mourinho
“Special one.” Foi assim que ficou conhecido na primeira passagem pelo Chelsea, a sua primeira aventura no estrangeiro. Ganhou os campeonatos, taças e supertaças de todos os países por onde passou: Inglaterra, Itália, Espanha e, claro, Portugal. Já foi eleito melhor treinador do mundo.
Sara Sampaio
Tem 24 anos e já é uma das mais prestigiadas manequins internacionais. É um dos anjos da Victoria’s Secret, marca de lingerie que representa já há quatro anos.
Felipe Oliveira Baptista
Nasceu nos Açores, tem 40 anos e é estilista. Emigrou há 20 anos e vive hoje em Paris. Criou a sua própria marca de roupa há dez anos. Chegou à direcção criativa da famosa Lacoste em 2010. Venceu o Festival de Hyères em 2002 e em 2005, ano em que tem a primeira aventura na moda de Paris.
Irene Fonseca
Tem 60 anos, nasceu em Lisboa e emigrou para os EUA há 27 anos. É um dos maiores nomes da investigação mundial em matemática. É investigadora da Universidade Carnegie Mellon, onde dá aulas de Ciência, dirige centros e coordena equipas. Lá fora tem tudo o que não tinha em Portugal: tempo e dinheiro.
Horta Osório
É CEO do Lloyds Bank, o maior banco inglês. Tem 50 anos e emigrou em 1991, quando integrou o Goldman Sachs. Voltou a Portugal para liderar o Santander. Horta Osório acumula várias distinções nacionais e internacionais na área financeira.
Jorge Colombo
É designer e vive em Nova Iorque desde 1989. A imagem de uma noite enevoada, com o Empire State Building a aparecer e a desaparecer, foi capa da revista “The New Yorker”, desenhada num iPad. A assinatura era de Jorge Colombo, português que há 30 anos se dedica ao design.
Maria João Pires
É a mais internacional e reputada pianista portuguesa. Começou a tocar cedo, a imitar a irmã (aos 4 anos), o seu primeiro concerto foi com obras de Bach e Mozart, e com 16 anos concluiu o curso de Piano no Conservatório de Lisboa com 20 valores. Emigrou para o Brasil em 2006.
Rui Costa
Nasceu na Póvoa do Varzim, tem 28 anos e emigrou há seis. Rui Costa é neste momento o nome do ciclismo português. Conquistou três etapas do Tour (em 2011 e 2013), foi campeão mundial em 2013 e venceu a Volta à Suíça, no mesmo ano, pela terceira vez – um feito inédito na história do ciclismo.
MELISSA LOPES
22/08/2015 18:58:58
Jornal i
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