Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2023  2014  2019  2013  2010  cmtv  2018  2015  cais  2016  tvi24  2017  2012  2011  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
O argumento geográfico EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
O argumento geográfico EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
O argumento geográfico EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
O argumento geográfico EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
O argumento geográfico EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
O argumento geográfico EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
O argumento geográfico EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
O argumento geográfico EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
O argumento geográfico EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


O argumento geográfico Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
66 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 66 visitantes

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

O argumento geográfico

Ir para baixo

O argumento geográfico Empty O argumento geográfico

Mensagem por Admin Seg Ago 24, 2015 10:13 am

As massas de gente em fuga das guerras não vai parar. A União Europeia tem obrigação e tem interesse em encontrar respostas

Para além dos argumentos éticos, políticos e humanitários, há um quarto saber obrigatório no debate sobre a crise humanitária que, em dois anos, transformou o Mar Mediterrâneo num cemitério: o argumento geográfico.

É útil olhar para o mapa do Mar Mediterrâneo. A primeira coisa que salta à vista é o facto de haver muitos países. São 22. A seguir, vale a pena olhar para a linha de costa de cada um deles e verificar os quilómetros: Albânia, 362km; Argélia, 1644km; Bósnia-Herzgovina, 20km; Croácia, 5835km; Chipre, 648km; Egipto, 2900km; Eslovénia, 46km; Espanha, 4964km; França, 5500km; Grécia, 13.676km; Israel, 273km; Itália, 7600km; Líbano, 225km; Líbia, 1770km; Malta, 197km; Marrocos, 2945km; Mónaco, 4km; Montenegro, 294km; Palestina, 230km; Síria, 193km; Turquia, 8000km; e finalmente a Tunísia, com 1148km.

Somados, são mais de 56 mil quilómetros de costa. O exercício serve apenas para evidenciar que há 56 mil possibilidades de partida e chegada para quem quer fugir.

A palavra “mediterrâneo” vem do latim “mediterraneus”, que junta “meio” e “terra”. Não há dúvida de que este é o mar que está “no meio de terra”. No norte está a Europa e a Anatólia já a fugir no lado asiático da Turquia; no Sul está a África; e a Leste, o Levante, Síria, etc. No “meio de terra” é um nome apropriado. As distâncias entre as terras banhadas pelo Mediterrâneo são tão pequenas que, desde tempos imemoriais, várias civilizações o atravessam – pelo menos desde 130 mil anos a.C.. De Aleppo, na Síria, até Bodrum, na Turquia, são 1200km por estrada, 15h a guiar. De Bodrum – a antiga Halicarnassus onde nasceu Heródoto – à ilha grega de Cos são apenas 23km. Se o mar estiver calmo, a travessia de Karabag, na Turquia, a Cos chega a demorar apenas 35 minutos.

Em Bruxelas todos parecem ter esquecido o bê-á-bá da geografia. Mas estas pessoas – a quem a ONU chama “refugiados”, os jornais “migrantes” e os governos europeus “ilegais” – não vão desistir.

Dos 260 mil que chegaram nos últimos meses à Europa através do Mediterrâneo, entre 60% a 80% vieram de países em guerra, sobretudo a Síria. Não devem ser tratados como ilegais prontos a serem repatriados. Não são jovens aventureiros à procura de qualidade de vida. São famílias a fugir da guerra e que deixaram para trás países destruídos. Há milhares de crianças em movimento. Em carros, comboios, barcos e aviões. E a pé. Nas últimas semana, deu-se uma clara aceleração. Só esta noite passaram sete mil pessoas, muitos delas sírios, da Macedónia para a Sérvia, a caminho da União Europeia. Depois de dias de espera, viram-se sorrisos de alívio. A urgência tem com certeza a ver com os timings do muro que a Hungria está a construir na fronteira com a Sérvia. Entrar na Hungria é entrar no espaço Schengen. Esta gente em fuga quer ir para o norte. E o norte – nós – tem a obrigação moral, política e humanitária de os receber.

Tem também, a favor disso, a inexorabilidade da geografia – que nos mostra que há 56 mil pontos de saída e de entrada no Mediterrâneo. Se não for por um ponto, estas pessoas, desesperadas e em fuga, entrarão por outro. Já não têm nada a perder a não ser a própria vida.

DIRECÇÃO EDITORIAL 
23/08/2015 - 20:25
Público
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos