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A rã e os animais políticos
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A rã e os animais políticos
Ia uma rã atravessar o lago quando foi abordada por um animal político que lhe pediu que o levasse às costas para a outra margem do lago. Não pareceu boa ideia à rã por recear a utilização da dívida por alguns destes animais.
No entanto, depois de falar como só ele sabia, convenceu a rã, que o levou. A meio da viagem, o animal político mordeu a rã, injetando-lhe uma dose excessiva de dívida na pata. A dívida começou a fazer efeito e a rã foi-se afundando nas profundezas do lago, levando consigo o animal político.
– Porquê? – perguntou a incrédula rã.
– É da minha natureza. – respondeu o animal político. Ao aperceber-se de que o seu destino estava comprometido, ainda fez um pedido de ajuda, já tardio para o salvar.
Ao ouvir o pedido de ajuda, as rãs da comunidade do lago uniram-se para ajudar a rã e trouxeram-na para terra. Ainda entorpecida, pediu ajuda a um segundo animal político, que teve de recorrer à sábia coruja devido à delicadeza da situação. Depois de ouvir as outras rãs, a coruja fez o que a urgência da situação exigia para salvar a rã: uns cortes horrivelmente dolorosos na pata da rã, que provocaram coaxares agonizantes de que todos se lembrarão durante muito tempo. Foi por pouco, mas salvou-se a rã. A recuperação foi lenta: a princípio, a rã perdeu peso e tinha dificuldade em fazer alguns pequenos passeios mas, de melhora em melhora, foi normalizando a sua vida, voltando mesmo a fazer passeios regulares ao lago.
Voltou à zona do lago um terceiro animal político, colega e amigo do primeiro, que tinha emigrado para outras paragens. Propunha-se pedir apoio à rã para atravessar o lago. Em troca, e de acordo com umas contas que tinha feito, se tudo corresse bem, ia conseguir comprar uns alimentos, de que se diz serem fortificantes, que a fariam recuperar rapidamente o peso de antigamente.
Ao saber desta ideia, o segundo animal político lembrou a rã de que a sua saúde ainda inspirava alguns cuidados e, para evitar uma recaída, devia continuar a controlar a alimentação de forma prudente e segura para consolidar a recuperação da sua saúde.
Qual das abordagens deve a rã seguir? Cabe à rã escolher, porque é ela quem vai viver com as consequências desta escolha. Se quiser fazer a melhor opção, evitando repetir sofrimento desnecessário, deve procurar avaliar objectivamente o contexto em que está inserida e os efeitos das opções de que dispõe, fazendo um esforço suplementar para não deixar que a rejeição natural às provações que sofreu por causa do tratamento afete as escolhas que tem de fazer.
Também na vida real, situação semelhante pode acontecer. Ao fazer escolhas, nem sempre todos antecipam os problemas de algumas opções. Se muitos escolherem uma opção pior, podem impor a sua vontade e causar problemas complicados a todos. Para evitar situações destas, podemo-nos interessar e dar o nosso melhor para escolher bem. E havendo outros que também podem escolher, podemos também motivá-los a escolher e a escolher bem. A alternativa, de nos abstermos de escolher, poderia ser pior se, no fim, não gostássemos do desenlace e percebêssemos que podíamos ter contribuído para ter um final diferente.
Engenheiro
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
01 Setembro 2015, 21:25 por Pedro A. Matos
Negócios
No entanto, depois de falar como só ele sabia, convenceu a rã, que o levou. A meio da viagem, o animal político mordeu a rã, injetando-lhe uma dose excessiva de dívida na pata. A dívida começou a fazer efeito e a rã foi-se afundando nas profundezas do lago, levando consigo o animal político.
– Porquê? – perguntou a incrédula rã.
– É da minha natureza. – respondeu o animal político. Ao aperceber-se de que o seu destino estava comprometido, ainda fez um pedido de ajuda, já tardio para o salvar.
Ao ouvir o pedido de ajuda, as rãs da comunidade do lago uniram-se para ajudar a rã e trouxeram-na para terra. Ainda entorpecida, pediu ajuda a um segundo animal político, que teve de recorrer à sábia coruja devido à delicadeza da situação. Depois de ouvir as outras rãs, a coruja fez o que a urgência da situação exigia para salvar a rã: uns cortes horrivelmente dolorosos na pata da rã, que provocaram coaxares agonizantes de que todos se lembrarão durante muito tempo. Foi por pouco, mas salvou-se a rã. A recuperação foi lenta: a princípio, a rã perdeu peso e tinha dificuldade em fazer alguns pequenos passeios mas, de melhora em melhora, foi normalizando a sua vida, voltando mesmo a fazer passeios regulares ao lago.
Voltou à zona do lago um terceiro animal político, colega e amigo do primeiro, que tinha emigrado para outras paragens. Propunha-se pedir apoio à rã para atravessar o lago. Em troca, e de acordo com umas contas que tinha feito, se tudo corresse bem, ia conseguir comprar uns alimentos, de que se diz serem fortificantes, que a fariam recuperar rapidamente o peso de antigamente.
Ao saber desta ideia, o segundo animal político lembrou a rã de que a sua saúde ainda inspirava alguns cuidados e, para evitar uma recaída, devia continuar a controlar a alimentação de forma prudente e segura para consolidar a recuperação da sua saúde.
Qual das abordagens deve a rã seguir? Cabe à rã escolher, porque é ela quem vai viver com as consequências desta escolha. Se quiser fazer a melhor opção, evitando repetir sofrimento desnecessário, deve procurar avaliar objectivamente o contexto em que está inserida e os efeitos das opções de que dispõe, fazendo um esforço suplementar para não deixar que a rejeição natural às provações que sofreu por causa do tratamento afete as escolhas que tem de fazer.
Também na vida real, situação semelhante pode acontecer. Ao fazer escolhas, nem sempre todos antecipam os problemas de algumas opções. Se muitos escolherem uma opção pior, podem impor a sua vontade e causar problemas complicados a todos. Para evitar situações destas, podemo-nos interessar e dar o nosso melhor para escolher bem. E havendo outros que também podem escolher, podemos também motivá-los a escolher e a escolher bem. A alternativa, de nos abstermos de escolher, poderia ser pior se, no fim, não gostássemos do desenlace e percebêssemos que podíamos ter contribuído para ter um final diferente.
Engenheiro
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
01 Setembro 2015, 21:25 por Pedro A. Matos
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