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O PCP e a esquerda do futuro
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O PCP e a esquerda do futuro
Na noite de 4 de Outubro, conhecidos os resultados eleitorais, o PCP pode começar a delinear um ousado projecto de recomposição do quadro político nacional.
Para criar uma verdadeira alternativa é preciso antes de mais resistir ao desânimo, não entregar a razão ao sectarismo e aos preconceitos, e ter coragem para manter a esperança.
Esperança, não numa convicção de fé ou inevitabilidade histórica, mas sim a que resulta da simples observação, de que sempre nos momentos de grande convulsão social, restrição de direitos e ameaças à liberdade, os povos encontraram alternativas para romper o círculo de ferro da desigualdade e da injustiça, libertando milhões da pobreza e da opressão.
A evolução das sociedades é desde sempre resultado e consequência da luta dos grupos e das classes sociais por mais justiça, dignidade e progresso.
As grandes maiorias dos sem nada, sem terra, sem direitos, sem justiça, direitos ou liberdade, em oposição às minorias detentoras do poder alcançado ou por declarada legitimidade divina, validada propaganda, ou, de forma mais prosaica, eficazes máquinas de repressão.
Nem um átomo dos direitos e liberdades que hoje consideramos banais no nosso quotidiano democrático e na nossa relação como cidadãos foi conseguido sem luta, resistência e ruptura.
Nunca isso foi conseguido sem um trabalho de persistência, de paciente mobilização, tolerância e organização de uma oposição que se deseja plural e transversal, apresentando a alternativa não como uma quimera, mas antes como algo tangível e perceptível a todos.
A ruptura, como ideia alternativa, como factor decisivo para a melhoria das condições de vida, mas também sentimento de participante e fazedor de história, e como elemento essencial da soberania nacional.
A ruptura como resposta poderosa, pensada, em oposição ao caos e à desumanidade da direita neoliberal mascarada numa democracia desfigurada por alternâncias corruptas, acompanhadas pelo fado do voto útil, mais a fraude do fim da história.
A alternativa da ruptura como valorização do humano, da sua capacidade criadora e inteligência, oportunidade de passar às novas gerações o testemunho de que outro mundo é possível.
É uma luta desigual, sempre foi assim, e no entanto isso não impediu que se fosse avançando e que, apesar de tudo, dos erros, recuos e perdas, homens e mulheres construíssem um mundo melhor.
Ao contrário do que desejavam os partidos do triunvirato que partilhou o poder nos últimos 39 anos, PS, PSD e CDS, as presidenciais e Sócrates vão acompanhar até ao último dia a campanha eleitoral das legislativas.
Rui Rio escreve cartas a dizer que andam a gozar com ele, que é alheio mas que em princípio talvez. Marcelo, dissimulado, afirma que só desembucha em Outubro. Entretanto todos os domingos nos recorda que o candidato para a coisa é ele. Sampaio da Nóvoa já não sabe mais o que fazer para provar que não há independente mais socialista que ele.
O fim da austeridade é a promessa garantida por PS, PSD e CDS e o apelo ao voto útil a rede para caçar indecisos e abstencionistas.
Prometer o fim da austeridade, o crescimento do emprego, garantir o Estado social, e ao mesmo tempo cumprir o Tratado Orçamental não restruturando a dívida é uma equação impossível de resolver.
Como afirma o economista Octávio Teixeira, “a saída da crise e da austeridade exige políticas de ruptura, porque mesmo na mais moderada das austeridades o melhor que conseguiremos é uma austeridade perpétua”.
O PCP, pela sua história, propostas e influência social, com um programa que apresenta uma verdadeira alternativa às actuais políticas, é o espaço de todos os que entendem ser mais útil, necessário e patriótico votar numa alternativa que rompa com o círculo viciado das alternâncias desastrosas PSD, CDS, PS.
Uma vez mais o PCP vai ser determinante para a vitória de uma candidatura presidencial de esquerda, pode num cenário de umas eleições legislativas, num espaço de diversidade, ser promotor de uma poderosa aliança eleitoral, por exemplo com o Bloco, capaz de alterar o quadro parlamentar e limitar o habitual quadro de entendimento do PS com a direita.
Na noite de 4 de Outubro, conhecidos os resultados eleitorais, com a previsível subida do PCP, e tanto com a vitória tangencial do PSD/CDS como com a vitória por centímetros do PS, sem maiorias absolutas, num cenário de ingovernabilidade, ou de renascido bloco central, com a consequente desilusão de centenas de milhares de portugueses, o PCP pode começar a delinear um ousado projecto de recomposição do quadro político nacional.
Será um momento para o PCP, em conjunto com outras forças, projectar o futuro da esquerda interessada em criar alternativas ganhadoras em que os portugueses possam confiar.
Consultor de comunicação
Escreve às quintas-feiras
Artur Pereira
03/09/2015 08:00
Jornal i
Para criar uma verdadeira alternativa é preciso antes de mais resistir ao desânimo, não entregar a razão ao sectarismo e aos preconceitos, e ter coragem para manter a esperança.
Esperança, não numa convicção de fé ou inevitabilidade histórica, mas sim a que resulta da simples observação, de que sempre nos momentos de grande convulsão social, restrição de direitos e ameaças à liberdade, os povos encontraram alternativas para romper o círculo de ferro da desigualdade e da injustiça, libertando milhões da pobreza e da opressão.
A evolução das sociedades é desde sempre resultado e consequência da luta dos grupos e das classes sociais por mais justiça, dignidade e progresso.
As grandes maiorias dos sem nada, sem terra, sem direitos, sem justiça, direitos ou liberdade, em oposição às minorias detentoras do poder alcançado ou por declarada legitimidade divina, validada propaganda, ou, de forma mais prosaica, eficazes máquinas de repressão.
Nem um átomo dos direitos e liberdades que hoje consideramos banais no nosso quotidiano democrático e na nossa relação como cidadãos foi conseguido sem luta, resistência e ruptura.
Nunca isso foi conseguido sem um trabalho de persistência, de paciente mobilização, tolerância e organização de uma oposição que se deseja plural e transversal, apresentando a alternativa não como uma quimera, mas antes como algo tangível e perceptível a todos.
A ruptura, como ideia alternativa, como factor decisivo para a melhoria das condições de vida, mas também sentimento de participante e fazedor de história, e como elemento essencial da soberania nacional.
A ruptura como resposta poderosa, pensada, em oposição ao caos e à desumanidade da direita neoliberal mascarada numa democracia desfigurada por alternâncias corruptas, acompanhadas pelo fado do voto útil, mais a fraude do fim da história.
A alternativa da ruptura como valorização do humano, da sua capacidade criadora e inteligência, oportunidade de passar às novas gerações o testemunho de que outro mundo é possível.
É uma luta desigual, sempre foi assim, e no entanto isso não impediu que se fosse avançando e que, apesar de tudo, dos erros, recuos e perdas, homens e mulheres construíssem um mundo melhor.
Ao contrário do que desejavam os partidos do triunvirato que partilhou o poder nos últimos 39 anos, PS, PSD e CDS, as presidenciais e Sócrates vão acompanhar até ao último dia a campanha eleitoral das legislativas.
Rui Rio escreve cartas a dizer que andam a gozar com ele, que é alheio mas que em princípio talvez. Marcelo, dissimulado, afirma que só desembucha em Outubro. Entretanto todos os domingos nos recorda que o candidato para a coisa é ele. Sampaio da Nóvoa já não sabe mais o que fazer para provar que não há independente mais socialista que ele.
O fim da austeridade é a promessa garantida por PS, PSD e CDS e o apelo ao voto útil a rede para caçar indecisos e abstencionistas.
Prometer o fim da austeridade, o crescimento do emprego, garantir o Estado social, e ao mesmo tempo cumprir o Tratado Orçamental não restruturando a dívida é uma equação impossível de resolver.
Como afirma o economista Octávio Teixeira, “a saída da crise e da austeridade exige políticas de ruptura, porque mesmo na mais moderada das austeridades o melhor que conseguiremos é uma austeridade perpétua”.
O PCP, pela sua história, propostas e influência social, com um programa que apresenta uma verdadeira alternativa às actuais políticas, é o espaço de todos os que entendem ser mais útil, necessário e patriótico votar numa alternativa que rompa com o círculo viciado das alternâncias desastrosas PSD, CDS, PS.
Uma vez mais o PCP vai ser determinante para a vitória de uma candidatura presidencial de esquerda, pode num cenário de umas eleições legislativas, num espaço de diversidade, ser promotor de uma poderosa aliança eleitoral, por exemplo com o Bloco, capaz de alterar o quadro parlamentar e limitar o habitual quadro de entendimento do PS com a direita.
Na noite de 4 de Outubro, conhecidos os resultados eleitorais, com a previsível subida do PCP, e tanto com a vitória tangencial do PSD/CDS como com a vitória por centímetros do PS, sem maiorias absolutas, num cenário de ingovernabilidade, ou de renascido bloco central, com a consequente desilusão de centenas de milhares de portugueses, o PCP pode começar a delinear um ousado projecto de recomposição do quadro político nacional.
Será um momento para o PCP, em conjunto com outras forças, projectar o futuro da esquerda interessada em criar alternativas ganhadoras em que os portugueses possam confiar.
Consultor de comunicação
Escreve às quintas-feiras
Artur Pereira
03/09/2015 08:00
Jornal i
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