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Em plena indignidade
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Em plena indignidade
A pátria, que somos nós, merece respeito, e nem sempre a mentira repetida dá resultado.
Passos Coelho não deixa de me surpreender com a insistência no embuste e no desprezo pela verdade e pela clareza de propósito. Confrontado, no mercado municipal de Braga, por uma multidão de "lesados" do BES (roubados com descaro, diríamos apropriadamente), ofereceu-se para ser o primeiro de um hipotético abaixo-assinado que levasse os prevaricadores a tribunal. Estamos em plena indignidade ou no grau mais desprezível a que a política chegou.
Passos sabe que a oferta é falaciosa, impossível de cumprir pela sua própria insustentabilidade: o Governo, todo o Governo, seria acusado, e não haveria cadeiras no tribunal para sentar número tão elevado de indiciados. Mas Pedro Passos Coelho tem este grave defeito de carácter: a verdade dos factos é, para ele, de somenos.
Promete; depois, logo se vê. Agora, arrasta consigo, para os comícios, o pobre Paulo Portas, cada vez mais desamparado e trágico.
Um, expõe dois dedos abertos da direita, para significar "vitória", e agita-a para cima e para baixo; o outro, ergue o polegar, também da direita (claro!), que simboliza não se sabe bem o quê. Mas é preciso levantar qualquer coisa, e tudo se afigura muito declinante, inclusive as "sondagens", cuja manipulação chega a ser afrontosa.
Estas situações seriam grotescas não assumissem elas a dimensão da desgraça que nos assolou. Estes dois cavalheiros (há outros) fazem de nós os tolos da farsa com uma desfaçatez recostada na impunidade de que presumem gozar.
Estamos sitiados por mentirosos profissionais, que já não conseguem separar o universo em que vivem da realidade circundante. Dizer, como dizem os dois comparsas da Coligação, que Portugal foi por eles salvo da bancarrota é uma aldrabice já desmontada por economistas de renome, sociólogos credenciadas e políticos sérios.
Atribuir sempre as culpas ao "outro", o anterior, também já não cola. A pátria, que somos nós, merece respeito, e nem sempre a mentira repetida mil vezes dá resultado. Claro que o problema reside no sistema e na falência das coordenadas morais e éticas afectadas pela derrota da razão prática ante a avalancha do irracionalismo mais monstruoso.
Veja-se o que acontece com a repulsa e a rejeição dos refugiados por já muitos países europeus e talvez consigamos descortinar a origem de todos os males.
BAPTISTA-BASTOS
Jornalista
16.09.2015 00:30
Correio da manhã
Passos Coelho não deixa de me surpreender com a insistência no embuste e no desprezo pela verdade e pela clareza de propósito. Confrontado, no mercado municipal de Braga, por uma multidão de "lesados" do BES (roubados com descaro, diríamos apropriadamente), ofereceu-se para ser o primeiro de um hipotético abaixo-assinado que levasse os prevaricadores a tribunal. Estamos em plena indignidade ou no grau mais desprezível a que a política chegou.
Passos sabe que a oferta é falaciosa, impossível de cumprir pela sua própria insustentabilidade: o Governo, todo o Governo, seria acusado, e não haveria cadeiras no tribunal para sentar número tão elevado de indiciados. Mas Pedro Passos Coelho tem este grave defeito de carácter: a verdade dos factos é, para ele, de somenos.
Promete; depois, logo se vê. Agora, arrasta consigo, para os comícios, o pobre Paulo Portas, cada vez mais desamparado e trágico.
Um, expõe dois dedos abertos da direita, para significar "vitória", e agita-a para cima e para baixo; o outro, ergue o polegar, também da direita (claro!), que simboliza não se sabe bem o quê. Mas é preciso levantar qualquer coisa, e tudo se afigura muito declinante, inclusive as "sondagens", cuja manipulação chega a ser afrontosa.
Estas situações seriam grotescas não assumissem elas a dimensão da desgraça que nos assolou. Estes dois cavalheiros (há outros) fazem de nós os tolos da farsa com uma desfaçatez recostada na impunidade de que presumem gozar.
Estamos sitiados por mentirosos profissionais, que já não conseguem separar o universo em que vivem da realidade circundante. Dizer, como dizem os dois comparsas da Coligação, que Portugal foi por eles salvo da bancarrota é uma aldrabice já desmontada por economistas de renome, sociólogos credenciadas e políticos sérios.
Atribuir sempre as culpas ao "outro", o anterior, também já não cola. A pátria, que somos nós, merece respeito, e nem sempre a mentira repetida mil vezes dá resultado. Claro que o problema reside no sistema e na falência das coordenadas morais e éticas afectadas pela derrota da razão prática ante a avalancha do irracionalismo mais monstruoso.
Veja-se o que acontece com a repulsa e a rejeição dos refugiados por já muitos países europeus e talvez consigamos descortinar a origem de todos os males.
BAPTISTA-BASTOS
Jornalista
16.09.2015 00:30
Correio da manhã
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