Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 105 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 105 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Confiança nas ações europeias apesar da situação na China
Página 1 de 1
Confiança nas ações europeias apesar da situação na China
A recente volatilidade no mercado de ações continua a preocupar muitos investidores, pelo que este nos parece o momento certo para reafirmar a confiança nas ações europeias, quer neste ano, quer para o próximo.
Num mundo de crescente incerteza económica, acreditamos que as ações europeias são, atualmente, o que temos de mais parecido com um “porto seguro” e dizemo-lo apesar de termos bem presentes os riscos que podem perigar a afirmação, em particular três riscos: a Grécia e a consequente destabilização na Zona Euro, a subida de taxas de juro nos Estados Unidos e a possibilidade de um abrandamento mais acentuado na China.
No primeiro caso e apesar acalmia que sucedeu ao mais recente resgate, há ainda muitas questões por resolver. No entanto, parece-nos existir uma clara determinação, de ambas as partes, em chegar a um acordo.
Relativamente à alteração das taxas de juro nos EUA, nunca até aqui a Reserva Federal falou tanto e com tanta antecedência sobre uma alteração de taxas, pelo que, provavelmente, o seu efeito está já descontado. Nos últimos 25 anos, a reação inicial do mercado norte-americano de ações aos aumentos de taxas foi negativa mas inverteu-se durante os seis seguintes, à medida que os indicadores revelaram uma economia saudável e que os resultados das empresas voltaram a afirmar-se como principais “drivers”.
Quanto ao abrandamento na China, ele é inevitável, muito embora a sua intensidade seja alvo de debate crescente e tenha sido o gatilho que despoletou a recente volatilidade do mercado. Conscientes de que a expansão chinesa tem sido suportada pelo governo, alimentada pelo crédito e focada no investimento em infraestruturas, reforçamos a necessidade de uma transição para um modelo mais baseado no consumo interno, mudança que o governo precisa de conseguir levar a cabo sem com isto provocar o colapso da economia.
Impacto em algumas indústrias exportadoras
Embora a capacidade de prever a política chinesa seja muito limitada, sabe-se que cerca de 10% dos produtos exportados pela União Europeia têm a China como destino e que, deste total, quase 70% integram os setores da maquinaria, transportes e químicos. Sabe-se também que, embora as exportações para a China tenham crescido anualmente 9,8% entre 2010 e 2014, em termos absolutos os seus valores – cerca de 165 mil milhões de Euros – ficam muito aquém das transações intracomunitárias, que contabilizam perto de 2,8 biliões de Euros.
É, por isso, natural que haja indústrias específicas afetadas pelo abrandamento na China e é esta a razão pela qual, em termos de constituição de carteira, estamos a favorecer as empresas com operações centradas na economia interna, até porque as suas ações estão a conseguir um retorno mais forte do que os papéis das exportadoras e estão, em simultâneo, a ser transacionadas a um preço substancialmente mais baixo.
De resto, o impacto da situação chinesa não nos parece suficiente para alterar a muito esperada recuperação europeia que, embora a um ritmo modesto, deverá prosseguir apoiada por motores domésticos – como a expansão do crédito e as reformas estruturais, a maior confiança das empresas e o aumento do consumo – e não nos parece que ela possa ser travada pela situação na China.
Ainda assim, estamos conscientes de que a pressão deflacionária das commodities e importações irá certamente contagiar as expectativas para a inflação. Adicionalmente, as contínuas desvalorizações de moeda nos mercados emergentes reduzirão a competitividade relativa do euro. Estas questões poderão exigir alguma resposta política por parte do BCE mas parece-nos que, nos próximos 12 meses e quando comparadas com outros mercados, as ações europeias oferecem aquilo que teremos mais próximo do estatuto de ‘porto seguro’, sendo uma oportunidade para os investidores, que podem aproveitarem a fraqueza nos mercados para aumentar a sua exposição à recuperação europeia.
Mário Pires
Diretor de clientes institucionais e do mercado português da Schroders
OJE.pt
Tópicos semelhantes
» Recuperação da economia e dos lucros empresariais mantêm perspetivas para as ações europeias
» China: Só uma ação determinada pode repôr a confiança
» Aquela situação
» China: Só uma ação determinada pode repôr a confiança
» Aquela situação
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin