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Você escolheria ser feliz?
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Você escolheria ser feliz?
D“Você escolheria ser feliz?” é o título de um artigo (1) publicado este Verão onde os autores estudam se os indivíduos escolhem serem felizes quando confrontados com outras alternativas. Esta questão é importante quando cada vez maior número de países se preparam para apresentar indicadores de bem-estar ou felicidade em alternativa aos tradicionais indicadores económicos como sejam o rendimento ou produto interno bruto per capita entre outros.
No estudo várias alternativas são colocadas aos indivíduos onde o grau de felicidade varia enquanto outras dimensões normalmente relacionadas com o bem-estar também variam. Por exemplo e de modo simplificado: Qual das duas situações prefere: 1) “Ter uma doença crónica mas sentir-se feliz ou estar saudável e sentir-se insatisfeito com a sua vida” ou 2) “ter uma situação financeira desafogada e sentir-se insatisfeito ou passar algumas dificuldades em pagar as suas constas ao fim do mês mas sentir-se feliz”.
Da análise das respostas concluem que a maioria das pessoas entrevistadas (60%) prefere a felicidade, seguindo-se as que preferem a saúde e muito menos preferem o bem-estar económico. Da análise dos resultados de uma estimação econométrica concluem que os que se consideram mais felizes no momento atual são os que mais preferem as alternativas com maior felicidade, os de mais altos rendimentos escolhem menos a felicidade, assim como os mais educados, os com mais filhos e os homens.
Apesar de todas as limitações que os próprios autores reconhecem no estudo, os resultados acima parecem-me interessantes numa altura em que os Portugueses vão ser chamados a escolher entre as propostas dos diferentes partidos que se apresentam às eleições. Muitas das propostas, ou o que tem vindo a público nos meios de comunicação e nos debates, baseiam-se em indicadores económicos que, como o estudo citado mostra, não é o que interessa à maioria das pessoas/eleitores. O que interessa aos eleitores é qual a felicidade que irão ter nos próximos 4 anos e no futuro e esta não depende, por certo, somente do ritmo de devolução da sobretaxa do IRS ou de quantos milhões vai ser cortada a Segurança Social. As medidas que produzem contentamento todos prometem, até o actual governo, o qual já no passado nos prometeu o oásis não tendo oferecido senão o deserto.
A Governação que agora termina teve, a meu ver, um desrespeito completo pelos cidadãos, suas aspirações e a sua felicidade. Em alturas em que poderiam ter resolvido assuntos concretos das pessoas, como o caso da co-adoção, da pobreza das crianças e idosos, da emigração de jovens qualificados (que não querem regressar) preferiram refugiar-se nos superiores interesses da Nação, nunca se percebendo como é que o País está melhor com uma dívida maior (130% do PIB) e menos ativos depois da venda ao desbarato de grande parte do património estatal. Por isso, no dia 4 de Outubro vou votar na Felicidade e você?
(1) Adler, M. D., Dolan, P. & Kavetsos, G. (2015) Would You Choose to be Happy? Tradeoffs between Happiness and the Other Dimensions of Life in a Large Population Survey. CEP Discussion Paper No 1366.
Pedro Telhado Pereira, Professor Catedrático da Universidade da Madeira
Diário de Notícias da Madeira
Segunda, 21 de Setembro de 2015
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