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Delírios: Poios da ilha (26)
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Delírios: Poios da ilha (26)
Sempre que há campanha eleitoral, ei-los, quase em coro, ora a produzir palavreado difícil, uma mistura de plafonamentos horizontais ou verticais, com a saga ‘quem chamou a troika?’, ora a dissertar sobre pizzas e debates, ora a debitar vergonhosas queixinhas à CNE ou à ERC. Os mesmos, porque bipolares, pasme-se, ligam por essa hora aos jornalistas a pedir conselhos, a mendigar espaços, a oferecer-se para a ‘opinião’, a exigir atenção, a reclamar ‘reconhecimento’, a plagiar ideias, a repetir o ‘sound bite’ ensaiado de véspera e a prometer ‘cachas’.
Uma vez sem sucesso neste reles expediente de pressão, esta gente vira-se para o seu mundo. Perde-se em cartazes de mensagem duvidosa, em conversas fúteis de ‘amigos’ e fóruns em que vomitam ódio contra os media, a quem tudo devem e pouco respeitam. Fixa-se nas folhas de excel, como se na margem da campanha não houvesse uma realidade social eloquente, o desemprego de longa duração, o trabalho precário e a emigração forçada. Deleita-se com os roteiros repetitivos, como se não houvesse novos públicos e espaços. Entrega-se à vitimização.
Tudo criticam. Em especial, não poupam quem os mantém ligados à máquina. Com injustiça, diga-se. O ‘media training’ não faz milagres!
Falamos por nós. Mesmo sem obrigações de serviço público, o DIÁRIO ofereceu um espaço a quem quisesse ter voz sobre as Legislativas no blogue ‘Praça do Povo’. Vejam quem, dos 11 inscritos, realmente escreve. Pudera. Ter ideias e assumir consequências pela partilha pública dá trabalho e requer coragem.
Mesmo sem direito às compensações milionárias que o Estado liberta a quem faz campanha, o DIÁRIO entrevistou todos os cabeças-de-lista pela Região e promoveu cinco ‘debates temáticos’ envolvendo as 15 candidaturas. Apesar de cruel, o retrato ajudou a perceber quanto valem candidatos e seus programas.
Por ter um pacto editorial com os seus leitores e assinantes e não com nenhuma espécie de partidos, com o jornalismo e não com a propaganda, o DIÁRIO optou por retratar na sua edição em papel a campanha tal como ela é, com uma candidatura de cada vez, sem ensaios nem aviso prévio, em vez de banalidades ditadas todos os dias aos microfones, em que só muda o cenário e o porta-voz.
Esta empreitada informativa, a que importa acrescentar espaços de participação e de comentários, opiniões e cartas, visa dar a quem decide, de forma diferenciada e clara, os elementos necessários para que todos possam escolher em consciência. Os insatisfeitos acham que é pouco. E irritados com o plano de cobertura, publicado atempadamente, tentam interferir e denegrir para assim poderem 'reinar'.
As teorias da conspiração e as tentativas desesperadas de antecipar justificações para eventuais desaires ficam-lhes mal. Já deviam saber que a ingratidão é um insulto à inteligência do eleitor, de custo imprevisível e de dimensão impensável.
A mediocridade política que tarda em sair da revolução encravada e que cristalizou no tempo é mal formada. Sem surpresa. São os mesmos de outras guerras. De alguns deles, dos mais mesquinhos, nunca se ouviu uma palavra que fosse quando, na Madeira, houve quem tudo fizesse para matar o pluralismo na imprensa. De outros, dos mais insuspeitos, recentemente se viu o alcance do QI e a memória selectiva, dada a facilidade com que subvertem princípios e aceitam palcos onde outrora foram humilhados. De quase todos, sobretudo dos que julgam que o escrutínio dos poderes se resume às eleições, esperávamos maior lucidez. Mas é pedir muito. Manda o nosso código deontológico que atendamos às condições de serenidade de uns quantos protagonistas que se habituaram a delirar com 15 dias de fama!
Actualizado há 3 horas e 18 minutos
Ricardo Miguel Oliveira
Diário de Notícias da Madeira
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