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Que pena a política não ser racional!
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Que pena a política não ser racional!
O persistente e inultrapassável confronto entre os modelos social-democrata e liberal que hoje se vive na Europa.
O persistente e inultrapassável confronto entre os modelos social-democrata e liberal que hoje se vive na Europa, a frieza e intolerância com que alguns países europeus tratam a angustiante migração que ocorre na região mediterrânica, as contradições que estão por detrás da solução política grega que resultou da surpreendente vitória do Syrisa e, ainda, a agressiva e algo virulenta campanha eleitoral a que se assiste hoje em Portugal fazem-me recordar, com enorme saudade, alguns pensamentos de um dos meus mentores Toni Yudt, historiador económico social-democrata bem conhecido e autor das "Reflexões Sobre um Século Perdido," que uma esclerose lateral amiotrófica em 2010 levou deste mundo.
Dizia ele: que pena a política não ser racional!
A sua tese era a de que o capitalismo foi o sistema de criação de valor que até hoje melhor se afirmou no mundo. Mas não há um sistema único de capitalismo. Existem nele várias tonalidades, desde o mais impessoal ao mais social. E o mesmo se passa com as ideologias liberais e social-democratas, que a história consagrou como as mais aplicadas. Mas também aqui há tonalidades, desde o ultra ao outro extremo.
Finalmente também a democracia se consagrou como o modelo de sociedade onde nos sentimos melhor em alternativa a regimes autoritários. Mas à semelhança dos anteriores também há nela tonalidades, que conduzem a lideranças mais ou menos fortes.
Esta análise deixa entender que a disputa do poder, por não ser racional, pode conduzir a sistemas de criação de valor, ideologias e modelos de sociedade, que não são os que melhor se adequam às condições concretas de cada país em termos de bem-estar, ou seja, em teoria, cada país deveria ter a combinação que melhor de adequasse à sua situação específica. Um exemplo: a combinação racional para o Yemen não será obviamente a mesma do que para o Reino Unido. A irracionalidade da política pode gerar desajustamentos e, quanto mais afastada do modelo ideal for a combinação do modelo eleito, em teoria, mais difíceis serão as condições concretas de sucesso!
Tudo isto para dizer que o que se vai decidir no próximo dia 4 de Outubro é o grau de afastamento do modelo eleito em relação ao modelo ideal. Certo? Deixo obviamente à consideração do leitor este "puzzle" para a noite do 4 de Outubro!
00:05 h
Francisco Murteira Nabo
Económico
O persistente e inultrapassável confronto entre os modelos social-democrata e liberal que hoje se vive na Europa, a frieza e intolerância com que alguns países europeus tratam a angustiante migração que ocorre na região mediterrânica, as contradições que estão por detrás da solução política grega que resultou da surpreendente vitória do Syrisa e, ainda, a agressiva e algo virulenta campanha eleitoral a que se assiste hoje em Portugal fazem-me recordar, com enorme saudade, alguns pensamentos de um dos meus mentores Toni Yudt, historiador económico social-democrata bem conhecido e autor das "Reflexões Sobre um Século Perdido," que uma esclerose lateral amiotrófica em 2010 levou deste mundo.
Dizia ele: que pena a política não ser racional!
A sua tese era a de que o capitalismo foi o sistema de criação de valor que até hoje melhor se afirmou no mundo. Mas não há um sistema único de capitalismo. Existem nele várias tonalidades, desde o mais impessoal ao mais social. E o mesmo se passa com as ideologias liberais e social-democratas, que a história consagrou como as mais aplicadas. Mas também aqui há tonalidades, desde o ultra ao outro extremo.
Finalmente também a democracia se consagrou como o modelo de sociedade onde nos sentimos melhor em alternativa a regimes autoritários. Mas à semelhança dos anteriores também há nela tonalidades, que conduzem a lideranças mais ou menos fortes.
Esta análise deixa entender que a disputa do poder, por não ser racional, pode conduzir a sistemas de criação de valor, ideologias e modelos de sociedade, que não são os que melhor se adequam às condições concretas de cada país em termos de bem-estar, ou seja, em teoria, cada país deveria ter a combinação que melhor de adequasse à sua situação específica. Um exemplo: a combinação racional para o Yemen não será obviamente a mesma do que para o Reino Unido. A irracionalidade da política pode gerar desajustamentos e, quanto mais afastada do modelo ideal for a combinação do modelo eleito, em teoria, mais difíceis serão as condições concretas de sucesso!
Tudo isto para dizer que o que se vai decidir no próximo dia 4 de Outubro é o grau de afastamento do modelo eleito em relação ao modelo ideal. Certo? Deixo obviamente à consideração do leitor este "puzzle" para a noite do 4 de Outubro!
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