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Défice, rating, sobretaxa e sondagens: quando os números irrompem na campanha
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Défice, rating, sobretaxa e sondagens: quando os números irrompem na campanha
Hoje é dia para andar de bloco na mão, tantas são as novidades para anotar. É bom que o bloco seja quadriculado porque estamos a falar de números.
Vamos por ordem. Primeiro há os números da execução orçamental, normalmente uma enorme maçadoria para a maior parte dos portugueses. Em campanha eleitoral as coisas são diferentes, porque qualquer bom número levará Passos Coelho e Paulo Portas a repeti-lo à exaustão frente a um palanque. E depois toda a oposição a responder num pingue-pongue que se prolonga fim de semana fora.
Desta vez não é só a campanha que fica alterada com novos números orçamentais. É que a devolução da sobretaxa do IRS em 2016 decorre diretamente dos resultados da receita fiscal que hoje vão ser anunciados. E se as coisas estiverem a correr bem no IRS e no IVA, ainda hoje o governo vai poder anunciar que a percentagem da sobretaxa a devolver vai subir mais um pouco. Mais uma discussão que se prolonga fim de semana fora.
Terceiro número: a nossa velha conhecida Fitch revê hoje o rating da República. Nem vale a pena dizer o que se passa depois desse anúncio se confirmar. Os dois parágrafos anteriores aplicam-se igualmente a este.
Chegamos, então, ao quarto tipo de números, agora sob a forma de sondagens: ao meio-dia o Expresso e a SIC Notícias libertam a sua sondagem semanal, com 1500 entrevistas validadas. Mais pela hora do jantar e noite fora, chegam as sondagens diárias da TVI/Publico/TSF, da RTP e também do Correio da Manhã (veja os dados nos links).
Embora os números e os métodos variem bastante, as coisas estão a correr mal ao PS e a coligação PSD-CDS começa a ganhar alguma distância e, sobretudo, a saltar a barreira psicológica do empate técnico. Sobre as sondagens e o que elas nos dizem já escrevi este texto ontem no Expresso Diário (Duas ou três coisas sobre sondagens).
Farto de números? Vamos ao Direito, uma ciência tão inexata como a Economia e as sondagens. Ontem foi um dia em cheio para José Sócrates e as ondas de choque ainda vão no princípio. A defesa do ex-primeiro ministro não conseguiu tudo o que queria, nomeadamente sobre os prazos do processo, que segundo os dois juízes da Relação de Lisboa estão a ser cumpridos.
Mas o acórdão dos juízes Rui Rangel e Francisco Caramelo é muito duro para Carlos Alexandre e Rosário Teixeira. O Diário de Notícias tem o trabalho mais extenso e detalhado sobre o acórdão e cita passagens que vão dar muito que falar.
Esta, por exemplo: “"toda esta autoestrada do segredo, sem regras, passou sem qualquer censura pelo juiz de instrução, desprotegendo de forma grave os interesses e garantias da defesa do arguido, que volvido tanto tempo de investigação, continua a não ser confrontado, como devia, com os factos e as provas que existem contra si”.
Outra: “(que a defesa) não seja vítima dos truques e de uma estratégia dos investigadores”.
Uma última citação: “Ser dono do inquérito não significa que se pode tudo, mesmo fazendo coisas sem qualquer fundamento legal”.
A defesa já anunciou que vai hoje pedir a libertação imediata de José Sócrates e o Ministério Público tem agora dez dias para recorrer. Só depois dessa data é que a defesa pode ter acesso ao processo.
POR RICARDO COSTA
25 de Setembro de 2015
Expresso
Vamos por ordem. Primeiro há os números da execução orçamental, normalmente uma enorme maçadoria para a maior parte dos portugueses. Em campanha eleitoral as coisas são diferentes, porque qualquer bom número levará Passos Coelho e Paulo Portas a repeti-lo à exaustão frente a um palanque. E depois toda a oposição a responder num pingue-pongue que se prolonga fim de semana fora.
Desta vez não é só a campanha que fica alterada com novos números orçamentais. É que a devolução da sobretaxa do IRS em 2016 decorre diretamente dos resultados da receita fiscal que hoje vão ser anunciados. E se as coisas estiverem a correr bem no IRS e no IVA, ainda hoje o governo vai poder anunciar que a percentagem da sobretaxa a devolver vai subir mais um pouco. Mais uma discussão que se prolonga fim de semana fora.
Terceiro número: a nossa velha conhecida Fitch revê hoje o rating da República. Nem vale a pena dizer o que se passa depois desse anúncio se confirmar. Os dois parágrafos anteriores aplicam-se igualmente a este.
Chegamos, então, ao quarto tipo de números, agora sob a forma de sondagens: ao meio-dia o Expresso e a SIC Notícias libertam a sua sondagem semanal, com 1500 entrevistas validadas. Mais pela hora do jantar e noite fora, chegam as sondagens diárias da TVI/Publico/TSF, da RTP e também do Correio da Manhã (veja os dados nos links).
Embora os números e os métodos variem bastante, as coisas estão a correr mal ao PS e a coligação PSD-CDS começa a ganhar alguma distância e, sobretudo, a saltar a barreira psicológica do empate técnico. Sobre as sondagens e o que elas nos dizem já escrevi este texto ontem no Expresso Diário (Duas ou três coisas sobre sondagens).
Farto de números? Vamos ao Direito, uma ciência tão inexata como a Economia e as sondagens. Ontem foi um dia em cheio para José Sócrates e as ondas de choque ainda vão no princípio. A defesa do ex-primeiro ministro não conseguiu tudo o que queria, nomeadamente sobre os prazos do processo, que segundo os dois juízes da Relação de Lisboa estão a ser cumpridos.
Mas o acórdão dos juízes Rui Rangel e Francisco Caramelo é muito duro para Carlos Alexandre e Rosário Teixeira. O Diário de Notícias tem o trabalho mais extenso e detalhado sobre o acórdão e cita passagens que vão dar muito que falar.
Esta, por exemplo: “"toda esta autoestrada do segredo, sem regras, passou sem qualquer censura pelo juiz de instrução, desprotegendo de forma grave os interesses e garantias da defesa do arguido, que volvido tanto tempo de investigação, continua a não ser confrontado, como devia, com os factos e as provas que existem contra si”.
Outra: “(que a defesa) não seja vítima dos truques e de uma estratégia dos investigadores”.
Uma última citação: “Ser dono do inquérito não significa que se pode tudo, mesmo fazendo coisas sem qualquer fundamento legal”.
A defesa já anunciou que vai hoje pedir a libertação imediata de José Sócrates e o Ministério Público tem agora dez dias para recorrer. Só depois dessa data é que a defesa pode ter acesso ao processo.
POR RICARDO COSTA
25 de Setembro de 2015
Expresso
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