Portalegre: O distrito que menos elege e que menos promete

Com apenas dois deputados desde 2004, Portalegre é o distrito com menor representatividade na Assembleia da República, o que faz com que as promessas sejam proporcionais ao número de deputados.

Com excepção da segunda legislatura de José Sócrates, na qual o PS elegeu Ceia da Silva e Miranda Calha, o distrito tem dividido os seus dois eleitos pelos maiores partidos do espectro político nacional.

Nas legislativas de 2011 o Portalegre elegeu pela segunda vez o social-democrata Cristóvão Crespo e o socialista Pedro Marques, ex-secretário de Estado da Segurança Social. Com a sua renúncia, em Outubro de 2014, Pedro Marques foi substituído pela segunda suplente da lista, Sandra Cardoso.

A consciência da falta de peso político da região tem-se traduzido em campanhas eleitorais cautelosas de parte a parte. Necessidades não faltam, mas nada de promessas, principalmente no que respeita a infraestruturas.

Há no entanto duas reivindicações que perduram: a Barragem do Pisão, no Crato, e a Plataforma Logística do Caia, em Elvas. Esta última, que tem como objectivo estabelecer uma ligação ferroviária para o tráfego de mercadorias entre o Porto de Sines e Espanha, é defendida por ambos os deputados e pode ser a única a ver a luz do dia.

Cristóvão Crespo garante que tem sensibilizado a secretaria de Estado sobre a importância do projecto e Sandra Cardoso chegou mesmo a questionar o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional.

Em resposta, Poiares Maduro assumiu que a Plataforma Logística "tem elegibilidade na regulamentação do PO Regional Alentejo 2020" e que "a possibilidade da sua concretização irá ser considerada no mapeamento das infraestruturas de acolhimento empresarial e logístico a ser proposto à Comissão Europeia".

 às 18:38
Jornal de Notícias