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Um mundo sem trabalho
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Um mundo sem trabalho
A perspetiva de um “mundo sem trabalho” ou de um mundo em que os postos de trabalho têm tendência a tornar-se cada vez mais escassos volta à discussão.
Existe consenso, entre a maioria dos economistas portugueses, sobre algumas necessidades fundamentais da nossa economia: é necessário conseguir ter saldos primários positivos nas contas públicas; é necessário criar emprego; e é necessário diminuir a dívida (das famílias, das empresas e do Estado). Existe um menor consenso sobre quais as vias para se atingir tal situação e ter um país mais próspero. Não me parece que qualquer solução credível possa excluir a necessidade de melhorar a produtividade.
Recentemente o World Competitiveness Center do IMD propôs uma atualização da sua definição de competitividade como a “capacidade de um país para criar um ambiente onde as empresas passam a gerar valor sustentável”. A criação de um ambiente adequado é fundamental: o contexto legal, as infraestruturas e a qualidade das instituições. Mas a atuação das empresas é decisiva: criação de valor a longo prazo. O que ressalta deste entendimento renovado da competitividade é a maneira como o IMD se propõe a avaliar a criação de valor pelas empresas, através de dois elementos: a rendibilidade a longo prazo e os níveis de criação de emprego que se conseguem no mesmo horizonte temporal.
Assim, a criação de valor sustentável pelas empresas depende da sua capacidade para “se manterem lucrativas ao longo do tempo, minimizando o impacto ambiental das atividades e proporcionando um contexto organizacional onde os seus empregados prosperam”.
É um entendimento onde se procura ter em atenção as pretensões dos vários ‘stakeholders’ na atividade das empresas. Mas é de salientar a enfâse que é dada à criação de emprego, pois este aspeto tem estado muitas vezes arredado nas discussões sobre a dinamização da produtividade e da competitividade.
O impacto da automação e do avanço tecnológico sobre a criação e destruição de emprego é um tema antigo e onde têm proliferado perspetivas otimistas e pessimistas.
Atualmente o tema volta a estar na ribalta. De acordo com algumas opiniões, nos EUA, o desenvolvimento tecnológico tenderá a exercer uma pressão lenta mas continuada sobre o valor e a disponibilidade de emprego; e parece eminente a existência de uma situação em que o número total de postos de trabalho declina permanentemente (D. Thompson).
A perspetiva de um “mundo sem trabalho” ou de um mundo em que os postos de trabalho têm tendência a tornar-se cada vez mais escassos volta à discussão. Por isto, também, a produtividade e a competitividade na economia portuguesa são tão importantes.
00:05 h
Vítor Conceição Gonçalves
Económico
Existe consenso, entre a maioria dos economistas portugueses, sobre algumas necessidades fundamentais da nossa economia: é necessário conseguir ter saldos primários positivos nas contas públicas; é necessário criar emprego; e é necessário diminuir a dívida (das famílias, das empresas e do Estado). Existe um menor consenso sobre quais as vias para se atingir tal situação e ter um país mais próspero. Não me parece que qualquer solução credível possa excluir a necessidade de melhorar a produtividade.
Recentemente o World Competitiveness Center do IMD propôs uma atualização da sua definição de competitividade como a “capacidade de um país para criar um ambiente onde as empresas passam a gerar valor sustentável”. A criação de um ambiente adequado é fundamental: o contexto legal, as infraestruturas e a qualidade das instituições. Mas a atuação das empresas é decisiva: criação de valor a longo prazo. O que ressalta deste entendimento renovado da competitividade é a maneira como o IMD se propõe a avaliar a criação de valor pelas empresas, através de dois elementos: a rendibilidade a longo prazo e os níveis de criação de emprego que se conseguem no mesmo horizonte temporal.
Assim, a criação de valor sustentável pelas empresas depende da sua capacidade para “se manterem lucrativas ao longo do tempo, minimizando o impacto ambiental das atividades e proporcionando um contexto organizacional onde os seus empregados prosperam”.
É um entendimento onde se procura ter em atenção as pretensões dos vários ‘stakeholders’ na atividade das empresas. Mas é de salientar a enfâse que é dada à criação de emprego, pois este aspeto tem estado muitas vezes arredado nas discussões sobre a dinamização da produtividade e da competitividade.
O impacto da automação e do avanço tecnológico sobre a criação e destruição de emprego é um tema antigo e onde têm proliferado perspetivas otimistas e pessimistas.
Atualmente o tema volta a estar na ribalta. De acordo com algumas opiniões, nos EUA, o desenvolvimento tecnológico tenderá a exercer uma pressão lenta mas continuada sobre o valor e a disponibilidade de emprego; e parece eminente a existência de uma situação em que o número total de postos de trabalho declina permanentemente (D. Thompson).
A perspetiva de um “mundo sem trabalho” ou de um mundo em que os postos de trabalho têm tendência a tornar-se cada vez mais escassos volta à discussão. Por isto, também, a produtividade e a competitividade na economia portuguesa são tão importantes.
00:05 h
Vítor Conceição Gonçalves
Económico
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