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A excepção francesa?

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A excepção francesa? Empty A excepção francesa?

Mensagem por Admin Seg Nov 09, 2015 11:45 am

Mais do que nunca, a economia francesa está no centro do debate mundial sobre a dimensão e o controlo do Estado numa democracia capitalista. Para os de esquerda, os generosos benefícios e a força dos sindicatos permitem um Estado social mais inclusivo. Para os de direita, um governo intrusivo de grandes dimensões é apenas o modelo de um declínio secular. Por agora, a direita parece estar certa.

Outrora quase igual à Alemanha, em termos económicos, a França caiu, na última década, para uma posição bem inferior. O PIB per capita francês está, hoje, cerca de 10% abaixo do alemão. A França pode aumentar o seu peso político mas o seu peso económico é inferior.

Sempre que alguém propõe tornar a Zona Euro numa união de transferências, como sugeriu recentemente o ministro da Economia da França, Emmanuel Macron, a suposição é que a Alemanha vai carregar todos os outros aos ombros. Mas porque deverá apenas a Alemanha ter essa responsabilidade? A economia francesa é quase três quartos do tamanho da economia germânica. Persuadir os alemães que os franceses estão disponíveis para pagar a sua quota-parte pode criar espaço para muitos compromissos necessários que até agora pareceram impossíveis.

Por agora, poucas pessoas estão confiantes em relação ao futuro económico da França. A boa notícia é que a França não é tão francesa como pretende. Sim, há as 35 horas semanais de trabalho, mas as empresas podem negociar o limite ao oferecerem-se para pagar horas extra. A semana efectiva de trabalho para a maioria dos funcionários é talvez próxima das 39 horas.

Sim, a França procurou, recentemente, limitar a actividade da Uber, cujo modelo de negócio é considerado como um dos avanços mais transformadores e importantes da década. Mas, enquanto isto é triunfo para os sindicatos de táxis e uma tragédia para os passageiros da Uber, a França começou também a focar-se em fomentar pequenas empresas tecnológicas mas com elevado potencial.

O Governo francês já não está a fazer todas as suas apostas em projectos grandes e liderados pelo Estado, como fez na década de 1970 quando investiu fortemente em comboios de alta velocidade e na Airbus. O presidente François Hollande deu uma ampla margem a Macron para implementar as reformas estruturais desesperadamente necessárias para o mercado de trabalho e de produto. Claro que continua por saber qual a dimensão do apoio político destas medidas.

Os economistas adoram o governo francês por este ter gastos surpreendentes de 57% do PIB, comparando com os 44% do PIB gastos pelo Executivo alemão. Temos de se reconhecer que o Governo francês dá valor a algumas áreas importantes. O serviço de saúde francês recebe avaliações muito melhores do que o serviço de saúde do Reino Unido. Os cidadãos franceses podem pagar muitos impostos e serem alvo de um elevado grau de regulação mas, pelo menos, recebem algo em troca.

Ainda assim, a dimensão do Governo francês, dificilmente, é uma fonte de dinamismo puro. E, de facto, pode suspeitar-se que os indicadores relativos ao PIB e à produtividade são melhores devido ao facto de faltarem preços de mercado e de as estatísticas assumirem cegamente que os cidadãos obtêm um dólar por cada dólar gasto pelo Governo, o que pode ser exagerado.

É preocupante não estar claro como poderia ampliar-se a cultura francesa de inclusão para os imigrantes. As mesmas leis restritas para os despedimentos e elevados níveis de salários mínimos têm a intenção de proteger os trabalhadores franceses nativos da globalização e faz com que seja muito mais difícil para os recém-chegados conseguirem um emprego.
Ainda assim, virtualmente todos os estudos sobre as desigualdades mundiais sugerem que os ganhos obtidos através de uma maior mobilidade laboral superam os ganhos obtidos com a redistribuição dos rendimentos entre os nativos. Por outro lado, quanto mais liberais forem as leis do trabalho nos Estados Unidos e no Reino Unido mais oportunidades são dadas aos estrangeiros.
O centro de Paris e outras cidades francesas podem ser grandes mas os imigrantes do Norte de África e de outros locais vivem em guetos nos arredores. Apesar da taxa precisa de desemprego em particular em grupos étnicos não ser conhecida (a lei francesa proíbe reunir dados através de classificação étnica), as provas empíricas sugerem níveis muito mais elevados de desemprego de imigrantes e dos seus descendentes.

É verdade que o Governo dá benefícios ao nível da segurança social generosos mas esta medida, por si só, não produz inclusão. O forte apoio popular ao Partido da Frente Nacional, de Marine Le Pen, e que é anti-imigração, em conjunto com a intransigência da França em receber migrantes que escaparam à guerra na Síria, mostra os problemas com a aplicação o modelo francês em várias sociedades.

Outro obstáculo em aplicar o modelo francês em outros locais é que a França tem certas vantagens únicas que são fundamentais para o seu sucesso. Os gestores franceses de elite são considerados como alguns dos melhores do mundo e são frequentemente seleccionados como líderes de grandes empresas internacionais. A corrupção é certamente um problema mas significativamente menor do que na maior parte do sul da Zona Euro (o Estado italiano é, igualmente, grande e intrusivo mas não produz os serviços públicos de elevada qualidade que o governo francês produz). E por último a França tem um dos mais favoráveis ambientes naturais com um solo fértil e um clima temperado excepcional.

Uma economia francesa saudável iria fazer maravilhas no sentido de ajudar a Zona Euro a sair da sua doença. Poderia também dar um exemplo a outros países sobre como o capitalismo inclusivo pode funcionar. Mas isso parte do princípio que o governo francês consegue aplicar as reformas estruturais que a economia tão desesperadamente necessita.
 
Kenneth Rogoff, antigo economista-chefe do FMI, é professor de Políticas Económicas e Públicas na Universidade de Harvard.
 
Direitos de autor: Project Syndicate, 2015.
www.project-syndicate.org
Tradução: Ana Laranjeiro

08 Novembro 2015, 20:00 por Kenneth Rogoff | © Project Syndicate, 2008. www.project-syndicate.org
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