Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 451 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 451 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Empresas do futuro
Página 1 de 1
Empresas do futuro
As startups repõem a ligação entre propriedade e gestão, que as sociedades anónimas cortaram
Getty Images
No século XIX, e ainda hoje em numerosas pequenas empresas, a gestão cabia e cabe ao dono, ao proprietário do negócio. Mas entretanto ganharam relevo as sociedades anónimas, de responsabilidade limitada. Aí, em caso de falência, o investidor não perde mais do que as ações que comprou, em vez de perder muitos dos seus bens pessoais.
Na maioria das sociedades anónimas o poder de gerir passou para gestores profissionais. Os donos, os acionistas, passaram a ter uma ligação algo longínqua com a gestão da empresa. Foi o que mostrou um célebre livro de 1932, de dois economistas americanos, Adolf Berle e Gardiner Means, The Modern Corporation and Private Property.
Em 1967 J. K. Galbraith escreveu The New Industrial State, defendendo que quem mandava realmente nas grandes empresas americanas era a ‘tecnoestrutura’ de cada uma delas. Esse neologismo designava o conjunto de administradores e quadros que decidiam o essencial nas empresas, marginalizando os accionistas. Aliás, os accionistas individuais detém agora cerca de 30% das acções das empresas nos EUA, contra 90% em 1950. Inversamente, os fundos e outras instituições possuem cerca de 70% do capital acionista, contra 10% em 1950. Mais um intermediário entre o investidor e a gestão.
O confronto entre acionistas e gestores é antigo. Mas nas últimas décadas, sobretudo nos EUA, ele tornou-se evidente com a difícil luta de alguns accionistas contra as altíssimas remunerações de muitos gestores.
O semanário britânico The Economist dedicou recentemente o seu tema de capa à ‘reinvenção da empresa’. Por um lado, nota o Economist que a sociedade anónima está a perder importância nos EUA. O número de empresas cotadas nas bolsas americanas é hoje metade do que era em 1996. E aumentou a impressão de que muitos gestores tendem a colocar em primeiro lugar os seus interesses pessoais e não os interesses da empresa.
Por exemplo, a prática de gratificar os gestores com a possibilidade de comprarem baratas as acções da empresa que administram leva-os a influenciar as respectivas cotações de modo para eles favorável. E promove uma gestão focada no curto prazo.
Ora a revista britânica vê nas chamadas startups (pequenas empresas, geralmente da área tecnológica, lançadas por jovens que descobriram algo novo) um possível caminho alternativo às tradicionais sociedades anónimas. Pelo menos no início da sua atividade, essas startups não formam sociedades anónimas nem se envolvem na bolsa. Nelas os proprietários fundadores, os investidores e, frequentemente, os próprios empregados mantém uma ligação direta com a gestão.
Tudo isso fica pormenorizadamente previsto num contrato - o que dá aos advogados um importante papel na criação destas empresas. Por outro lado, as novas tecnologias permitem a muitas delas manterem um pessoal reduzido e tornarem-se empresas globais.
Claro que as sociedades anónimas não irão desaparecer. Elas são importantes, sobretudo em setores que precisam de muito capital, como as petrolíferas. E é certo que as startups ainda são uma pequena minoria nos EUA - mas o seu número está a crescer. É uma tendência que deve ser seguida com atenção entre nós, pois em Portugal também temos startups de sucesso.
P.S. Persistem as dúvidas sobre a capacidade de um Governo do PS com o apoio (?) do PCP e do BE conciliar o ‘fim da austeridade’ com as regras do euro. Só seremos esclarecidos pondo à prova esse Executivo, governando.
Francisco Sarsfield Cabral | 17/11/2015 11:51
SOL
Tópicos semelhantes
» Empresas Futuro
» Empresas com 600 mil euros para potenciar exportações no Douro e Trás os Montes "Como a viciação entre as empresas e a politica regional/nacional"
» Estado paga mais tarde às empresas (é o decapitação da economia nacional nas maiorias empresas)
» Empresas com 600 mil euros para potenciar exportações no Douro e Trás os Montes "Como a viciação entre as empresas e a politica regional/nacional"
» Estado paga mais tarde às empresas (é o decapitação da economia nacional nas maiorias empresas)
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin