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Turismo. Tábua de salvação para o crescimento do concelho de Odemira
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Turismo. Tábua de salvação para o crescimento do concelho de Odemira
Rota Vicentina é cada vez mais procurada tanto por turistas nacionais como estrangeiros
Rodrigo Cabrita
As dormidas no Alentejo aumentaram quase 12% em Setembro face ao período homólogo.
Até ao início de Dezembro, a Câmara de Odemira está a fazer uma ronda a vários alojamentos e unidades de restauração do concelho. A ideia, segundo a autarquia, é simples: conhecer melhor a oferta turística, aferir a opinião dos empresários sobre o mercado turístico da região e perspectivar as oportunidades e constrangimentos do sector.
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Isto porque o turismo, a par da agricultura, é considerado um sector determinante para a região, já que o próprio concelho tem vindo a registar um aumento da procura enquanto destino turístico, tanto pelo mercado interno como externo.
De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as dormidas no Alentejo aumentaram 11,8% em Setembro em relação a igual período homólogo. Também a estada média subiu 1,6% no mesmo mês, apresentando um dos maiores crescimentos do país. Já o rendimento médio por quarto seguiu a mesma tendência e subiu dos 27,8 euros em Setembro de 2014 para os 32,3 euros em Setembro deste ano.
A autarquia promete manter a estratégia baseada no turismo de natureza, de lazer e recreio, com especial atenção à Rota Vicentina, que, no seu entender, tem contribuído “muito para a internacionalização” da região. E o parque natural é visto pela autarquia “como uma mais-valia, apesar das condicionantes”, admitindo ainda que essas restrições “não podem ser vistas como um drama, mas como algo que diferencia” a região.
Investimento Odemira surge em 91.o lugar (num total de 308 municípios) no ranking nacional do City Brand Ranking publicado pela Bloom Consulting Portugal, uma espécie de barómetro de reconhecimento de marcas municipais. O concelho ocupa ainda o nono lugar da região Alentejo (num total de 58 municípios) e o 4.o lugar do Alentejo Litoral (num total de cinco municípios).
A consultora analisa três critérios para desenvolver este estudo, que passam pelo reconhecimento da marca municipal para realizar negócios, visitar e viver. Em matéria de negócios, Odemira encontra-se em 12.o lugar na região Alentejo, ocupando a penúltima posição dos municípios do Alentejo Litoral. No que diz respeito a “visitar”, a situação melhora, ocupando o 6.o lugar. Relativamente ao reconhecimento da marca Odemira no critério “viver” a situação piora. Ocupa, mais uma vez, o penúltimo lugar do Alentejo Litoral.
De acordo com o mesmo estudo, as palavras online mais procuradas nestes concelhos foram “alojamento”, em Sines, Grândola e Alcácer, “saúde” e “segurança” em Santiago do Cacém e “praia” no concelho de Odemira.
População e desemprego caem Por outro lado, os últimos dados disponibilizados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelam que a taxa neste concelho se fixou nos 10,4%, o valor mais baixo dos últimos cinco anos. Na distribuição do número de desempregados por nível de escolaridade, verifica-se que a maioria apresenta o nível secundário de escolaridade, sendo igualmente elevado o número de desempregados com os 1.o, 2.o e 3.o ciclos. A percentagem é baixa para o ensino superior; pouco mais de 8% do total da população concelhia desempregada.
Já de acordo com os últimos dados disponíveis no PORDATA, a população residente no concelho de Odemira tem vindo a cair nos últimos cinco anos, apesar de estar a verificar-se um aumento da população estrangeira a trabalhar sazonalmente na agricultura. Entre 2010 e 2014, Odemira perdeu cerca de 693 habitantes residentes, tendo a maior perda sido registada entre 2013 e 2014, correspondendo esse período a uma perda de 273 pessoas.
Em termos absolutos, apenas Alcácer registou uma perda de população residente superior a Odemira, perdendo 703 pessoas. Já em termos relativos, as maiores perdas ocorreram nos concelhos de Alcácer do Sal e Sines, com 5,4% e 3,1%, respectivamente, tendo Odemira perdido no período de cinco anos 2,7 % da sua população residente.
SÓNIA PERES PINTO
17/11/2015 11:40
Jornal i
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