Taxas de juro negativas, as declarações políticas de Urlich

Portugal endividou-se hoje, a curto prazo (6 e 12 meses) com algo que há uns anos atrás os manuais de economia consideravam impossível: taxas de juro negativas, isto é, pedimos dinheiro emprestado e, no final do empréstimo, recebemos mais dinheiro do que aquele que pedimos emprestado.

Como é fácil de perceber, esta situação não é normal, e só é explicada pela necessidade de segurança que os prestamistas têm: emprestam, mesmo perdendo dinheiro, porque consideram que a República Portuguesa é um devedor seguro e credível.

Para registo, foram feitos dois empréstimos: um a seis meses, de 400 milhões de euros, com uma taxa média de -0,018%, e outro, a 12 meses, de 1.100 milhões de euros, com juros médios de -0,006%.

Declarações de Fernando Ulrich

Os CEO’s dos principais bancos portugueses estão hoje a ser ouvidos, à vez, pelo Presidente da República. Dos principais banqueiros, sempre apreciei mais Fernando Ulrich, por falar “sem papas na língua”.

Urlich declarou hoje que “Se porventura o Dr. António Costa for indigitado para ser o próximo primeiro-ministro, eu, pessoalmente, confio no Dr. António Costa e no PS que terão o sentido de responsabilidade necessário para manter o país no caminho do rigor”.

Note-se que Ulrich é militante do PSD, partido onde votou. Mas acha, responsavelmente, que um governo PS não será a desgraça do país.

 Eduardo Ferreira | 18/11/2015 17:24
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