Terrorismo. “Falhas grandes” na segurança da Portela

Holandês que saltou vedação do aeroporto está a ser julgado em Lisboa por suspeitas de terrorismo.

As falhas na segurança do aeroporto da Portela permitiram ao angolano de origem holandesa saltar a vedação e tentar sabotar um avião da TAAG. Foi isso que um dos responsáveis acabou por admitir ontem na audiência na Instância Criminal de Lisboa.

As lacunas de segurança no aeroporto de Lisboa dominaram a inquirição de testemunhas do julgamento de Gima Calunga, detido em Julho de 2014 no aeroporto de Lisboa por adesão e apoio a organizações terroristas.

A existência de falhas de segurança foi uma das pedras-de-toque das perguntas dos advogados de defesa do arguido, Bruno Gomes, e da TAAG, Paulo Blanco Amaral, que pretendiam ver esclarecida a possibilidade de um intruso entrar no aeroporto através da vedação paralela à Segunda Circular, e de se manter dentro das instalações junto ao radar velho sem ter sido detectado.

Gima Calunga saltou a vedação da zona da área reservada do aeroporto, a 2 de Julho do ano passado, e, na noite seguinte, saiu do edifício onde se tinha escondido, dirigindo-se à zona de embarque, onde se encontrava um avião com centenas de passageiros em manobras para preparar a descolagem do voo, com destino a Angola. O suspeito tinha na sua posse uma faca, com 21 centímetros de gume, com a qual pretenderia sabotar o avião. 

JORNAL I
27/11/2015 13:06