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Ministro da Economia... antes de ser ministro gera “apreensão” em reunião de ferroviários
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Ministro da Economia... antes de ser ministro gera “apreensão” em reunião de ferroviários
Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia do XXI Governo
TIAGO MIRANDA
O novo ministro da Economia não tutela o sector dos transportes. Mas as ideias de Manuel Caldeira Cabral para o sector estão a gerar uma nuvem de “apreensão” que paira na reunião da União Internacional dos Caminhos de Ferro. Tudo por causa de um artigo de opinião ... publicado em 2011
O sector ferroviário reunido este fim-de-semana em Paris, na iniciativa ambientalista promovida pela União Internacional dos Caminhos de Ferro (UIC) – “Train to Paris” – que antecede a Cimeira do Clima agendada para a próxima semana na capital francesa, manifestou “apreensão” sobre o entendimento que o novo ministro da economia português, Caldeira Cabral, tem para as soluções relacionadas com a sustentabilidade dos transportes públicos.
Apesar de não ter a tutela das infraestruturas de transporte, nem das empresas de transportes públicos coletivos, Caldeira Cabral por várias vezes defendeu soluções consideradas polémicas no sector, quer para o lado da gestão das empresas, quer para as estruturas sindicais do sector, explicam fontes da UIC, em Paris.
E referem mesmo que as ideias do ministro da Economia foram explicitamente detalhadas num artigo de opinião que marcou “bastante o sector em 2011, que foi uma época particularmente sensível para as empresas de transportes públicos”, comenta um assessor de uma grande empresa pública.
Em causa está um texto de opinião que Caldeira Cabral publicou a 4 de agosto de 2011 no Jornal de Negócios, onde admitiu que “o aumento do preço dos transportes públicos é parte da solução”, defendendo que “falta fechar serviços que não fazem sentido, em particular nos comboios regionais, reduzir custos e melhorar a gestão da rede de transporte”.
Artigo de opinião do ministro da Economia gera polémica
O ministro da Economia defendeu no seu artigo de opinião escrito em 2011 “as empresas de transportes têm custos extremamente elevados, muitos dos quais difíceis de justificar. Isto acontece porque se mantêm serviços que há muito deixaram de fazer sentido e também por terem excesso de pessoal, regalias e salários muito elevados, e terem, em alguns casos, optado por soluções muito caras”.
Caldeira Cabral referia então que “em Portugal, os serviços ferroviários regionais transportam menos de 10% dos passageiros, mas são responsáveis por 80% dos prejuízos da CP e da REFER”. Assim, o atual ministro da Economia considerava que “em áreas em que a densidade populacional é baixa, o transporte por autocarro é, em geral, mais eficiente, económico e em muitos casos até mais ecológico (se se tiver em conta todo o impacto de manutenção da via)”.
Por isso considerava que “nesses casos, não faz sentido manter linhas só porque estas aí foram construídas no século XIX, nem em termos económicos, nem no que toca à justiça social. Os prejuízos de linhas com baixa utilização significam que os respetivos passageiros recebem um subsídio anual, que em alguns casos ultrapassa a dezena de milhar de euros, pago pelo mesmo Estado que paga pensões infelizmente tão baixas, ou que neste momento tem de cortar serviços muito menos caros e mais justificados”.
Ao nível dos quadros de trabalhadores destas empresas, Caldeira Cabral defendia que “para além de fechar o que tem de ser fechado, há também que reduzir custos mesmo nos serviços que devem ser mantidos. As empresas de transporte têm um evidente excesso de pessoal e regalias de muitos dos seus funcionários completamente injustificadas”.
O então académico da Universidade do Minho, escrevia no seu artigo de opinião sobre regalias que “ultrapassam muito os quadros superiores das empresas. É estranho, mas um maquinista pode chegar a receber mais de 5 mil euros por mês, entre salário, horas extra-ordinárias e outras formas de remuneração”. E também defendeu uma rentabilização dos ativos das empresas de transportes. “Aproveitar melhor o espaço dos terminais e atribuir novas concessões, pode até trazer novas receitas, ao mesmo tempo que dá mais alternativas aos utentes. O mesmo pode ser dito da envolvente dos terminais de transporte onde algumas empresas de transporte têm espaços imobiliários muito centrais totalmente desaproveitados, perdendo com isso receitas potenciais e contribuindo para a degradação urbana”.
A UIC tem sede em Paris, ao lado da torre Eiffel,sendo atualmente um dos organismos internacionais mais influentes no sector ferroviário mundial, pois conta com a participação de 240 empresas (entre públicas e privadas, gestores de infraestruturas e operadores de transportes de passageiros e de mercadorias) presentes em 95 países.
JOÃO PALMA-FERREIRA
29.11.2015 às 10h23
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