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O ‘calcanhar de Aquiles’ da nossa economia
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O ‘calcanhar de Aquiles’ da nossa economia
Estimular o crescimento económico através do consumo é uma das traves-mestras do programa do governo liderado por António Costa. O primeiro-ministro retoma, assim, uma receita que foi usada em excesso no passado e que contribuiu para levar o País quase à bancarrota. Apesar disso, os novos governantes acreditam que o aumento do rendimento disponível das famílias é determinante para ‘animar’ a economia.
Seria, porém, mais avisado não descurar outros caminhos que garantissem um crescimento sustentado da economia. Por exemplo, a produtividade. O diagnóstico é conhecido: os portugueses trabalham mais horas do que a maior parte dos seus parceiros europeus, mas a produtividade é menor. De acordo com dados divulgados, em julho, pela OCDE, por cada dia útil cada alemão trabalha, em média, menos de cinco horas e meia.
Este não é um problema novo para os portugueses. Há muito que se sabe que a produtividade dos nossos trabalhadores fica aquém da maioria dos seus parceiros europeus. O país trabalha mais, mas é menos eficiente, gere mal os seus recursos e alcança piores resultados.
A produtividade aparece necessariamente associada ao tema dos salários e, no rescaldo de um drástico programa de reajustamento em que não foi possível utilizar a desvalorização cambial, percebe-se bem a premência na elevação do salário mínimo. A este propósito, Daniel Bessa em artigo recentemente publicado no semanário Expresso, tratou esta questão de forma bastante assertiva. Considerou que o aumento de salários é uma boa intenção, mas é algo que depende da produtividade e, quando se olha para ela, constata-se que “em Portugal é 31% da verificada na Alemanha, sendo a espanhola um pouco mais do dobro e a italiana cerca de duas vezes e meia maior”. “Perante uma situação como esta, a razão e o bom senso aconselham a que se comece por subir a produtividade”, defende Daniel Bessa.
A produtividade, a par da inovação, da gestão de marcas e do ‘design’, continua a ser um dos principais ‘calcanhares de Aquiles’ da economia portuguesa. Até agora – mesmo depois da intervenção da ‘troika’ e da descida dos custos do trabalho – o problema não tem tido solução à vista. É uma questão naturalmente complexa que necessita de uma estreita colaboração entre todos os agentes económicos, desde empresas a sindicatos, passando pelo governo e instituições universitárias e que deve ser debatida sem preconceitos nem ideias feitas tendo como ‘balizas’ os nossos parceiros europeus. Mas nada é impossível de se conseguir no domínio económico – os produtos japoneses na década de 50 e antes de se ter consolidado o Deming Prize também eram tristemente conhecidos pela sua fraca qualidade… Como já vão longe esses tempos!
00:05 h
Jorge Jordão
Económico
Seria, porém, mais avisado não descurar outros caminhos que garantissem um crescimento sustentado da economia. Por exemplo, a produtividade. O diagnóstico é conhecido: os portugueses trabalham mais horas do que a maior parte dos seus parceiros europeus, mas a produtividade é menor. De acordo com dados divulgados, em julho, pela OCDE, por cada dia útil cada alemão trabalha, em média, menos de cinco horas e meia.
Este não é um problema novo para os portugueses. Há muito que se sabe que a produtividade dos nossos trabalhadores fica aquém da maioria dos seus parceiros europeus. O país trabalha mais, mas é menos eficiente, gere mal os seus recursos e alcança piores resultados.
A produtividade aparece necessariamente associada ao tema dos salários e, no rescaldo de um drástico programa de reajustamento em que não foi possível utilizar a desvalorização cambial, percebe-se bem a premência na elevação do salário mínimo. A este propósito, Daniel Bessa em artigo recentemente publicado no semanário Expresso, tratou esta questão de forma bastante assertiva. Considerou que o aumento de salários é uma boa intenção, mas é algo que depende da produtividade e, quando se olha para ela, constata-se que “em Portugal é 31% da verificada na Alemanha, sendo a espanhola um pouco mais do dobro e a italiana cerca de duas vezes e meia maior”. “Perante uma situação como esta, a razão e o bom senso aconselham a que se comece por subir a produtividade”, defende Daniel Bessa.
A produtividade, a par da inovação, da gestão de marcas e do ‘design’, continua a ser um dos principais ‘calcanhares de Aquiles’ da economia portuguesa. Até agora – mesmo depois da intervenção da ‘troika’ e da descida dos custos do trabalho – o problema não tem tido solução à vista. É uma questão naturalmente complexa que necessita de uma estreita colaboração entre todos os agentes económicos, desde empresas a sindicatos, passando pelo governo e instituições universitárias e que deve ser debatida sem preconceitos nem ideias feitas tendo como ‘balizas’ os nossos parceiros europeus. Mas nada é impossível de se conseguir no domínio económico – os produtos japoneses na década de 50 e antes de se ter consolidado o Deming Prize também eram tristemente conhecidos pela sua fraca qualidade… Como já vão longe esses tempos!
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