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A descortesia de se teclar o ponto final
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A descortesia de se teclar o ponto final
Isto vai soar a conversa bizantina mas ser, ou não, mal-educado por pôr um ponto numa frase é assunto para uma crónica que vive sob o telhado diário de Um Ponto É Tudo. Ao que parece, querem acabar com ele, o ponto final. Para pesquisadores da Binghamton University (Nova Iorque), a gramática que se dane: é mesmo mal-educado pôr o ponto final num texto. É certo que o estudo refere-se só aos sms, mas não são estes, hoje, a forma mais banal de escrita?
Segundo o Washington Post, a conclusão do relatório universitário é clara. Responder a um "vamos beber um copo?", com um "vamos." é de uma terrível secura ofensiva. Os homens passaram milénios a adequar as palavras à expressão da face. Quantos simples nãos, acompanhados por uns olhos matreiramente baixados ao chão, acabaram na cama? Depois, com a escrita, as cartas souberam ser longas para levar alma às frases. Na linguagem telegráfica (lembram-se?) havia um stop para separar cada frase, talvez porque se considerasse menosprezo mudar de assunto com um simples ponto. Agora, descoberta a moderna conversa com polegares, o "vamos." sugere uma mentira na resposta. Deixa a ideia de que é uma chatice ir beber o tal copo. Dizer "vamos!", o que em falado parece gritado, em teclado já demonstra algum interesse. Mas acabar a frase em simples "vamos", sem sinal algum, ainda é melhor. Deixa subentendido: só um copo porquê? A modernidade não cessa de nos ensinar.
10 DE DEZEMBRO DE 2015
00:04
Ferreira Fernandes
Diário de Notícias
Segundo o Washington Post, a conclusão do relatório universitário é clara. Responder a um "vamos beber um copo?", com um "vamos." é de uma terrível secura ofensiva. Os homens passaram milénios a adequar as palavras à expressão da face. Quantos simples nãos, acompanhados por uns olhos matreiramente baixados ao chão, acabaram na cama? Depois, com a escrita, as cartas souberam ser longas para levar alma às frases. Na linguagem telegráfica (lembram-se?) havia um stop para separar cada frase, talvez porque se considerasse menosprezo mudar de assunto com um simples ponto. Agora, descoberta a moderna conversa com polegares, o "vamos." sugere uma mentira na resposta. Deixa a ideia de que é uma chatice ir beber o tal copo. Dizer "vamos!", o que em falado parece gritado, em teclado já demonstra algum interesse. Mas acabar a frase em simples "vamos", sem sinal algum, ainda é melhor. Deixa subentendido: só um copo porquê? A modernidade não cessa de nos ensinar.
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