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A farsa chinesa
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A farsa chinesa
O DN hoje publica um artigo da jornalista Gillian Tett. Antropóloga convertida em repórter financeira, Gillian apanhou por acaso uma daquelas pequenas coisas, uma pepita de informação em bruto, que tem força para revolucionar muita coisa à nossa volta. Escreve a jornalista que a China está a mudar num aspeto essencial: o modo de produzir.
Está a trocar as pessoas por computadores com custos ainda mais baixos. As consequências desta transformação são enormes, embora ainda em crisálida. A Europa e os Estados Unidos passaram os últimos anos à procura de um modelo de negócio - na verdade, um modo de vida - que permita ocupar os milhões de pessoas que perderam os trabalhos nas fábricas. Para a China este desafio é ainda maior. O que tem acontecido no Império do Meio - crescimento mais baixo - não é ainda fruto disto. Resulta do endividamento dos principais clientes, as economias do Ocidente, mas também é consequência das contradições internas espelhadas nos seus milionários que de repente tomaram de assalto o mundo. A que agora se junta a disrupção tecnológica. O problema é que por trás destas fortunas-relâmpago muitas vezes não se compreende o que lhes deu origem ou alimenta.
No reino do opaco as sombras confundem-se com a realidade e não deixam separar o que é genuíno do que é falso. Nem sequer os números do PIB escapam à suspeição: muitos analistas consideram que, à cautela, se deve subtrair dois pontos percentuais aos valores apresentados pelo governo chinês. É com estes factos presentes que Portugal se deve relacionar com os empresários chineses. Não os deve hostilizar, seria um erro, seria absurdo, eles são bem-vindos.
Mas deve criar mecanismos de defesa em áreas sensíveis e saber escolher os parceiros idóneos. Vender o Novo Banco à Fosun - um conglomerado cujo líder foi detido - não pode ser uma solução admissível. Seria repetir a história do BES e do GES não como tragédia, mas como farsa patrocinada pelo Banco de Portugal.
Editorial
12 DE DEZEMBRO DE 2015
00:01
André Macedo
Diário de Notícias
Está a trocar as pessoas por computadores com custos ainda mais baixos. As consequências desta transformação são enormes, embora ainda em crisálida. A Europa e os Estados Unidos passaram os últimos anos à procura de um modelo de negócio - na verdade, um modo de vida - que permita ocupar os milhões de pessoas que perderam os trabalhos nas fábricas. Para a China este desafio é ainda maior. O que tem acontecido no Império do Meio - crescimento mais baixo - não é ainda fruto disto. Resulta do endividamento dos principais clientes, as economias do Ocidente, mas também é consequência das contradições internas espelhadas nos seus milionários que de repente tomaram de assalto o mundo. A que agora se junta a disrupção tecnológica. O problema é que por trás destas fortunas-relâmpago muitas vezes não se compreende o que lhes deu origem ou alimenta.
No reino do opaco as sombras confundem-se com a realidade e não deixam separar o que é genuíno do que é falso. Nem sequer os números do PIB escapam à suspeição: muitos analistas consideram que, à cautela, se deve subtrair dois pontos percentuais aos valores apresentados pelo governo chinês. É com estes factos presentes que Portugal se deve relacionar com os empresários chineses. Não os deve hostilizar, seria um erro, seria absurdo, eles são bem-vindos.
Mas deve criar mecanismos de defesa em áreas sensíveis e saber escolher os parceiros idóneos. Vender o Novo Banco à Fosun - um conglomerado cujo líder foi detido - não pode ser uma solução admissível. Seria repetir a história do BES e do GES não como tragédia, mas como farsa patrocinada pelo Banco de Portugal.
Editorial
12 DE DEZEMBRO DE 2015
00:01
André Macedo
Diário de Notícias
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