Porto de Lisboa admite a possibilidade de retirar as concessões aos operadores portuários

A presidente da Administração do Porto de Lisboa, Marina Ferreira, afirmou que a autoridade portuária lisboeta está a ponderar retirar as concessões aos operadores portuários devido ao não cumprimento do serviço público, devido aos tumultos e à instabilidade que se vivem, na sequência da paralisação dos estivadores. Em declarações ao jornal 'Diário Económico', Marina Ferreira afirmou que o serviço público está em causa.

Ao jornal de economia, Marina Ferreira explicou que "os contratos de concessão obrigam ao cumprimento do serviço público e o que me parece é que esse serviço público pode estar aqui em causa”, sublinhando, em tom de alerta, que "existem multas e, no limite, as concessões podem ser sequestradas aos operadores por não cumprimento do serviço público", sendo esta última uma decisão drástica a ser utilizada apenas no "fim da linha".

“Se for necessário, tenho de fazer cumprir o serviço público, mas espero que não, até porque isso implica ainda uma paralisação maior, depois é preciso lançar concursos, foi algo que ainda nunca foi feito em Portugal”, declarou, deixando críticas às consequências da greve - "A actual paralisação está a implicar gravíssimos prejuízos para o porto de Lisboa, temos vários cancelamentos de escala por atraso e é uma perturbação não só para o porto, mas para toda a economia de Lisboa e inclusive para as ilhas da Madeira e dos Açores".

16/12/2015
CARGO Edições,Lda © 2015