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Em nome da sacrossanta austeridade destruímos!
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Em nome da sacrossanta austeridade destruímos!
Está nas nossas mãos comprar produtos regionais e nacionais
“A sinistra herança da austeridade” é o título do artigo de opinião de Paul Krugman (Prémio Nobel da Economia de 2008) publicado na revista Visão de 12 de Novembro de 2015. Neste artigo, Paul Krugman vem atacar, uma vez mais, as políticas de austeridade, ataque que vai ganhando cada vez mais apoios entre os Economistas que vão verificando os resultados dessas políticas. O défice orçamental passou a ser a preocupação central dos políticos, descurando todos os outros indicadores de desempenho económico, entre eles a taxa de crescimento e a taxa de desemprego. Nunca houve a preocupação de verificar se a causa dos problemas era o défice ou se este seria, pelo contrário, uma consequência e assim sendo que as políticas de austeridade iriam provocar ainda maior depressão em economias já deprimidas, como os manuais de Economia ensinam.
Para além destes resultados de curto prazo o que Krugman vem apontar é que os efeitos nefastos da austeridade não se verificam só no curto prazo com a perda de emprego e a diminuição da produção mas comprometem o crescimento futuro no longo prazo. Assim, as expetativas de crescimento no longo prazo de um país serão tanto menores quanto maior foi a austeridade que lhes foi imposta.
No artigo “Os efeitos Permanentes da Consolidação Orçamental” Fatás e Summers mostram a possibilidade de a consolidação orçamental levar à sua própria derrota visto a diminuição da taxa se crescimento da Economia levar a que seja cada vez mais difícil pagar o serviço da dívida o qual tenderá a ter um peso cada vez mais crescente no PIB.
No caso Português a juntar ao efeito produção acima descrito temos o efeito emigração que penso que ainda será superior ao primeiro. A consolidação orçamental em Portugal levou a grande fluxos de emigração de jovens (e não só) qualificados, os quais deveriam ser dos mais produtivos da nossa força de trabalho. Estes jovens fazem falta a Portugal pois sua capacidade produtiva, resultante do capital humano de que são detentores, permitiria aumentar a nossa produção, aumentando a produtividade média, criando meios de pagar a dívida, de financiar o sistema de segurança social e de criar uma economia assente na inovação.
A destruição está feita em nome da sacrossanta austeridade. O que foi tomado em Portugal como indiscutível era afinal um tabu que os políticos, então no poder, erigiram como que proibindo aquilo que agora se vai falando. Veja-se que ainda esta semana o FMI (Fundo Monetário Internacional) veio assumir que Portugal deveria ter reestruturado a sua dívida, a qual aquele Organismo bem sabe que aumentou bastante na vigência da anterior governação mesmo que o discurso tivesse sido o da sacrossanta austeridade em nome do pagamento daquela. Agora temos de alterar o caminho deixando para trás a austeridade e fomentando o crescimento económico. Está nas nossas mãos fazê-lo se em cada compra optarmos por comprar produtos regionais e nacionais, evitando a importação. A todos todos um Feliz Natal com o sapatinho com prendas amigas do ambiente e “made in Madeira”, “made in Portugal”.
Pedro Telhado Pereira, Professor Catedrático da Universidade da Madeira
Diário de Notícias da Madeira
Segunda, 21 de Dezembro de 2015
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