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Um português à frente da NATO
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Um português à frente da NATO
António Guterres era o convidado para a palestra inaugural do Seminário Diplomático, mas Augusto Santos Silva aproveitou na terça-feira a presença de tantos embaixadores para enunciar as novas linhas estratégicas dos Negócios Estrangeiros. E foi com o ex-alto-comissário da ONU a ouvir que o ministro apontou entre as prioridades o reforço da parceria norte-atlântica, espécie de resposta (diplomática) ao embaixador americano, Robert Sherman, que antes de o governo de António Costa tomar posse expressara preocupação com o PS precisar do apoio de partidos hostis à NATO.
Contudo, o regresso a Lisboa do antigo primeiro-ministro, que se debate ainda com o dilema de candidatar-se ou não a secretário-geral da ONU, poderia ter inspirado ao ministro um ambicioso objetivo ajustado à vontade de mostrar aos americanos que somos um sólido aliado: pôr um português à frente da NATO, algo inédito apesar de o país ter sido em 1949 um dos 12 fundadores.
Alguns dirão que Guterres em 2018, quando terminar o mandato do norueguês Jens Stoltenberg, terá 69 anos, logo mais próximo da reforma do que de nova aventura internacional, mas atenção que Hillary Clinton, se ganhar, tomará posse como presidente americana com 69 anos. E o britânico Lord Carrington foi secretário-geral da NATO aos 65.
Nada diz, aliás, que tem de ser Guterres o nome que Portugal apresentaria, supondo-se até que não deseje passar dos refugiados para os jogos de guerra. Aliás, os argumentos do país valem, para já, mais do que o candidato. Como notou o professor Armando Marques-Guedes num colóquio organizado pela embaixada polaca (já a pensar na cimeira da NATO em Varsóvia), olha-se para a orla atlântica da Europa e só Portugal nunca deu um secretário-geral. Houve britânicos, holandeses e belgas, e um alemão, um espanhol, um dinamarquês e, desde 2014, um norueguês. A França, por culpa do general De Gaulle, é um caso à parte.
Nomes? Há personalidades que se encaixam no perfil tradicional, pois além de sempre europeu (gentileza do parceiro americano), o secretário-geral costuma ser um ex--chefe de governo ou um ministro experiente e, venha da esquerda ou da direita, com óbvio currículo atlantista. Ora, Jaime Gama, várias vezes chefe da Diplomacia, corresponde, e com a vantagem de ser açoriano. Mas se tal como no caso de Guterres a idade for obstáculo (Gama terá 71 anos em 2018), outras figuras se adequam ao perfil, mesmo continuando na área do PS. É o caso, por exemplo, de António Vitorino, que foi ministro da Defesa antes de comissário europeu e só é dois anos mais velho do que Stoltenberg.
Santos Silva aferirá (com Costa) da possibilidade de sucesso de uma candidatura portuguesa. Mas a fazê-la, e como prepará-la exige tempo, a hora de decisão é agora. Seria interessante ver a reação americana.
11 DE JANEIRO DE 2016
00:00
Leonídio Paulo Ferreira
Diário de Notícias
Contudo, o regresso a Lisboa do antigo primeiro-ministro, que se debate ainda com o dilema de candidatar-se ou não a secretário-geral da ONU, poderia ter inspirado ao ministro um ambicioso objetivo ajustado à vontade de mostrar aos americanos que somos um sólido aliado: pôr um português à frente da NATO, algo inédito apesar de o país ter sido em 1949 um dos 12 fundadores.
Alguns dirão que Guterres em 2018, quando terminar o mandato do norueguês Jens Stoltenberg, terá 69 anos, logo mais próximo da reforma do que de nova aventura internacional, mas atenção que Hillary Clinton, se ganhar, tomará posse como presidente americana com 69 anos. E o britânico Lord Carrington foi secretário-geral da NATO aos 65.
Nada diz, aliás, que tem de ser Guterres o nome que Portugal apresentaria, supondo-se até que não deseje passar dos refugiados para os jogos de guerra. Aliás, os argumentos do país valem, para já, mais do que o candidato. Como notou o professor Armando Marques-Guedes num colóquio organizado pela embaixada polaca (já a pensar na cimeira da NATO em Varsóvia), olha-se para a orla atlântica da Europa e só Portugal nunca deu um secretário-geral. Houve britânicos, holandeses e belgas, e um alemão, um espanhol, um dinamarquês e, desde 2014, um norueguês. A França, por culpa do general De Gaulle, é um caso à parte.
Nomes? Há personalidades que se encaixam no perfil tradicional, pois além de sempre europeu (gentileza do parceiro americano), o secretário-geral costuma ser um ex--chefe de governo ou um ministro experiente e, venha da esquerda ou da direita, com óbvio currículo atlantista. Ora, Jaime Gama, várias vezes chefe da Diplomacia, corresponde, e com a vantagem de ser açoriano. Mas se tal como no caso de Guterres a idade for obstáculo (Gama terá 71 anos em 2018), outras figuras se adequam ao perfil, mesmo continuando na área do PS. É o caso, por exemplo, de António Vitorino, que foi ministro da Defesa antes de comissário europeu e só é dois anos mais velho do que Stoltenberg.
Santos Silva aferirá (com Costa) da possibilidade de sucesso de uma candidatura portuguesa. Mas a fazê-la, e como prepará-la exige tempo, a hora de decisão é agora. Seria interessante ver a reação americana.
11 DE JANEIRO DE 2016
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