Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 150 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 150 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
O cowboy do Norte
Página 1 de 1
O cowboy do Norte
O cowboy do Norte poderia ser uma pequena referência a um amigo que trabalha na Madeira sempre que há jogos de futebol transmitidos pela televisão. Um rapaz do Norte, do FCP e dos chamados “doentes”, a quem também agradou a despedida do Tatapegui que tinha posto os azuis a não jogar nada, um norteiro que tem mais frio na Choupana do que na terra dele, mas que anima com uma poncha e aquece com duas, sendo que duas seriam “pequenas” de sangue quente por quem o meu amigo tem alguma, muita, devoção. Nem precisa de ir a Fátima ou qualquer outro ponto de peregrinação, onde está a qualidade que mais agrada aos homens, lá está ele, na maior parte das vezes nem importa a cor clubística. Muito diferente dos dez candidatos que temos para presidente da República, nem sabemos para o que correm quando tentamos compreender o que o cargo deixa que façam pelo país. Só mesmo neste, o País, há dez interessados em fazer o que Cavaco fez nos últimos anos, garantir que os bancos portugueses estão sólidos e se recomendam.
Mesmo que me expliquem como se a um miúdo de quatro anos o fizessem, nunca entenderei porque não estão presos os responsáveis pelas falências, não só dos bancos, mas também de tantas outras empresas que deixaram milhares de portugueses na miséria enquanto os administradores e gestores se passeiam por outros cargos e com belas máquinas. Se eu falhar nas minhas contas caseiras, poderei ter de entregar a casa à instituição de crédito que me financiou, o carro a quem der mais, tantas coisas que deixamos de poder usufruir quando deixamos de as pagar. Só os banqueiros e os gestores falidos mantêm quase tudo o que tinham antes da falência, incluso o modo de vida resplandecente do qual não conseguem prescindir e, milagre, continuam a desfrutar, pagando ou não, deixando calotes ou não. E coitado de quem serve os senhores do calote, o recurso à justiça é moroso e caro, de nada valendo a não ser aos advogados, esses que defendem quem lhes paga melhor e em troca de géneros que valem mais do que simples euros. A especulação à volta do Banif, lançada por uma canal de televisão que tem por acionista o banco Santander, agora proprietário do banco internacional do Funchal, tem muito que se lhe diga. Desengane-se quem procura a verdade, pois o Banco de Portugal não parece entender patavina do sistema bancário português, ora garantindo instituições que dão o berro meses depois, ora afirmando que não poderiam imaginar o descalabro que se segue às avaliações positivas. Tal e qual como os presidentes daqueles clubes que dão o voto de confiança nos treinadores à segunda-feira para os despedirem na terça. Os amigos que se vão remediando como eu e que quando precisam do banco para uma despesa mais avultada sabem que pagam juros, spreads e alcavalas que os bancos inventam, também sabem que se deixarem de pagar a dívida, o gerente do banco deixa de ser o tal simpático e disponível que foi, ameaçando tirar-nos até um rim, porque não pode tirar os dois. Vá lá que ainda há gente que entende que a casa não deveria ser um bem penhorável, falta haver na cabeça dos portugueses o tal clique que permita haver um desapego do bem material que constitui a propriedade de uma habitação e passar a haver um apego ao aluguer por força da deslocalização do local de trabalho.
Enfim, quando entendermos porque não vão presos os criminosos que dão cabo das poupanças de cada um ou do erário público, os tais crimes de colarinho branco que acabam quase sempre sem punição, aí talvez consigamos fazer as contas da vida e verificar que para pagar o IMI e outros impostos que as câmaras e as finanças nos albardam, teremos de pensar de outra maneira, talvez a de gestores da coisa pública ou de administradores de bancos que lucram milhões, afinal estamos aqui de passagem e os nossos filhos, quando os temos, que se desenrasquem como nós o fizemos.
Paulo Gomes
Diário de Notícias da Madeira
Segunda, 11 de Janeiro de 2016
Tópicos semelhantes
» Os últimos 10 anos no Norte em números: Norte reforça exportações mas precisa de investimento
» Politiquices e (des)Norte
» Mashable. Site norte-americano diz que Vasco da Gama era italiano "Erro histórico a razão de desconhecido Norte-Americano estão mais fechados no patriarcado cego"
» Politiquices e (des)Norte
» Mashable. Site norte-americano diz que Vasco da Gama era italiano "Erro histórico a razão de desconhecido Norte-Americano estão mais fechados no patriarcado cego"
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin