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O ilusionismo
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O ilusionismo
A política do amparo mais não cria do que um país de medíocres inclusivos, onde o mérito é descredibilizado e irrelevante face a uma igualdade forçada. Mais uma utopia que a realidade irá engolir e degustar.
O país não aguenta de expetativa. Nos cafés assiste-se a pré-ataques de ansiedade a cada abertura de telejornal. Não seria de descartar a ideia de se criar uma bolsa de apostas: o suspense em redor das decisões políticas do Governo está ao nível de um jogo de apostas múltiplas.
Na Assembleia da República assistiu-se a uma enxurrada legislativa da esquerda, como se o amanhã fosse a data anunciada para o fim do mundo. E o Governo acompanhou, com entusiasmo, a senda do desfaz e volta a fazer como se, no dia em que Costa tomou posse como primeiro-ministro, evaporou-se parte de Portugal enquanto instituição, Estado uno e ininterrupto.
Que não há sistemas políticos perfeitos e que a política é uma ciência de contornos habilidosos, isso já era percetível. Mas quando o padrão deixa de ser uma linha política para ser um ziguezague ao sabor do interesse do momento, a questão passa para a afetação da vida de todos.
O Governo de António Costa conseguiu, em meia dúzia de semanas, ser desconcertante. Para dentro, mas também para fora. Cá dentro fez mais ou menos o que tinha dado como palavra honrada. Mais ou menos porque, afinal, como já se tornou jargão, “as utopias são modeladas pela realidade”. E para que o desejo egoístico do líder socialista se concretize e este Governo dure o tempo que lhe convier, há que dançar consoante a música: uma rockalhada do Bloco ou uma carvalhesa do PCP.
No capítulo do “desfaça cá dentro”, o Governo brinca ao faz de conta que há exames. Afinal, os alunos que achavam que este ano tinham um exame final nacional para fazer podem descontrair os nervos. Mas – surpresa! – quem estava descansado que comece a roer as unhas porque, afinal, há umas tais de provas de aferição.
No capítulo “surpreenda no estrangeiro”, o Governo reverte concessões e anula contratos sem dó nem piedade. Para os investidores estrangeiros esta é uma demonstração de uma entidade supostamente credível, que é o Estado, no sentido de avisar para não virem. Qual é a organização que não perde confiança num mercado onde o Estado, afinal, reverte negócios e não tira disso consequências. Paira uma espécie de névoa de pré-nacionalização!
O Governo tem governado para a simpatia dos desfavorecidos sem perceber que com isso está a desfavorecer ainda mais quem precisa. A política do amparo mais não cria do que um país de medíocres inclusivos, onde o mérito é descredibilizado e irrelevante face a uma igualdade forçada. Mais uma utopia que a realidade irá engolir e degustar.
Criou a “ilusão Marshall”, em que o Estado vai voltar a ser pai e protetor, mimando carinhosamente o cidadão. Aguarda-se a vinda das obras públicas. Na expetativa de aeroportos, TGV, autoestradas e barragens, comece a magia socialista.
00:05 h
Mauro Xavier
Económico
O país não aguenta de expetativa. Nos cafés assiste-se a pré-ataques de ansiedade a cada abertura de telejornal. Não seria de descartar a ideia de se criar uma bolsa de apostas: o suspense em redor das decisões políticas do Governo está ao nível de um jogo de apostas múltiplas.
Na Assembleia da República assistiu-se a uma enxurrada legislativa da esquerda, como se o amanhã fosse a data anunciada para o fim do mundo. E o Governo acompanhou, com entusiasmo, a senda do desfaz e volta a fazer como se, no dia em que Costa tomou posse como primeiro-ministro, evaporou-se parte de Portugal enquanto instituição, Estado uno e ininterrupto.
Que não há sistemas políticos perfeitos e que a política é uma ciência de contornos habilidosos, isso já era percetível. Mas quando o padrão deixa de ser uma linha política para ser um ziguezague ao sabor do interesse do momento, a questão passa para a afetação da vida de todos.
O Governo de António Costa conseguiu, em meia dúzia de semanas, ser desconcertante. Para dentro, mas também para fora. Cá dentro fez mais ou menos o que tinha dado como palavra honrada. Mais ou menos porque, afinal, como já se tornou jargão, “as utopias são modeladas pela realidade”. E para que o desejo egoístico do líder socialista se concretize e este Governo dure o tempo que lhe convier, há que dançar consoante a música: uma rockalhada do Bloco ou uma carvalhesa do PCP.
No capítulo do “desfaça cá dentro”, o Governo brinca ao faz de conta que há exames. Afinal, os alunos que achavam que este ano tinham um exame final nacional para fazer podem descontrair os nervos. Mas – surpresa! – quem estava descansado que comece a roer as unhas porque, afinal, há umas tais de provas de aferição.
No capítulo “surpreenda no estrangeiro”, o Governo reverte concessões e anula contratos sem dó nem piedade. Para os investidores estrangeiros esta é uma demonstração de uma entidade supostamente credível, que é o Estado, no sentido de avisar para não virem. Qual é a organização que não perde confiança num mercado onde o Estado, afinal, reverte negócios e não tira disso consequências. Paira uma espécie de névoa de pré-nacionalização!
O Governo tem governado para a simpatia dos desfavorecidos sem perceber que com isso está a desfavorecer ainda mais quem precisa. A política do amparo mais não cria do que um país de medíocres inclusivos, onde o mérito é descredibilizado e irrelevante face a uma igualdade forçada. Mais uma utopia que a realidade irá engolir e degustar.
Criou a “ilusão Marshall”, em que o Estado vai voltar a ser pai e protetor, mimando carinhosamente o cidadão. Aguarda-se a vinda das obras públicas. Na expetativa de aeroportos, TGV, autoestradas e barragens, comece a magia socialista.
00:05 h
Mauro Xavier
Económico
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