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A indústria da noite é um trunfo para o país
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A indústria da noite é um trunfo para o país
Uma das principais fontes de receita do país é o turismo.
Em poucos anos tudo mudou e cidades como Lisboa e Porto passaram a ser muito mais cosmopolitas, recebendo pessoas de todas as latitudes que procuram coisas tão variadas como a beleza das cidades, a arquitetura, o clima, a gastronomia, a simpatia e, claro, a animação noturna. Se pensarmos que na capital há discotecas e bares como não existem em cidades como Madrid ou mesmo Paris, percebe-se o encanto noturno para milhares de jovens de outras paragens. O Bairro Alto e o Cais do Sodré, em Lisboa, bem como a Rua das Galerias de Paris, no Porto, é algo completamente diferente do que muitos dos turistas têm nos seus países.
Claro que em muitos desses locais vivem pessoas que querem ter direito ao descanso, mas também não deixa de ser verdade que quem compra uma casa no Bairro Alto não pode estar à espera de ter a tranquilidade de viver em bairros como Campo de Ourique ou Olivais. O fenómeno noturno é muito mais importante do que se pensa para a economia nacional, sendo por isso necessário que se consiga controlar o fenómeno do botellón, em que crianças e crescidotes bebem as famosas litradas em plena via pública enquanto fazem uma algazarra que não deixa ninguém dormir.
Vem esta conversa toda a propósito da decisão da câmara de não permitir que 25 bares do Bairro Alto e Cais do Sodré funcionem para além da meia-noite. Alegam os responsáveis que estes estabelecimentos provocam mais ruído do que o permitido, quer no interior quer no exterior. Não sei se é bem assim, mas então que alarguem as interdições a todos aqueles bares e discotecas onde as pessoas são agredidas injustamente ou assaltadas. Portugal não pode desperdiçar esta galinha dos ovos de ouro e nenhuma animação noturna sobrevive ao fecho das portas à meia-noite, altura em que os turbos estão a ser ligados. Vendam Portugal no exterior e criem uma polícia vocacionada para o fenómeno que esteja atenta aos infratores. Os outros que façam o baile até às tantas.
28/01/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@ionline.pt
Jornal i
Em poucos anos tudo mudou e cidades como Lisboa e Porto passaram a ser muito mais cosmopolitas, recebendo pessoas de todas as latitudes que procuram coisas tão variadas como a beleza das cidades, a arquitetura, o clima, a gastronomia, a simpatia e, claro, a animação noturna. Se pensarmos que na capital há discotecas e bares como não existem em cidades como Madrid ou mesmo Paris, percebe-se o encanto noturno para milhares de jovens de outras paragens. O Bairro Alto e o Cais do Sodré, em Lisboa, bem como a Rua das Galerias de Paris, no Porto, é algo completamente diferente do que muitos dos turistas têm nos seus países.
Claro que em muitos desses locais vivem pessoas que querem ter direito ao descanso, mas também não deixa de ser verdade que quem compra uma casa no Bairro Alto não pode estar à espera de ter a tranquilidade de viver em bairros como Campo de Ourique ou Olivais. O fenómeno noturno é muito mais importante do que se pensa para a economia nacional, sendo por isso necessário que se consiga controlar o fenómeno do botellón, em que crianças e crescidotes bebem as famosas litradas em plena via pública enquanto fazem uma algazarra que não deixa ninguém dormir.
Vem esta conversa toda a propósito da decisão da câmara de não permitir que 25 bares do Bairro Alto e Cais do Sodré funcionem para além da meia-noite. Alegam os responsáveis que estes estabelecimentos provocam mais ruído do que o permitido, quer no interior quer no exterior. Não sei se é bem assim, mas então que alarguem as interdições a todos aqueles bares e discotecas onde as pessoas são agredidas injustamente ou assaltadas. Portugal não pode desperdiçar esta galinha dos ovos de ouro e nenhuma animação noturna sobrevive ao fecho das portas à meia-noite, altura em que os turbos estão a ser ligados. Vendam Portugal no exterior e criem uma polícia vocacionada para o fenómeno que esteja atenta aos infratores. Os outros que façam o baile até às tantas.
28/01/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@ionline.pt
Jornal i
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