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O corredor direito
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O corredor direito
É sabido por quem conhece a noite e o entretenimento de uma forma mais aprofundada que os grandes conceitos, aqueles que são reconhecidos em todo o mundo, muito dependem daquilo que é a diversidade de públicos e tudo o que isso representa.
É isso que tornou Ibiza naquilo que é hoje bem como Miami e outros sítios reconhecidos como os melhores, onde existe mais diversão, festa e loucura. Foi assim que o Studio 54 se tornou na primeira grande discoteca à escala global elevando a outro patamar aquilo que se havia feito até então.
Quem entra na discoteca Lux, em Lisboa, sente mais do que em qualquer outro espaço ou lugar, os diferentes tipos de pessoas e ambientes que compõem o público noctívago. Mas dentro desse espaço existe um corredor que traduz no seu máximo esplendor tudo o que representa a magia daquele local. Refiro-me ao corredor direito (de quem olha para a cabina do DJ) da pista inferior. Aqui, para além de ainda se poder fumar, podemos encontrar as mais loucas personagens. É aqui também que se libertam de uma forma mais natural os homossexuais e as lésbicas, onde se juntam qual ponto de encontro os mais indefetíveis defensores da música alternativa, as modelos e os curiosos.
A razão de as discotecas mais abrangentes e liberais terem um período de tempo dentro do ciclo de vida de qualquer conceito mais largo é precisamente porque quem sai procura viver por momentos, minutos, horas, aquilo que não consegue alcançar durante o dia, seja pelo trabalho, por tempo limitado ou por estar inserido num núcleo de amigos bastante mais padronizado. Os espaços mais exclusivos que procuram nichos de mercado mais limitados acabam por sofrer do facto de os seus clientes acabarem por perder o interesse por verem sempre o mesmo tipo de pessoas dentro do mesmo espetro, o que não lhes permite viver e absorver outro tipo de experiências nem sair da zona de conforto.
Acredito que, ao contrário do que alguns dizem, as pessoas gostam de se misturar mais, são mais atentas e mais predispostas a encontrar estímulos que lhes permitam perceber o que existe para lá daquela cortina. Estão mais interessadas em entender novas culturas, outras formas de estar, de viver e de sentir. É também esta a razão pela qual a noite se vai reinventando sem perder o mistério. Dançar ao lado de alguém que vive noutro país, que olha para o mundo com uma visão completamente antagónica, que se comporta de outra forma faz-nos também sonhar, abrir os horizontes e criar na nossa mente, mesmo que inconscientemente, ideias que nos permitam construir o nosso caminho de uma forma mais sustentada e realista.
É sempre bom conhecermos todos os lados de um determinado conceito para melhor podermos definir onde está o nosso foco e que caminho queremos trilhar. Seja na vida, como nos negócios. É nessa capacidade de definirmos com o conhecimento aprofundado de todos os ângulos que nos torna mais conscientes, mais capazes e mais estruturados.
O corredor direito do Lux permite-nos isso, perceber as diferentes formas como o mundo se relaciona, como gente tão diferente com objetivos tão diversos pode dançar ao som da mesma música, ao mesmo tempo, no mesmo espaço. Essa é a razão de ser, ao mesmo tempo, tão especial e fascinante.
04/02/2016
José Paulo do Carmo
Jornal i
É isso que tornou Ibiza naquilo que é hoje bem como Miami e outros sítios reconhecidos como os melhores, onde existe mais diversão, festa e loucura. Foi assim que o Studio 54 se tornou na primeira grande discoteca à escala global elevando a outro patamar aquilo que se havia feito até então.
Quem entra na discoteca Lux, em Lisboa, sente mais do que em qualquer outro espaço ou lugar, os diferentes tipos de pessoas e ambientes que compõem o público noctívago. Mas dentro desse espaço existe um corredor que traduz no seu máximo esplendor tudo o que representa a magia daquele local. Refiro-me ao corredor direito (de quem olha para a cabina do DJ) da pista inferior. Aqui, para além de ainda se poder fumar, podemos encontrar as mais loucas personagens. É aqui também que se libertam de uma forma mais natural os homossexuais e as lésbicas, onde se juntam qual ponto de encontro os mais indefetíveis defensores da música alternativa, as modelos e os curiosos.
A razão de as discotecas mais abrangentes e liberais terem um período de tempo dentro do ciclo de vida de qualquer conceito mais largo é precisamente porque quem sai procura viver por momentos, minutos, horas, aquilo que não consegue alcançar durante o dia, seja pelo trabalho, por tempo limitado ou por estar inserido num núcleo de amigos bastante mais padronizado. Os espaços mais exclusivos que procuram nichos de mercado mais limitados acabam por sofrer do facto de os seus clientes acabarem por perder o interesse por verem sempre o mesmo tipo de pessoas dentro do mesmo espetro, o que não lhes permite viver e absorver outro tipo de experiências nem sair da zona de conforto.
Acredito que, ao contrário do que alguns dizem, as pessoas gostam de se misturar mais, são mais atentas e mais predispostas a encontrar estímulos que lhes permitam perceber o que existe para lá daquela cortina. Estão mais interessadas em entender novas culturas, outras formas de estar, de viver e de sentir. É também esta a razão pela qual a noite se vai reinventando sem perder o mistério. Dançar ao lado de alguém que vive noutro país, que olha para o mundo com uma visão completamente antagónica, que se comporta de outra forma faz-nos também sonhar, abrir os horizontes e criar na nossa mente, mesmo que inconscientemente, ideias que nos permitam construir o nosso caminho de uma forma mais sustentada e realista.
É sempre bom conhecermos todos os lados de um determinado conceito para melhor podermos definir onde está o nosso foco e que caminho queremos trilhar. Seja na vida, como nos negócios. É nessa capacidade de definirmos com o conhecimento aprofundado de todos os ângulos que nos torna mais conscientes, mais capazes e mais estruturados.
O corredor direito do Lux permite-nos isso, perceber as diferentes formas como o mundo se relaciona, como gente tão diferente com objetivos tão diversos pode dançar ao som da mesma música, ao mesmo tempo, no mesmo espaço. Essa é a razão de ser, ao mesmo tempo, tão especial e fascinante.
04/02/2016
José Paulo do Carmo
Jornal i
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