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Brincar com o dinheiro dos outros é fácil
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Brincar com o dinheiro dos outros é fácil
A história do Orçamento português faz lembrar o célebre anúncio do whisky que para os de fora estava meio cheio e para os de casa estava meio vazio, já que os defensores do governo entendem que este está a fazer tudo perfeito, enquanto aqueles que não alinham com tais euforias esperam pelo vazar da garrafa e a consequente ressaca.
Isto é, o governo dá de um lado e tira do outro, e a oposição acredita que o que dá vai ser pago a dobrar dentro de pouco tempo. O que mais me intriga nesta discussão é que parece que de um lado estão os bons e do outro os maus. Vamos por partes: António Costa fez acordos com o Bloco de Esquerda e com o PCP para estes aprovarem o Orçamento e deixarem o executivo governar. As imposições destes amigos de caminhada esbarram, contudo, nas intenções dos credores. Se todos os países não tivessem assinado um acordo que prevê que os orçamentos nacionais têm de ter a aprovação de Bruxelas, ainda se entendia esta alegria da geringonça, mas a verdade é bem mais cruel. Há metas a cumprir e de uma maneira ou de outra teremos de chegar lá. Se aumentamos os ordenados, somos obrigados a subir os impostos e por aí fora. Acrescente-se que aqueles que não acreditam no fim da austeridade sabem que a fatura virá depois e com muito mais imposições - ou seja, um novo resgate, pois quando não há dinheiro para pagar as dívidas são precisos novos empréstimos.
Isto significa que os que defendem alguma contenção nos gastos não são boas pessoas e que os outros é que são humanos? Não me parece, mas não deixa de ser curioso como a máquina socialista consegue fazer passar a mensagem de que está tudo na paz do Senhor e que Bruxelas não tem outra hipótese a não ser sujeitar--se à vontade do governo português. Isto daria para rir se a situação não fosse dramática. Basta olharmos para o que se passou na Grécia para percebermos que não podemos ir por aí. As brincadeiras “reguilas” são engraçadas, mas muito caras...
05/02/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@ionline.pt
Jornal i
Isto é, o governo dá de um lado e tira do outro, e a oposição acredita que o que dá vai ser pago a dobrar dentro de pouco tempo. O que mais me intriga nesta discussão é que parece que de um lado estão os bons e do outro os maus. Vamos por partes: António Costa fez acordos com o Bloco de Esquerda e com o PCP para estes aprovarem o Orçamento e deixarem o executivo governar. As imposições destes amigos de caminhada esbarram, contudo, nas intenções dos credores. Se todos os países não tivessem assinado um acordo que prevê que os orçamentos nacionais têm de ter a aprovação de Bruxelas, ainda se entendia esta alegria da geringonça, mas a verdade é bem mais cruel. Há metas a cumprir e de uma maneira ou de outra teremos de chegar lá. Se aumentamos os ordenados, somos obrigados a subir os impostos e por aí fora. Acrescente-se que aqueles que não acreditam no fim da austeridade sabem que a fatura virá depois e com muito mais imposições - ou seja, um novo resgate, pois quando não há dinheiro para pagar as dívidas são precisos novos empréstimos.
Isto significa que os que defendem alguma contenção nos gastos não são boas pessoas e que os outros é que são humanos? Não me parece, mas não deixa de ser curioso como a máquina socialista consegue fazer passar a mensagem de que está tudo na paz do Senhor e que Bruxelas não tem outra hipótese a não ser sujeitar--se à vontade do governo português. Isto daria para rir se a situação não fosse dramática. Basta olharmos para o que se passou na Grécia para percebermos que não podemos ir por aí. As brincadeiras “reguilas” são engraçadas, mas muito caras...
05/02/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@ionline.pt
Jornal i
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