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Angola em crise ameaça portugueses
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Angola em crise ameaça portugueses
Quando há sete anos cheguei pela primeira vez a Luanda, havia poucos supermercados e os expatriados queixavam-se dos elevados preços dos produtos que encontravam nas pequenas superfícies, quase consideradas de luxo.
Depois deu-se o boom das grandes superfícies e o consumo generalizou-se, estando os produtos portugueses em grande destaque em quase todas as lojas, com exceção das sul-africanas. Ir às compras em Luanda era quase o mesmo que em Lisboa. Dos vinhos às carnes, passando pelo arroz, açúcar e azeites, quase tudo tinha rótulo português. O petróleo assim o permitia, já que o país produzia pouca coisa, além de as vias de comunicação e a falta de transportes adequados inviabilizarem o envio, por exemplo, de fruta de regiões mais distantes.
Olhando para o porto da cidade viam-se dezenas de navios que aguardavam vez para descarregar as matérias-primas que transportavam. Vivia-se um período de abundância e, apesar das desigualdades gritantes, a sociedade funcionava relativamente bem para quem tinha dinheiro. Com a queda do preço do ouro negro, tudo tem vindo a alterar-se. Quem exportava para Angola deixou de o fazer sem dinheiro à vista, já que o mais certo era ficar longos meses à espera de ser reembolsado.
Com a crise, as populações deixaram de ter acesso a produtos básicos, além de que a falta de dinheiro se estendeu a todos os que vivem no território. Os famosos táxis-carrinha Hiace, que levavam diariamente milhares de angolanos para o trabalho e para casa, aumentaram brutalmente os preços e a população vê-se aflita para fazer a sua vida normal. Como tudo irá acabar é uma incógnita, mas adivinham-se tempos bem difíceis, quer para angolanos quer para a comunidade portuguesa.
Mas se a vida em Angola está complicada, todos aqueles que em Portugal apostaram em lojas e restaurantes de luxo para a comunidade angolana endinheirada veem-se agora na necessidade de se virar para novos mercados. Os chineses estão aí, na linha da frente. A vida dá mesmo muitas voltas e, quando o petróleo aumentar, tudo voltará a ser como dantes. Ou não...
12/02/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
Depois deu-se o boom das grandes superfícies e o consumo generalizou-se, estando os produtos portugueses em grande destaque em quase todas as lojas, com exceção das sul-africanas. Ir às compras em Luanda era quase o mesmo que em Lisboa. Dos vinhos às carnes, passando pelo arroz, açúcar e azeites, quase tudo tinha rótulo português. O petróleo assim o permitia, já que o país produzia pouca coisa, além de as vias de comunicação e a falta de transportes adequados inviabilizarem o envio, por exemplo, de fruta de regiões mais distantes.
Olhando para o porto da cidade viam-se dezenas de navios que aguardavam vez para descarregar as matérias-primas que transportavam. Vivia-se um período de abundância e, apesar das desigualdades gritantes, a sociedade funcionava relativamente bem para quem tinha dinheiro. Com a queda do preço do ouro negro, tudo tem vindo a alterar-se. Quem exportava para Angola deixou de o fazer sem dinheiro à vista, já que o mais certo era ficar longos meses à espera de ser reembolsado.
Com a crise, as populações deixaram de ter acesso a produtos básicos, além de que a falta de dinheiro se estendeu a todos os que vivem no território. Os famosos táxis-carrinha Hiace, que levavam diariamente milhares de angolanos para o trabalho e para casa, aumentaram brutalmente os preços e a população vê-se aflita para fazer a sua vida normal. Como tudo irá acabar é uma incógnita, mas adivinham-se tempos bem difíceis, quer para angolanos quer para a comunidade portuguesa.
Mas se a vida em Angola está complicada, todos aqueles que em Portugal apostaram em lojas e restaurantes de luxo para a comunidade angolana endinheirada veem-se agora na necessidade de se virar para novos mercados. Os chineses estão aí, na linha da frente. A vida dá mesmo muitas voltas e, quando o petróleo aumentar, tudo voltará a ser como dantes. Ou não...
12/02/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
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