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As guerras da propaganda
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As guerras da propaganda
Costa já começou a usar a estratégia guterrista de bombardeamento dos media com desinformações.
Ao fim de 40 anos de democracia parlamentar, pode dizer- -se que os governos PS têm sido os mais activos ou mais ferozes na criação de estruturas de propaganda e desinformação com uma política sistemática de bombardeamento (des)informativo sobre os media. Também os governos PSD de Cavaco a Passos o fizeram, mas sem comparação em grau e gravidade. O governo deste último era criticado por não ter uma política de mentira (se aumentava muito os impostos dizia que aumentava muito os impostos, por exemplo). As acções desajeitadas e brutais de Relvas para controlar o que podia (a RTP) a partir do seu posto foram um episódio que não correspondia à política do próprio Passos e, no final, Relvas saiu.
Quanto aos governos PS, os de Soares anteciparam o que seriam os de Cavaco: controlar os media era, à época, o ‘normal’. Essa fase passou, com a maior consciência e robustez do jornalismo e da cidadania sobre o que é o exercício das liberdades de imprensa e opinião. O governo Guterres estreou nova estratégia: o bombardeamento permanente dos media com informação governamental, acompanhada das respectivas interpretações preferenciais. O fugaz governo Barroso voltou ao modelo Soares-Cavaco, criando a nefasta ERC, e ao objectivo de sempre, controlar a RTP. O de Santana preparava-se para um controlo mais acentuado dos media, mas não teve tempo.
O governo Sócrates foi o mais perigoso de sempre em democracia. Além duma cara e enorme máquina de propaganda, quase criou uma rede institucional mafiosa de controlo dos media, a partir de cima, dos donos, semelhante à dos sistemas corruptos dos oligarcas dos países de Leste. A governação Sócrates, que se ia mantendo no poder para esconder jogadas escuras, hoje às mãos da justiça, conseguiu um efectivo controlo através dos negócios e duma coacção quase fascista sobre media, jornalistas e comentadores.
O governo Costa já começou a usar a estratégia guterrista de bombardeamento dos media com desinformações, informações por vezes desencontradas e suas interpretações preferenciais. Também já começou a pôr as garras na RTP, tentando neutralizar a sua informação independente. E já entrou na via da censura, levando o Twitter a fechar uma conta que o desgastava pelo humor. Todavia, enfrenta dificuldades nesta estratégia socratinista: é um governo minoritário, o que não facilita o autoritarismo; alguns dos media estão mais conscientes da necessidade de servir leitores e espectadores e não o governo, sob risco de os perderem; e apesar do vergonhoso sinal do Twitter, as redes sociais tornaram-se num escape fundamental para a liberdade de expressão.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/eduardo_cintra_torres/detalhe/as_guerras_da_propaganda.html
14.02.2016 00:31
EDUARDO CINTRA TORRES
Correio da Manhã
Ao fim de 40 anos de democracia parlamentar, pode dizer- -se que os governos PS têm sido os mais activos ou mais ferozes na criação de estruturas de propaganda e desinformação com uma política sistemática de bombardeamento (des)informativo sobre os media. Também os governos PSD de Cavaco a Passos o fizeram, mas sem comparação em grau e gravidade. O governo deste último era criticado por não ter uma política de mentira (se aumentava muito os impostos dizia que aumentava muito os impostos, por exemplo). As acções desajeitadas e brutais de Relvas para controlar o que podia (a RTP) a partir do seu posto foram um episódio que não correspondia à política do próprio Passos e, no final, Relvas saiu.
Quanto aos governos PS, os de Soares anteciparam o que seriam os de Cavaco: controlar os media era, à época, o ‘normal’. Essa fase passou, com a maior consciência e robustez do jornalismo e da cidadania sobre o que é o exercício das liberdades de imprensa e opinião. O governo Guterres estreou nova estratégia: o bombardeamento permanente dos media com informação governamental, acompanhada das respectivas interpretações preferenciais. O fugaz governo Barroso voltou ao modelo Soares-Cavaco, criando a nefasta ERC, e ao objectivo de sempre, controlar a RTP. O de Santana preparava-se para um controlo mais acentuado dos media, mas não teve tempo.
O governo Sócrates foi o mais perigoso de sempre em democracia. Além duma cara e enorme máquina de propaganda, quase criou uma rede institucional mafiosa de controlo dos media, a partir de cima, dos donos, semelhante à dos sistemas corruptos dos oligarcas dos países de Leste. A governação Sócrates, que se ia mantendo no poder para esconder jogadas escuras, hoje às mãos da justiça, conseguiu um efectivo controlo através dos negócios e duma coacção quase fascista sobre media, jornalistas e comentadores.
O governo Costa já começou a usar a estratégia guterrista de bombardeamento dos media com desinformações, informações por vezes desencontradas e suas interpretações preferenciais. Também já começou a pôr as garras na RTP, tentando neutralizar a sua informação independente. E já entrou na via da censura, levando o Twitter a fechar uma conta que o desgastava pelo humor. Todavia, enfrenta dificuldades nesta estratégia socratinista: é um governo minoritário, o que não facilita o autoritarismo; alguns dos media estão mais conscientes da necessidade de servir leitores e espectadores e não o governo, sob risco de os perderem; e apesar do vergonhoso sinal do Twitter, as redes sociais tornaram-se num escape fundamental para a liberdade de expressão.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/eduardo_cintra_torres/detalhe/as_guerras_da_propaganda.html
14.02.2016 00:31
EDUARDO CINTRA TORRES
Correio da Manhã
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