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Encontrar uma solução para o sistema financeiro
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Encontrar uma solução para o sistema financeiro
Uma economia próspera implica um sistema financeiro estável, credível e com liquidez. Isto mesmo nos provou a última crise económica internacional, que conheceu a sua génese na banca norte-americana e logo alastrou ao resto do sistema financeiro mundial, com efeitos graves no tecido produtivo da generalidade dos países ocidentais.
No caso português, a instabilidade do mercado financeiro impôs fortes restrições no acesso ao crédito, quer ao nível da dívida soberana, quer dos empréstimos às empresas. E quando o clima económico em Portugal parecia estar a desanuviar, eis que emerge uma nova e forte turbulência no setor bancário. Para lá dos muitos problemas internos, a banca portuguesa continua a registar prejuízos elevadíssimos com consequências para o erário público, para os contribuintes e para o tecido produtivo. De tal forma que o que parecia ser um anacronismo político - a nacionalização de instituições bancárias - volta a estar em discussão, sendo até defendida por personalidades credíveis e que nada têm de esquerdistas.
Falo em concreto da possibilidade de nacionalização do Novo Banco para evitar que a instituição seja vendida ao desbarato a capital estrangeiro, em particular a capital proveniente de Espanha, como sucedeu na venda apressada do Banif. Ora, apesar dos riscos que a venda do Novo Banco acarreta neste momento, não creio que a solução possa estar na integração da instituição no setor público. Um Novo Banco público terá mais dificuldades, sobretudo políticas, em proceder à reestruturação interna necessária para tornar a instituição competitiva e sustentável, de modo a que o interesse nacional seja acautelado com a sua venda.
Mas o Novo Banco não é o único caso a exigir uma sábia gestão política. A Caixa Geral de Depósitos necessita de um aumento de capital, no BPI vive-se um conflito entre acionistas, o BCP está em processo lento de recuperação, as perdas provocadas pelo Banif não são totalmente conhecidas e ainda falta exumar o cadáver do BPN. Tudo isto vai exigir do Governo de António Costa e do Banco de Portugal um bom “golpe de rins”, com a agravante das duas partes estarem desavindas.
A instabilidade na banca vai, quase inevitavelmente, provocar um agravamento das condições de financiamento às empresas. Isto numa altura em que Portugal não pode registar uma nova quebra no investimento, nos fluxos de capital e na confiança dos empresários, sob pena de comprometer a recuperação económica em curso. Seria bom que o Governo, o Banco de Portugal, as instâncias comunitárias e a própria oposição se sentassem à mesa para encontrar uma solução eficaz e duradoura para os problemas da banca.
00:05 h
João Rafael Koehler
Económico
No caso português, a instabilidade do mercado financeiro impôs fortes restrições no acesso ao crédito, quer ao nível da dívida soberana, quer dos empréstimos às empresas. E quando o clima económico em Portugal parecia estar a desanuviar, eis que emerge uma nova e forte turbulência no setor bancário. Para lá dos muitos problemas internos, a banca portuguesa continua a registar prejuízos elevadíssimos com consequências para o erário público, para os contribuintes e para o tecido produtivo. De tal forma que o que parecia ser um anacronismo político - a nacionalização de instituições bancárias - volta a estar em discussão, sendo até defendida por personalidades credíveis e que nada têm de esquerdistas.
Falo em concreto da possibilidade de nacionalização do Novo Banco para evitar que a instituição seja vendida ao desbarato a capital estrangeiro, em particular a capital proveniente de Espanha, como sucedeu na venda apressada do Banif. Ora, apesar dos riscos que a venda do Novo Banco acarreta neste momento, não creio que a solução possa estar na integração da instituição no setor público. Um Novo Banco público terá mais dificuldades, sobretudo políticas, em proceder à reestruturação interna necessária para tornar a instituição competitiva e sustentável, de modo a que o interesse nacional seja acautelado com a sua venda.
Mas o Novo Banco não é o único caso a exigir uma sábia gestão política. A Caixa Geral de Depósitos necessita de um aumento de capital, no BPI vive-se um conflito entre acionistas, o BCP está em processo lento de recuperação, as perdas provocadas pelo Banif não são totalmente conhecidas e ainda falta exumar o cadáver do BPN. Tudo isto vai exigir do Governo de António Costa e do Banco de Portugal um bom “golpe de rins”, com a agravante das duas partes estarem desavindas.
A instabilidade na banca vai, quase inevitavelmente, provocar um agravamento das condições de financiamento às empresas. Isto numa altura em que Portugal não pode registar uma nova quebra no investimento, nos fluxos de capital e na confiança dos empresários, sob pena de comprometer a recuperação económica em curso. Seria bom que o Governo, o Banco de Portugal, as instâncias comunitárias e a própria oposição se sentassem à mesa para encontrar uma solução eficaz e duradoura para os problemas da banca.
00:05 h
João Rafael Koehler
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