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O presidente, o país e o Porto
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O presidente, o país e o Porto
A tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa, hoje mesmo, representa um momento histórico para a presidência da República e para o país. Não tanto pelo simbólico "virar de página". Antes por marcar um novo ciclo quanto ao estilo, quanto ao conteúdo e quanto à desejada identificação entre os cidadãos e Belém. No que toca ao Porto, a diferença revela-se desde o primeiro momento.
Após as presidenciais de janeiro, nesta mesma coluna, intitulei "E agora uma Presidência completamente diferente" um artigo de comentário aos resultados eleitorais. Sendo públicas, evidentes e já amplamente dissecadas as diferenças entre o presidente cessante e o presidente hoje empossado, importa antes falar do futuro, refletir sobre as expectativas e interpretar os sinais.
Podendo haver quem a julgue simbólica, a primeira marca do presidente Marcelo é porém substancial e profunda. Ao prolongar a Norte a cerimónia de posse, com um conjunto de atos marcados para o Porto, envolvendo a sociedade civil e a população, a Presidência sinaliza a existência de um Portugal inteiro. Um Portugal que, como bem sabemos e como muitas vezes sentimos, não se circunscreve a Lisboa e aos seus arredores.
Durante décadas, a Presidência da República sempre fez questão de incluir a cidade do Porto na sua agenda pública e protocolar. Mais ainda, em concreto, quando se tratava de visitas oficiais de chefes de Estado ou de Governo estrangeiros. Essa boa prática, interrompida no consulado de Cavaco Silva, voltará, estou certo, a ter relevante significado. E não apenas junto dos cidadãos. A projeção conferida pela Presidência ao Porto e ao Norte será decisiva na afirmação internacional dos seus agentes empresariais, culturais e sociais. E por agentes leia-se sobretudo empresas, instituições, movimentos e tendências da cidadania. Para a economia, será seguramente um bom impulso para que o Norte dos 140% de balança comercial positiva possa tornar-se ainda mais dinâmico e superavitário. Por vários motivos. O primeiro dos quais porque isso é fundamental para o país.
Marcelo Rebelo de Sousa começa com uma garantia de proximidade e de abrangência - social, etária e geográfica -, e com a suprema vantagem da independência face a grupos de pressão políticos, partidários ou económicos. Foi eleito sozinho, porque assim quis e assim pôde. Não deve rigorosamente nada a ninguém, o que lhe permite ser, sem reservas, presidente de todos os portugueses. Tem pela frente o desafio de trazer de volta o interesse pela política. Ou seja, colocar de novo os cidadãos no centro do debate do seu futuro coletivo.
A projeção conferida pela Presidência ao Porto e ao Norte será decisiva na afirmação internacional dos seus agentes empresariais, culturais e sociais.
09.03.2016
Nuno Botelho
Jornal de Notícias
Após as presidenciais de janeiro, nesta mesma coluna, intitulei "E agora uma Presidência completamente diferente" um artigo de comentário aos resultados eleitorais. Sendo públicas, evidentes e já amplamente dissecadas as diferenças entre o presidente cessante e o presidente hoje empossado, importa antes falar do futuro, refletir sobre as expectativas e interpretar os sinais.
Podendo haver quem a julgue simbólica, a primeira marca do presidente Marcelo é porém substancial e profunda. Ao prolongar a Norte a cerimónia de posse, com um conjunto de atos marcados para o Porto, envolvendo a sociedade civil e a população, a Presidência sinaliza a existência de um Portugal inteiro. Um Portugal que, como bem sabemos e como muitas vezes sentimos, não se circunscreve a Lisboa e aos seus arredores.
Durante décadas, a Presidência da República sempre fez questão de incluir a cidade do Porto na sua agenda pública e protocolar. Mais ainda, em concreto, quando se tratava de visitas oficiais de chefes de Estado ou de Governo estrangeiros. Essa boa prática, interrompida no consulado de Cavaco Silva, voltará, estou certo, a ter relevante significado. E não apenas junto dos cidadãos. A projeção conferida pela Presidência ao Porto e ao Norte será decisiva na afirmação internacional dos seus agentes empresariais, culturais e sociais. E por agentes leia-se sobretudo empresas, instituições, movimentos e tendências da cidadania. Para a economia, será seguramente um bom impulso para que o Norte dos 140% de balança comercial positiva possa tornar-se ainda mais dinâmico e superavitário. Por vários motivos. O primeiro dos quais porque isso é fundamental para o país.
Marcelo Rebelo de Sousa começa com uma garantia de proximidade e de abrangência - social, etária e geográfica -, e com a suprema vantagem da independência face a grupos de pressão políticos, partidários ou económicos. Foi eleito sozinho, porque assim quis e assim pôde. Não deve rigorosamente nada a ninguém, o que lhe permite ser, sem reservas, presidente de todos os portugueses. Tem pela frente o desafio de trazer de volta o interesse pela política. Ou seja, colocar de novo os cidadãos no centro do debate do seu futuro coletivo.
A projeção conferida pela Presidência ao Porto e ao Norte será decisiva na afirmação internacional dos seus agentes empresariais, culturais e sociais.
09.03.2016
Nuno Botelho
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