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“Lamento, estamos cheios…”
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“Lamento, estamos cheios…”
a Madeira tem mesmo de escolher melhor os seus clientes
Os hotéis estão cheios, tenho informação de muitos casos de “stop sales” e de recusa de pedidos, de individuais e de grupos, e de acordo com a booking.com, nalguns períodos a Madeira (leia-se o allotment que eles têm da Madeira) está 85% vendido.
Uma amiga dizia-me que depois de muito esforço e frustração, teve de dizer a uma agente de viagens que não conseguia quartos para as datas que ela queria. Perguntou “mas afinal o que se passa na Madeira”, e afirmou que tínhamos que construir mais hotéis.
Eu, pela minha parte, não estou de acordo. Acho, sim, que temos de escolher melhor os nossos clientes.
Vamos ver a história: em 1981, cada quarto era vendido a 4,70 euro. Em 2007, estava a ser vendido, a preços constantes (isto é, descontando inflação), a 3,90 euro. Vinte e cinco anos depois, vendíamos Madeira a um preço mais baixo do que em 1981.
Simultaneamente, e para o mesmo período, quase que duplicava o número de camas por trabalhador na hotelaria.
Admito que nalguns casos haja camas a serem tratadas em regime de outsourcing, mas isto só faz reflectir parte dos custos no trabalhador: as empresas pagam menos, e ganham um intermediário. Isto quer dizer que o trabalhador “final”, aquele que tem mesmo que limpar o quarto, fazer a cama, ou pôr a mesa, vai ganhar muito menos, o que terá necessariamente reflexos em termos de motivação e qualidade. Será mesmo por este caminho que queremos ir?
Reforço a ideia. A Madeira tem mesmo de escolher melhor os seus clientes. Tem de encontrar turistas que a valorizem mais, que gostem do que ela tem de diferente para oferecer, e que estejam dispostos a pagar mais por um produto que nunca pode ser um mercado de volume.
Temos de ganhar a aposta no valor, e não nos números.
Roberto Loja
Diário de Notícias da Madeira
Quarta, 16 de Março de 2016
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