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ECONOMIAS BARATAS
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ECONOMIAS BARATAS
Belmiro de Azevedo afirmou esta semana que não o surpreende que venham a existir economias sustentadas em mão-de-obra barata.
Olhando para os vencimentos auferidos pelos trabalhadores do grupo que gere, este tipo de declarações não surpreende. No fundo, Belmiro de Azevedo está apenas a afirmar e a defender aquilo que pratica.
Não o podemos criticar pela incongruência.
Agora, a Belmiro de Azevedo, escapou-lhe um pequeno grande pormenor: a economia portuguesa já assenta em mão-de-obra barata há muitos anos e, actualmente, em praticamente todas as áreas.
Raras são as empresas sedeadas em Portugal que se preocupam realmente com as condições dos trabalhadores. Oferece-se pouco sem atender a formação, a competência ou à experiência basta apenas que a pessoa esteja disposta a trabalhar por exemplo, por € 3.50 por hora num ambiente de exigência e onde nem sempre a competência é ultrapassada pelo “sim senhor tem razão, tudo o que faz é perfeito e este é realmente o melhor sítio para trabalhar”.
Todos sabemos que o que estes empregadores mereciam era que, perante tal oferta, alguém se limitasse apenas a recusar e a bater com a porta.
O problema é que, tal como muito bem sabem os empregadores portugueses, as pessoas não estão em condições de recusar seja o que for, chegando a aceitar humilhar-se recebendo o mesmo que pessoas com competência e experiência muito inferior à sua.
Se alguém, porventura ousar criticar tais ofertas, a resposta é sempre a mesma: “se não quiser aceitar, há mais pessoas a querer”.
Não entrando por conceitos económicos, a verdade é que o que Belmiro de Azevedo defende já é praticado em Portugal sem que alguém possa fazer muito contra isso.
Podem regular-se estágios ou categorias profissionais. No entanto, as empresas sempre encontrarão alternativas dentro do seu grupo para não ter que contratar alguém a custos mais elevados.
Podemos contestar, gritar, dar murros na mesa e ter mesmo vontade de bater em nós próprios. A economia da mão-de-obra barata continuará e as famílias continuarão a ter que aceitar a mesma para fugir à fome e à pobreza.
Não é só a mão-de-obra que é barata. Pelos vistos os custos em investimento e valorização profissional são cada vez mais reduzidos.
Já dizia o outro: “É a crise!”.
Rita Paias
Advogada, Especialista em Direito Empresarial
21 Março 2016 11:25
Tribuna Alentejo.pt
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