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Uma boa notícia
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Uma boa notícia
Quem usa o comboio entre as estações do Cais do Sodré e de Cascais todos os dias sabe que o percurso lava os olhos e a alma com tanto mar, mas também sabe que os imprevistos, ou melhor, os atrasos e a supressão de alguns comboios são o pão nosso de cada semana. A voz do chefe da estação a anunciar que aquele comboio, afinal, só passa dali a outros 20 minutos transformou-se numa rotina.
E adivinha-se a justificação que se segue, infalivelmente a mesma, que sai em estalidos metálicos do altifalante que também já viu dias melhores e que os passageiros deixados em terra se habituaram a ouvir: o problema é do "material circulante", antigo de décadas e que requer mais e muita manutenção, ou da maldita catenária. O desinvestimento, de resto, também se nota dentro e fora das carruagens. Desde janeiro do ano passado, circulam menos comboios para servir a média de cerca de 80 mil pessoas que todos os dias dependem da linha de Cascais para se deslocarem e a perceção é a de que o serviço tem vindo - e continua - a deteriorar-se a olhos vistos nos últimos anos. Parece tudo um contrassenso.
As autarquias, com Lisboa à cabeça, inventam estratégias para tirar os carros das cidades e das vilas, mas os transportes públicos, como neste caso, só atrapalham. Pode ser que agora haja alguma esperança para contrariar a fatalidade, que é como quem diz, que a linha de Cascais chegue ao estado de obsoleta. As câmaras de Cascais e de Oeiras juntaram-se na missão para salvar a ferrovia e o governo vai candidatar um projeto para a requalificação e recuperação da linha de Cascais no valor de 126 milhões de euros ao Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, mais conhecido por Plano Juncker.
Esse mesmo que visa estimular mais de 315 mil milhões de euros de novo investimento na Europa, mas ao qual as candidaturas portuguesas, no que toca a infraestruturas, por exemplo, eram inexistentes ainda no início deste ano. Façamos figas. Quem usa o comboio entre o Cais do Sodré e Cascais merece. E merecemos todos que não se deite fora um dos percursos de comboio mais bonitos do país.
Editorial
27 DE MARÇO DE 2016
00:00
Mónica Bello
Diário de Notícias
E adivinha-se a justificação que se segue, infalivelmente a mesma, que sai em estalidos metálicos do altifalante que também já viu dias melhores e que os passageiros deixados em terra se habituaram a ouvir: o problema é do "material circulante", antigo de décadas e que requer mais e muita manutenção, ou da maldita catenária. O desinvestimento, de resto, também se nota dentro e fora das carruagens. Desde janeiro do ano passado, circulam menos comboios para servir a média de cerca de 80 mil pessoas que todos os dias dependem da linha de Cascais para se deslocarem e a perceção é a de que o serviço tem vindo - e continua - a deteriorar-se a olhos vistos nos últimos anos. Parece tudo um contrassenso.
As autarquias, com Lisboa à cabeça, inventam estratégias para tirar os carros das cidades e das vilas, mas os transportes públicos, como neste caso, só atrapalham. Pode ser que agora haja alguma esperança para contrariar a fatalidade, que é como quem diz, que a linha de Cascais chegue ao estado de obsoleta. As câmaras de Cascais e de Oeiras juntaram-se na missão para salvar a ferrovia e o governo vai candidatar um projeto para a requalificação e recuperação da linha de Cascais no valor de 126 milhões de euros ao Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, mais conhecido por Plano Juncker.
Esse mesmo que visa estimular mais de 315 mil milhões de euros de novo investimento na Europa, mas ao qual as candidaturas portuguesas, no que toca a infraestruturas, por exemplo, eram inexistentes ainda no início deste ano. Façamos figas. Quem usa o comboio entre o Cais do Sodré e Cascais merece. E merecemos todos que não se deite fora um dos percursos de comboio mais bonitos do país.
Editorial
27 DE MARÇO DE 2016
00:00
Mónica Bello
Diário de Notícias
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