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Rui Moreira, fale com o primeiro-ministro
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Rui Moreira, fale com o primeiro-ministro
A polémica que envolve o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e a TAP é ideológica e política. Se o autarca trará dividendos deste confronto, só o futuro dirá. A TAP não vai recuar na eliminação das famosas quatro rotas a partir do Porto. Quanto à ponte aérea com Lisboa, que Rui Moreira tanto tem criticado por "drenar" passageiros do Porto para a capital, é preciso dar mais algum tempo.
Se o presidente da TAP tem um discurso de que a companhia é agora privada e que só realiza rotas que são rentáveis, poderá, na lógica da Câmara do Porto, eliminar mais alguns dos 18 voos diários da ponte aérea por esta ser "um fracasso" em termos de ocupação. Ficará a cidade e a Região Norte a ganhar?
Rui Moreira, enquanto autarca do Porto, tem legitimidade para defender o que acha melhor para os portuenses. E se o Estado continuar com 50% da TAP, como está previsto, o mínimo que se pede é que sejam incluídas no planeamento da empresa rotas estratégicas para o país e para as regiões, mesmo que deem prejuízo.
É isto, no fundo, o que pede Rui Moreira, não à TAP, mas ao primeiro-ministro António Costa, que, com o acordo assinado com os privados, poderá nomear representantes do Estado na companhia com poderes para vetar várias decisões da gestão. O acordo com os privados será assinado este mês. Ainda não se sabem os contornos, mas ficou assente que o Estado terá um importante papel.
Se existem rotas não rentáveis, como alega Fernando Pinto, e se elas são estratégicas para as regiões, será o Estado a assumir o prejuízo ou, pelo menos, a subsidiá-las. Mas como subsidiar rotas quando se está impedido de o fazer por Bruxelas? A solução é a TAP endividar-se mais. Só que a companhia já atingiu o limite do seu endividamento e não há privado que resista numa empresa onde, por obrigação do Estado, não consiga dar lucros.
Se a empresa é fundamental para a soberania nacional e para o impulso económico, o Governo tem de assumir esse ónus. E assumiu-o ao voltar atrás no que foi decidido pelo Governo de Passos Coelho. Enquanto a TAP anda entretida no privatiza, não privatiza, meio privatizada, meio nacionalizada, os espanhóis já ultrapassaram essa fase há cinco anos: A Iberia é completamente privada e está fusionada com a British Airways desde 2011. Apesar de privada, as ligações às regiões autónomas são feitas com lucro e a soberania nacional não ficou em causa. A Iberia escolheu Madrid como plataforma giratória das suas rotas e tem uma forte operação em Barcelona. E ninguém morreu por isso.
António José Gouveia
02 Abril 2016 às 00:07
Jornal de Notícias
Se o presidente da TAP tem um discurso de que a companhia é agora privada e que só realiza rotas que são rentáveis, poderá, na lógica da Câmara do Porto, eliminar mais alguns dos 18 voos diários da ponte aérea por esta ser "um fracasso" em termos de ocupação. Ficará a cidade e a Região Norte a ganhar?
Rui Moreira, enquanto autarca do Porto, tem legitimidade para defender o que acha melhor para os portuenses. E se o Estado continuar com 50% da TAP, como está previsto, o mínimo que se pede é que sejam incluídas no planeamento da empresa rotas estratégicas para o país e para as regiões, mesmo que deem prejuízo.
É isto, no fundo, o que pede Rui Moreira, não à TAP, mas ao primeiro-ministro António Costa, que, com o acordo assinado com os privados, poderá nomear representantes do Estado na companhia com poderes para vetar várias decisões da gestão. O acordo com os privados será assinado este mês. Ainda não se sabem os contornos, mas ficou assente que o Estado terá um importante papel.
Se existem rotas não rentáveis, como alega Fernando Pinto, e se elas são estratégicas para as regiões, será o Estado a assumir o prejuízo ou, pelo menos, a subsidiá-las. Mas como subsidiar rotas quando se está impedido de o fazer por Bruxelas? A solução é a TAP endividar-se mais. Só que a companhia já atingiu o limite do seu endividamento e não há privado que resista numa empresa onde, por obrigação do Estado, não consiga dar lucros.
Se a empresa é fundamental para a soberania nacional e para o impulso económico, o Governo tem de assumir esse ónus. E assumiu-o ao voltar atrás no que foi decidido pelo Governo de Passos Coelho. Enquanto a TAP anda entretida no privatiza, não privatiza, meio privatizada, meio nacionalizada, os espanhóis já ultrapassaram essa fase há cinco anos: A Iberia é completamente privada e está fusionada com a British Airways desde 2011. Apesar de privada, as ligações às regiões autónomas são feitas com lucro e a soberania nacional não ficou em causa. A Iberia escolheu Madrid como plataforma giratória das suas rotas e tem uma forte operação em Barcelona. E ninguém morreu por isso.
António José Gouveia
02 Abril 2016 às 00:07
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