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A26, que liga Beja a Sines, cortada por sete semanas
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A26, que liga Beja a Sines, cortada por sete semanas
A Brisa decidiu “fazer o corte total” da circulação automóvel na A26 entre o nó da A2, na zona de Santa Margarida do Sado, e o nó de Ferreira do Alentejo, garantindo “trabalhar para resolver a situação o mais rapidamente possível”.
Estará encerrada por dois meses esta que é uma autoestrada recente, concluída há menos de dois anos, e que liga Sines – importante entreposto de trocas comerciais que dão entrada na Europa, através do porto de águas mais profundas do velho continente, e um dos mais modernos – a Beja, capital de distrito, com uma ligação de proximidade, e agora viária e ferroviária, a Espanha; um importante aeroporto que serve de escoamento aéreo para os contentores recebidos em Sines; uma recentemente melhorada e eletrificada linha férrea, que partilha com a rede viária e aérea o transporte da carga chegada a Sines; e Alqueva que acaba de ver concluído o plano de regadio em toda a sua área projetada.
O aluimento do pavimento que obrigou ao corte da autoestrada A26, no sublanço do nó de Ferreira do Alentejo, ocorreu perto de Figueira de Cavaleiros, comunicou à agência Lusa o Comando Distrital de Operações de Socorro de Beja (CDOS). O deslocamento de terras afetou as quatro faixas de rodagem na sequência das deficientes estruturas de suporte de uma passagem hidráulica que serve de sustentação da via sobre a ribeira de Odivelas.
A interrupção da circulação automóvel naquele lanço da via implica que o acesso à cidade de Beja por parte de quem vem da A2 seja feito através do nó de castro Verde tomando, depois, o sentido norte no IP2, ainda bastante condicionado pelas obras de melhorias, adiantou a mesma fonte, uma vez que o velho IP8, ou o que resta dele nos lanços em que não foi convertido na autoestrada A26, está impraticável, explicou fonte da GNR de Ferreira do Alentejo.
No local do abatimento do piso permanecem meios da Brisa, concessionária da autoestrada, para avaliarem a situação. À Lusa chegaram informações do CDOS de Beja, adiantando que o tráfego no sentido contrário (Beja - Sines) também ficou afetado, tendo sido encerrada a via nos dois sentidos. Desta forma resta a via-férrea para assegurar o transbordo de mercadorias entre o porto de Sines e o aeroporto de Beja.
A circulação rodoviária que liga as duas cidades fica agora bastante dificultada, tendo os automobilistas, mas sobretudo os condutores de veículos pesados, de fazer um percurso de mais 50 quilómetros por estradas secundárias, muitas delas “estradas de campo”, com pisos bastante degradados, sendo ainda obrigados a atravessar localidades com limitação de velocidade e dispositivos de sinalização luminosa (St.ª Margarida do Sado, Figueira de Cavaleiros e Beringel), o que acrescenta mais de uma hora à ligação entre as duas cidades alentejanas.
A Brisa mantém a previsão de serem necessárias cerca de sete semanas para reparar a via e restabelecer a normalidade da circulação, embora ainda não disponha de todos os dados necessários para poder adiantar um prazo mais rigoroso. O impacto económico nas contas da região, e do País, dada a dimensão internacional das infraestruturas afetadas pelo corte, implica perdas na ordem dos vários milhões de euros durante a intervenção.
Como reparou o atento leitor, uma parte desta história não é verdade. E não é brincadeira do 1 de abril. O distrito de Beja não tem a prometida A26, o aeroporto não é alvo de interesse da ANA, Alqueva não está terminado e a circulação ferroviária no distrito é meramente marginal, com uma linha não eletrificada. Porém, há outra parte da história que é verdadeira. O buraco. O enorme buraco em que o distrito de Beja está a mergulhar, fruto do consistente esquecimento de todos os governos. Quem me dera que os problemas do distrito se resumissem a um buraco na autoestrada durante apenas dois meses, como acontece na A14, em Coimbra, o que no fundo até é um bom sinal: só tem um buraco na autoestrada quem tem uma autoestrada.
Bruno Ferreira Humorista
15-04-2016 9:25:12
Diário do Alentejo
Estará encerrada por dois meses esta que é uma autoestrada recente, concluída há menos de dois anos, e que liga Sines – importante entreposto de trocas comerciais que dão entrada na Europa, através do porto de águas mais profundas do velho continente, e um dos mais modernos – a Beja, capital de distrito, com uma ligação de proximidade, e agora viária e ferroviária, a Espanha; um importante aeroporto que serve de escoamento aéreo para os contentores recebidos em Sines; uma recentemente melhorada e eletrificada linha férrea, que partilha com a rede viária e aérea o transporte da carga chegada a Sines; e Alqueva que acaba de ver concluído o plano de regadio em toda a sua área projetada.
O aluimento do pavimento que obrigou ao corte da autoestrada A26, no sublanço do nó de Ferreira do Alentejo, ocorreu perto de Figueira de Cavaleiros, comunicou à agência Lusa o Comando Distrital de Operações de Socorro de Beja (CDOS). O deslocamento de terras afetou as quatro faixas de rodagem na sequência das deficientes estruturas de suporte de uma passagem hidráulica que serve de sustentação da via sobre a ribeira de Odivelas.
A interrupção da circulação automóvel naquele lanço da via implica que o acesso à cidade de Beja por parte de quem vem da A2 seja feito através do nó de castro Verde tomando, depois, o sentido norte no IP2, ainda bastante condicionado pelas obras de melhorias, adiantou a mesma fonte, uma vez que o velho IP8, ou o que resta dele nos lanços em que não foi convertido na autoestrada A26, está impraticável, explicou fonte da GNR de Ferreira do Alentejo.
No local do abatimento do piso permanecem meios da Brisa, concessionária da autoestrada, para avaliarem a situação. À Lusa chegaram informações do CDOS de Beja, adiantando que o tráfego no sentido contrário (Beja - Sines) também ficou afetado, tendo sido encerrada a via nos dois sentidos. Desta forma resta a via-férrea para assegurar o transbordo de mercadorias entre o porto de Sines e o aeroporto de Beja.
A circulação rodoviária que liga as duas cidades fica agora bastante dificultada, tendo os automobilistas, mas sobretudo os condutores de veículos pesados, de fazer um percurso de mais 50 quilómetros por estradas secundárias, muitas delas “estradas de campo”, com pisos bastante degradados, sendo ainda obrigados a atravessar localidades com limitação de velocidade e dispositivos de sinalização luminosa (St.ª Margarida do Sado, Figueira de Cavaleiros e Beringel), o que acrescenta mais de uma hora à ligação entre as duas cidades alentejanas.
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Como reparou o atento leitor, uma parte desta história não é verdade. E não é brincadeira do 1 de abril. O distrito de Beja não tem a prometida A26, o aeroporto não é alvo de interesse da ANA, Alqueva não está terminado e a circulação ferroviária no distrito é meramente marginal, com uma linha não eletrificada. Porém, há outra parte da história que é verdadeira. O buraco. O enorme buraco em que o distrito de Beja está a mergulhar, fruto do consistente esquecimento de todos os governos. Quem me dera que os problemas do distrito se resumissem a um buraco na autoestrada durante apenas dois meses, como acontece na A14, em Coimbra, o que no fundo até é um bom sinal: só tem um buraco na autoestrada quem tem uma autoestrada.
Bruno Ferreira Humorista
15-04-2016 9:25:12
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