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“Temos uma irracionalidade completa nos sistemas de transportes das grandes cidades”

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“Temos uma irracionalidade completa nos sistemas de transportes das grandes cidades” Empty “Temos uma irracionalidade completa nos sistemas de transportes das grandes cidades”

Mensagem por Admin Seg Abr 18, 2016 10:49 am

“Temos uma irracionalidade completa nos sistemas de transportes das grandes cidades” Card_transportes_281215
Paulo ALexandre Coelho

Em 2008, o país consumia 330 mil barris de petróleo por dia e hoje consome 270 mil.
 
“Tínhamos, em 2005, uma dependência do exterior de 85%, em termos de energia. Hoje são 72%”, refere António Costa Silva. Isso deve-se, em parte, às renováveis e, em parte, às poupanças no consumo de energia. Em 2008, o país consumia 330 mil barris de petróleo por dia e hoje consome 270 mil. Mas, sublinha Costa Silva, isso não se deve a “nenhuma política pública”. Para o responsável da Partex, “gastamos, por ano, cinco a seis mil milhões de euros para importar petróleo e parte disso, cerca de três mil milhões são, pura e simplesmente, desperdiçados nas cidades”. Afirma que “uma das grandes falhas das políticas energéticas de sucessivos governos tem a ver com as políticas de transportes”. Por isso, insiste na necessidade de um “pensamento estratégico” e de uma “visão integrada”. Se não, diz, “ não conseguimos resolver nada”.


Portugal tem vindo a diminuir a dependência do petróleo, sobretudo graças às energias renováveis. Em que ponto estamos da transformação e qual é o caminho que devemos trilhar?

Acho que o país fez bem em apostar nas energias renováveis e nos recursos endógenos, temos é de lhes dar competitividade. Sou favorável a um tempo, determinado, de subsidiação, embora os subsídios não possam funcionar sempre porque, depois, temos de deixar o mercado falar. Mas se isso criar ‘clusters’ de desenvolvimento, como aconteceu na energia eólica, penso que é favorável para o país. Hoje, o ‘cluster’ de Viana do Castelo já está, inclusive, a exportar equipamento. No que se refere ao petróleo, tínhamos, em 2005, uma dependência do exterior de 85% em termos de energia. Hoje são 72%. Parte desta diminuição deve-se às energias renováveis. Mas, atenção, uma parte substancial deve-se à poupança em termos de consumo de energia que foi feita, sobretudo, quando o preço do petróleo estava extremamente elevado. O país consumia 330 mil barris de petróleo por dia, em 2008, e hoje está a consumir 270 mil. Curiosamente, esta diminuição não é resultado de nenhuma política pública. O que nos traz, de novo à possibilidade de termos políticas públicas inteligentes no domínio dos transportes. Temos uma irracionalidade completa nos sistemas de transportes das grandes cidades. Gastamos, por ano, cinco a seis mil milhões de euros para importar petróleo e parte disso, cerca de três mil milhões são, pura e simplesmente, desperdiçados nas cidades.


Porquê?

Porque o motor de combustão interna dos automóveis tem um rendimento de cerca de 29% a 30%. O que quer dizer que, em condições normais, 70% da energia que alimenta os automóveis é desperdiçada. Nas horas de ponta, a eficiência reduz-se para cerca de 15%. Ou seja, 85% da energia é desperdiçada. Se analisarmos, entre 1995 e 2004, o parque automóvel português teve uma expansão brutal, porque o preço do petróleo estava baixo e havia facilidade de crédito. Nesse período, o parque automóvel cresceu a 4,5% ao ano. Não há nenhum outro país a não ser, talvez, hoje, a China, que consiga crescer a esse ritmo. E as políticas públicas? Não há uma política de transportes. E nos transportes, 36% da energia final consumida em Portugal é gasta no sistema de transportes. Passamos a vida a discutir a electricidade, que representa 21% ou 22% da matriz energética, mas naquele que é o pilar que devemos transformar, que devemos racionalizar, pouca coisa se faz. Penso que uma das grandes falhas das políticas energéticas de sucessivos governos tem a ver com as políticas de transportes.

As pessoas não entendem quando vêem o petróleo baixar e o preço dos combustíveis manter-se ou até aumentar. Como é que se explica?

Parte da questão tem a ver com a carga fiscal que, no nosso país, é das mais elevadas da Europa. A outra parte tem a ver com a exiguidade do nosso mercado, que tem três ou quatro operadores. Não é um mercado aberto que permita ter mais concorrência e mais competição, o que tem a ver com outro problema que é estrutural no país. Há um livro muito interessante, de Daron Acemoglou e James Robinson, “Porque Falham as Nações”, onde se apontam três questões cruciais. A primeira, é a qualidade das instituições. A segunda, é a inteligência nas políticas públicas, sobretudo na economia. A terceira, é a capacidade de criar mercados inclusivos. Quando olhamos para o nosso país, não tem essas características. O mercado dos combustíveis, como outros, reflecte isso mesmo. Não tem nada a ver com as empresas, com os operadores que fazem o seu trabalho. Tem a ver com a falta de competição, de mais opções, de mais acesso às plataformas logísticas, de mais operadores.


E no gás natural. Porque é que estando os preços baixos no mercado internacional, não baixa ao mesmo ritmo para os consumidores?

Em todos os processos de liberalização, os consumidores têm sempre a expectativa de que o preço baixe mas, depois do processo de liberalização, em muitos casos, os preços aumentam. Penso que isso tem que ver com o equilíbrio entre o mercado e a regulação. O mercado tem de funcionar em todas as condições, tem de ser realmente inclusivo. Depois, tem de ser a regulação a funcionar dentro das possibilidades. Nós, muitas vezes, quando fazemos os processos de liberalização, ao nível da regulação, da estruturação do mercado, da criação de mais opções, somos muito protectores dos incumbentes.

Então, é culpa do regulador?

Os reguladores têm, necessariamente, o seu peso cultural. Os portugueses têm medo da competição. Mas a competição é boa. Não a competição para atropelar o outro, mas a competição para cada um de nós ser melhor naquilo que faz. Isso reflecte-se, completamente, na economia. A economia tem o peso desta cultura ancestral que é: este é o teu cantinho, aquele é o meu. E não pode ser. A questão dos mercados inclusivos é muito bem tratada nesse livro e é o ícone da economia norte-americana. Basta ver como os americanos fizeram uma revolução energética que está a mudar o mundo, que é a revolução do ‘shale gas’ e do ‘shale oil’. É uma ideia nova, simples, mas que está a mudar o mundo. Antes, tínhamos um paradigma na indústria energética de que os hidrocarbonetos eram produzidos numa rocha-mãe, o tal ‘shale’ e depois migravam para uma rocha-reservatório, com a compactação dos sedimentos. Passámos 150 anos a olhar para essas rochas-reservatório. E houve uma pequena empresa nos EUA – é curioso que a inovação vem sempre de fora do sistema – que resolveu perguntar: porque é que não olhamos directamente para a rocha-mãe e vamos perfurá-la? Fizeram isso e foi uma descoberta espantosa: 40% dos hidrocarbonetos gerados até hoje no mundo ficaram na rocha-mãe – o ‘shale gas’ e o ‘shale oil’. O que aconteceu é que, de repente, os EUA transformaram-se numa superpotência energética. São o maior produtor de gás e de petróleo do mundo.

O preço dos combustíveis só baixará se houver uma redução dos impostos?

Há uma relação umbilical entre os Orçamentos do Estado e os combustíveis, que são dos grandes alimentadores da receita pública através do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Ora, nós estamos num mundo em que está a haver uma transição energética. Eu só compreendia que o Estado aumentasse o ISP se criasse ao nível da política de transportes uma outra visão completamente diferente. Discute-se muito hoje a questão dos combustíveis fósseis que são vistos como os maus da fita. E não são. O consumo de petróleo e de carvão tem de diminuir, mas o gás é o futuro da matriz energética, combinado com as energias renováveis, como está a ser demonstrado nos EUA, onde as centrais a carvão têm vindo a ser substituídas por centrais a gás e as emissões são 60% inferiores. Para além disso, o gás está a penetrar no sistema e transportes, onde as emissões são 40% inferiores.


O que quer dizer com isso?

Quero dizer que se o Governo português pensar numa política de transportes realmente integrada, pode penalizar os combustíveis fósseis. É preciso é criar alternativas. Criar interfaces nas cidades. Apostar no carro eléctrico. Apostar na electrificação, sobretudo nas cidades. Criar soluções ao nível dos transportes urbanos. Impedir a irracionalidade energética que são as grandes concentrações nas cidades. Crie-se um modelo novo, como acontece em algumas cidades. Phoenix, no Arizona, é um exemplo. Foi programada só para carros e hoje está a mudar completamente. E temos vários casos no mundo. Mas envolve o tal pensamento estratégico e a visão integrada. Se não, não conseguimos resolver nada.

00:05 h
Francisco Ferreira da Silva e Rosário Lira
Económico
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