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Governo da Estremadura espanhola defende ligação direta por comboio a Lisboa
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Governo da Estremadura espanhola defende ligação direta por comboio a Lisboa
O presidente do Governo Regional da Estremadura (Espanha), Guillermo Fernández Vara, defendeu hoje a necessidade de uma ligação ferroviária direta entre a região espanhola e Lisboa para mercadorias e passageiros, considerando ser "um negócio rentável".
"Por onde passam as mercadorias, podem passar também os passageiros. O importante é que haja ligação [por comboio] e que esteja eletrificada", afirmou.
O presidente do governo desta região espanhola que faz fronteira com Portugal, nomeadamente com o Alentejo, falava aos jornalistas em Évora, após participar na apresentação da 62.ª edição do Festival Internacional de Teatro Clássico de Mérida, que vai decorrer entre 06 de julho e 28 de agosto.
Segundo Guillermo Fernández Vara, a Península Ibérica deve ser "construída pelo norte e pelo sul" e "ambas as coisas são compatíveis".
"A ligação entre Lisboa, Évora, Elvas, Badajoz, Mérida e Cáceres, para nós, é fundamental. Conseguimos que, desde Espanha, se volte a olhar para o Atlântico" e a maneira de o concretizar é através de "um bom transporte ferroviário", disse.
O avanço de uma ligação ferroviária direta, numa linha eletrificada, entre a Estremadura espanhola e a capital portuguesa será "um negócio rentável", argumentou o responsável.
"Estamos muito perto e estou convencido de que colocar Lisboa a um par de horas de Badajoz é rentável como negócio e, certamente, haverá operadores interessados. É hora de avançar", frisou, acrescentando esperar que, "dentro de uns anos, possa ser uma realidade" esse comboio Lisboa-Madrid, pela Estremadura.
Guillermo Fernández Vara, à margem da cerimónia em Évora, lembrou ainda que as relações transfronteiriças entre a Estremadura e Portugal, nomeadamente o Alentejo, são "muito intensas".
"A Estremadura é a região de Espanha onde mais se estuda o português. Temos 18 mil crianças que estudam português nos colégios e nas escolas", indicou, a título de exemplo do interesse que Portugal desperta do lado de lá da fronteira.
Segundo a empresa Infraestruturas de Portugal (IP), no âmbito do projeto do corredor ferroviário entre Sines e Caia, no concelho de Elvas e na fronteira com Espanha, está em fase de planeamento a ligação de mercadorias Évora-Caia, cujas obras estão previstas para 2020, com entrada em exploração no ano seguinte.
O traçado proposto pela IP tem sido contestado pela câmara e por movimentos de cidadãos, por passar numa zona urbana de Évora.
Esta semana, o jornal Público noticiou que, segundo o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, esta linha de mercadorias deverá também "ter comboios de passageiros".
Lusa
19 Mai, 2016, 15:52
RTP
"Por onde passam as mercadorias, podem passar também os passageiros. O importante é que haja ligação [por comboio] e que esteja eletrificada", afirmou.
O presidente do governo desta região espanhola que faz fronteira com Portugal, nomeadamente com o Alentejo, falava aos jornalistas em Évora, após participar na apresentação da 62.ª edição do Festival Internacional de Teatro Clássico de Mérida, que vai decorrer entre 06 de julho e 28 de agosto.
Segundo Guillermo Fernández Vara, a Península Ibérica deve ser "construída pelo norte e pelo sul" e "ambas as coisas são compatíveis".
"A ligação entre Lisboa, Évora, Elvas, Badajoz, Mérida e Cáceres, para nós, é fundamental. Conseguimos que, desde Espanha, se volte a olhar para o Atlântico" e a maneira de o concretizar é através de "um bom transporte ferroviário", disse.
O avanço de uma ligação ferroviária direta, numa linha eletrificada, entre a Estremadura espanhola e a capital portuguesa será "um negócio rentável", argumentou o responsável.
"Estamos muito perto e estou convencido de que colocar Lisboa a um par de horas de Badajoz é rentável como negócio e, certamente, haverá operadores interessados. É hora de avançar", frisou, acrescentando esperar que, "dentro de uns anos, possa ser uma realidade" esse comboio Lisboa-Madrid, pela Estremadura.
Guillermo Fernández Vara, à margem da cerimónia em Évora, lembrou ainda que as relações transfronteiriças entre a Estremadura e Portugal, nomeadamente o Alentejo, são "muito intensas".
"A Estremadura é a região de Espanha onde mais se estuda o português. Temos 18 mil crianças que estudam português nos colégios e nas escolas", indicou, a título de exemplo do interesse que Portugal desperta do lado de lá da fronteira.
Segundo a empresa Infraestruturas de Portugal (IP), no âmbito do projeto do corredor ferroviário entre Sines e Caia, no concelho de Elvas e na fronteira com Espanha, está em fase de planeamento a ligação de mercadorias Évora-Caia, cujas obras estão previstas para 2020, com entrada em exploração no ano seguinte.
O traçado proposto pela IP tem sido contestado pela câmara e por movimentos de cidadãos, por passar numa zona urbana de Évora.
Esta semana, o jornal Público noticiou que, segundo o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, esta linha de mercadorias deverá também "ter comboios de passageiros".
Lusa
19 Mai, 2016, 15:52
RTP
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